O voo artístico
"(...)
Decerto que na
esfera nova de
ação, a que se
vê arrebatado
pela morte,
encontra a
matéria
conhecida no
mundo, em nova
escala
vibratória
(...). O solo do
mundo espiritual
estruturado com
semelhantes
recursos, todos
eles raiando na
quintessência,
corresponde ao
peso específico
do Espírito, e,
detendo
possibilidades e
riquezas
virtuais, espera
por ele a fim de
povoar-se de
glória e beleza
(...). A
consciência,
aprendendo a
realizar
complexas
transubstanciações
de força nas
diversas linhas
da Natureza, em
se adaptando aos
continentes da
esfera
extrafísica,
passa a manobrar
com os fenômenos
de mentação e
reflexão, de que
o pensamento é a
base
fundamental.
(...) Pela troca
dos pensamentos
de cultura e
beleza, em
dinâmica
expansão, os
grandes
princípios da
Religião e da
Ciência, da
Virtude e da
Educação, da
Indústria e da
Arte descem das
Esferas Sublimes
e impressionam a
mente do homem,
traçando-lhe
profunda
renovação ao
corpo
espiritual, a
refletir-se no
veículo físico
que,
gradativamente,
se acomoda a
novos hábitos." –
("Evolução
em Dois Mundos",
André Luiz/Chico
Xavier/Waldo
Vieira,
cap. XIII, FEB.)
Transcrevo o
excerto acima
com o intuito de
fundamentar e
ilustrar
devidamente, com
os relatos
inatacáveis do
Espírito André
Luiz, o assunto
que pretendo
abordar, a
partir de
reflexões sobre
o lamentável
acontecido nos
últimos dias com
os atores Thiago
Fragoso e
Daniele Winitz,
ao se
acidentarem
durante a cena
de voo de grande
beleza na sua
apresentação do
musical Xanadu.
Alguém, durante
a semana,
comentou que a
plateia adora
assistir a cenas
de voo. E
recordaremos com
facilidade que
se trata de uma
tendência
mundial, já que
ouvimos sempre
sobre
apresentações
teatrais e
musicais noutros
países lançando
mão deste
recurso de
grande
inspiração – e,
infelizmente,
também, sobre
casos de
acidentes
semelhantes.
Isto me remeteu
com
espontaneidade à
constatação
obtida em
variadas
experiências
anteriores e
projetivas do
Espírito, quando
de
visitas às localidades
etéreas
e luminescentes
do espaço, que
nos permitiram
presenciar e
constatar, com
grande enlevo e
surpresa, que o
recurso do voo
em shows e
musicais, no
nosso plano de
vida, certamente
encontra a sua
inspiração
primeira nas
realidades
interdimensionais,
já que, nestas
instâncias mais
avançadas, onde
contamos com o
recurso sublime
da volição
espiritual para
deslocamento
mediante o uso
puro e simples
da vontade, de
há muito as
plateias se
deleitam,
maravilhadas,
com tais gêneros
e recursos mais
avançados de
entretenimento,
que aos poucos,
e somente de
tempos a esta
parte, começam a
se materializar
nos nossos
cenários
artísticos.
Já as obras
respeitáveis de
André Luiz nos
asseguram que o
plano material
terreno nada
mais é que
reprodução mais
lenta, mais
grosseira, e em
vários quesitos
mais imperfeita,
de tudo o que
viceja e
floresce em
outras
instâncias
invisíveis aos
sentidos humanos
ordinários, onde
estagiamos
durante algum
tempo após cada
desencarnação,
para depois
retornarmos,
certamente mais
enriquecidos
intimamente,
visando oferecer
ao orbe físico a
nossa
contribuição
para as
melhorias
paulatinas, em
várias frentes.
Naturalmente,
portanto, que,
e a exemplo da
própria
Nosso Lar,
onde as
expressões da
Arte se acham em
estágio mais
avançado, e onde
falanges
inteiras de
seres dedicados
por
vocação à nobre
profissão
artística colaboram,
incansavelmente,
para a
manutenção do
trabalho
criativo, muitos
outros locais
cheios de vida
no infinito
acima e em torno
de nós também
prosseguem na
realização de
espetáculos e de
trabalhos
artísticos
esmerados, para
o constante
engrandecimento
do espírito
humano.
Assim que
incontáveis
seres voltam à
crosta terrestre
comprometidos
com a
transmissão
desta mensagem
especial,
destinada a
atingir os seres
na sua
sensibilidade e
despertá-los
para as suas
realidades
maiores, propiciando
cura genuína dos
males das almas,
e enaltecendo a
harmonia, a
estética e o
belo, em todas
as suas
possíveis
manifestações,
sejam elas
através da
música, do
cinema, da
literatura, da
pintura e das
múltiplas demais
vertentes
artísticas, como
constatamos com
facilidade em
inumeráveis
produções mais
ou menos
recentes.
Tomemos para
exemplo as
músicas
clássicas
atemporais, as
atuais
composições
new age e da
música
universal, filmes
extraordinários
com temática
transcendente
como Além
da Vida, Avatar,
Amor além da
Vida, e Ghost, dentre
tantos outros,
e, no nosso
país, as
produções para o
cinema
Nosso Lar, O
Filme dos
Espíritos
e
Chico Xavier,
e
novelas de
enredo
envolvente e
esclarecedor
como
A Viagem e
Escrito nas
Estrelas.
Todavia,
conta-se, na
materialidade, com
determinadas
limitações rudes
de recursos a
serem
contornadas com
inteligência e
sensibilidade, e
devidamente
melhoradas e
solucionadas,
pois que,
certamente,
tendo mantido
contato estreito
outrora com tal
gênero de
inovações
criativas nas
dimensões
etéreas do
espaço infinito,
anseiam, estes
excelentes
trabalhadores da
criação,
ardentemente,
por
manifestá-las
por aqui, para a
encantadora
renovação das
expressões
artísticas
terrenas.
Assim, para
tanto, não medem
esforços para
realizar,
durante a
apresentação de
um musical ou
peça teatral, a
magnífica
produção do
voo artístico
diante das
plateias
encantadas,
justamente
porque tais
imagens evocam-lhes
às sensações
nostálgicas
dos Espíritos as
recordações
fugazes dos
tempos de
plenitude
espiritual,
durante a qual,
em lugares
vários da
existência,
talvez que
inimagináveis pela
maior parte dos
reencarnados,
assistiam a tais
imagens
idílicas, sem a
necessidade de
amarras de
sustentação ou
de outros
recursos
grosseiros, mas
produzidas pela
volição leve,
graciosa,
natural e
inerente à nossa
condição de
libertação da
matéria, em
palcos
magníficos, e ao
som de músicas
celestiais de
indescritível
entonação,
emoldurando
enredos mágicos
nos cenários
cheios de luz e
de cor de
um Universo
abundante
de Vida!
Fonte de imagem:
http://caminho.de.luz.zip.net/arch2008-07-01_2008-07-15.html .