ALTAMIRANDO
CARNEIRO
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Fortaleza
indestrutível
A Doutrina
Espírita
completa 155
anos em 18 de
abril. Foi nesse
dia que em 1857
surgiu a
primeira edição
de O Livro dos
Espíritos,contendo
os princípios da
Doutrina
Espírita sobre a
imortalidade da
alma, a natureza
dos Espíritos e
suas relações
com os homens, a
leis morais, a
vida presente, a
vida futura e o
porvir da
Humanidade,
segundo o
ensinamento dos
Espíritos
superiores, por
intermédio de
diversos
médiuns,
recebidos e
ordenados por
Allan Kardec.
Esta primeira
edição continha
501 perguntas
formuladas por
Kardec, com as
respectivas
respostas dos
Espíritos. A
segunda (e
definitiva)
edição foi
lançada em março
de 1860, com
1.019 questões.
Toda a Doutrina
está contida, de
forma sintética,
neste portentoso
livro e
desenvolvida nas
demais obras: O
Livro dos
Médiuns, O
Evangelho
Segundo o
Espiritismo, O
Céu e o Inferno
e A Gênese.
Tão nova e tão
atual. No
capítulo VIII
(Lei do
Progresso) –
Influência do
Espiritismo no
Progresso –
Livro terceiro,
As Leis Morais,
de O Livro dos
Espíritos, Allan
Kardec pergunta
(questão 798) se
o Espiritismo se
tornará uma
crença comum ou
será apenas a de
algumas pessoas.
Os Espíritos
respondem que
ele se tornará
uma crença comum
e marcará uma
nova era na
História da
Humanidade,
porque pertence
à Natureza e
chegou o tempo
em que deve
tomar lugar nos
conhecimentos
humanos.
Naquela época, o
século 19, os
Espíritos já
diziam que
haverá muitas
lutas a
sustentar, mais
contra os
interesses que
pela convicção.
Que haverá
pessoas sempre
dispostas a
combatê-lo, umas
por
amor-próprio,
outras por
interesses
puramente
materiais. Mas,
ficando cada vez
mais isolados,
eles serão
forçados a
pensar como
todos os outros,
sob pena de se
tornarem
ridículos.
As ideias falsas
não se
perpetuam. É o
caso, por
exemplo, do
nazismo e do
paganismo. As
ideias
verdadeiras,
sim. É o caso do
Cristianismo,
que apesar de
ter sido
deturpado
através dos
tempos, se
perpetuou. Como
explica Allan
Kardec,
complementando a
resposta à
questão a que
nos referimos, a
marcha do
Espiritismo será
mais rápida que
a do
Cristianismo,
porque é o
próprio
Cristianismo que
lhe abre as vias
sobre as quais
ele se
desenvolverá. O
Cristianismo
tinha de
destruir: o
Espiritismo só
tem de
construir.
Em nota de
rodapé, o
tradutor J.
Herculano Pires,
neste ponto de O
Livro dos
Espíritos, diz:
“O transcurso do
primeiro século
do Espiritismo,
a 18 de abril de
1957, veio
confirmar
plenamente essa
extraordinária
previsão de
Kardec. No
primeiro século
do seu
desenvolvimento,
o Cristianismo
ainda era uma
seita obscura e
terrivelmente
perseguida.
Somente nos fins
do terceiro
século atingiu
as proporções de
desenvolvimento
e
universalização
que o
Espiritismo
apresenta no seu
primeiro século.
A marcha do
Espiritismo se
fez com muito
mais rapidez, e
sua vitória
brilhará mais
rápida do que se
espera.”
Na questão 802,
Kardec quer
saber porque os
Espíritos não
apressam esse
progresso por
meio de
manifestações
gerais, que
levem à
convicção dos
mais incrédulos.
Os Espíritos
respondem que
milagres, Deus
os semeia a
mancheias e
ainda assim, os
homens O negam.
Jesus também não
convenceu a
todos, com os
prodígios que
realizou. Os
homens negam
fatos patentes,
que acontecem
todos os dias,
diante de seus
olhos. E há os
que não
acreditariam,
mesmo vendo.
“Não, não é por
meio de
prodígios que
Deus conduzirá
os homens. Na
sua bondade, Ele
quer deixar-lhes
o mérito de se
convencerem por
meio da razão.”