RICARDO BAESSO
DE OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora,
MG
(Brasil)
Evidências
atuais de que a
riqueza é uma
prova
Muitos estranham
quando se
deparam com a
afirmação dos
Espíritos
Superiores de
que a riqueza é
uma prova tão
séria quanto à
da pobreza. Há
quem diga,
brincando: –
Essa prova eu
quero em todas
as minhas
encarnações!
O pensamento dos
Benfeitores só
faz sentido se
examinado pela
óptica
reencarnacionista:
facilidades,
comodidades,
fartura são
pedras no
caminho da
evolução
espiritual, pois
estimulam os
vícios e a
indolência.
Isso agora já
pode ser
constatado em
estudos
científicos.
Pessoas de
classe social
alta, com mais
recursos
econômicos e
educação, tendem
a comportamentos
menos éticos do
que as com menos
recursos.
A afirmação é do
pesquisador
Rodolfo
Mendoza-Denton,
professor do
Departamento de
Psicologia da
Universidade da
Califórnia, em
Berkeley (EUA),
que assina o
trabalho com
colegas da
Universidade de
Toronto
(Canadá).
"Realizamos sete
estudos
experimentais
que nos levaram
a conclusões
surpreendentes”,
disse ele em
entrevista à
agência de
notícias Efe.
"Normalmente se
pensa que as
pessoas com
menos recursos
têm mais
motivação para
se comportar de
maneira imoral,
antiética e
violar a lei."
A equipe,
liderada por
Paul Piff,
efetuou dois
testes em
situações
normais para
avaliar as
probabilidades
de os motoristas
fecharem o
cruzamento de
outros veículos
em uma
intersecção
muito transitada
de duas ruas,
bem como de
pedestres em uma
esquina da mesma
área de San
Francisco. O
fator de
referência foi a
marca do
veículo, a idade
e aparência do
motorista para
apontar sua
classe social.
Os autores
descobriram que
uma porcentagem
mais alta dos
motoristas de
veículos caros
("um Porsche ou
uma Ferrari",
disse
Mendoza-Denton)
se antecipava ao
cruzamento de
outros veículos
ou dos
pedestres,
comparado com os
motoristas de
veículos de
menos luxo.
Outros cinco
experimentos
realizados em
laboratório com
estudantes e
pela internet,
com uma amostra
de alcance
nacional de
adultos,
revelaram que os
participantes
que se
consideravam de
"classe alta"
tinham mais
tendência a
tomar decisões
antiéticas do
que os de
"classe baixa".
Entre esses
comportamentos
está furtar
objetos valiosos
de outras
pessoas, mentir
em uma
negociação ou
aumentar as
possibilidades
de ganhar um
prêmio e dar
aval a uma
conduta
incorreta no
trabalho.
Pessoas de
classes mais
altas também
demonstraram ser
menos propensas
a dizer a
verdade em uma
negociação
hipotética de
emprego, na qual
atuaram como
empregadores,
tentando
contratar alguém
para um trabalho
que sabiam que
seria encerrado
em breve.
E, quando
receberam um
recipiente com
doces, que os
pesquisadores
informaram ser
para crianças
que participavam
de experiências
em um
laboratório
vizinho, os mais
ricos tiraram
mais balas do
que os demais,
quando
informados que
poderiam pegar
algumas.
Concluindo: é ou
não é uma prova
perigosa?!