CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Dia-a-dia
mediúnico
Esta noite
aconteceu de
novo. Muitos
possuem certa
sensibilidade
mediúnica e
comentam estas
vivências.
Naquele finzinho
de madrugada,
quando estamos
entre lá e cá,
por vezes
acontecem
encontros,
cenas, fatos
interessantes
dos quais,
todavia, por se
darem naquele
limiar da nossa
volta, não são
lembrados com
exatidão. E às
vezes isso
chateia. Hoje,
por exemplo,
recordo com
clareza que
durante um longo
intervalo do
desprendimento
noturno
conversei com
conhecidos, e
houve trocas
bem-humoradas e
compartilhamento
feliz de
acontecimentos.
Mas também
conversei com o
meu atual
parceiro da
invisibilidade,
autor de minhas
próximas obras
mediúnicas. E,
lembro bem, ele
me dava algumas
sugestões, e
conselhos para o
dia-a-dia.
Trata-se de
Iohan, um
Espírito
sensível, muito
amoroso; um
artista em sua
essência!
Dizia-me alguma
coisa
importante, à
qual eu dava o
máximo de
atenção, feliz
com o diálogo
proveitoso. Pois
de repente, como
fio subitamente
arrancado da
tomada, ou corte
de energia
elétrica em meio
à produção de um
trabalho
importante no
PC, reabri os
olhos. Voltei,
de abrupto, e,
embora me
console saber
que a conversa
certamente se
concluiu, e que
o que na verdade
falhou foi
somente o
registro final,
no cérebro,
daquelas
impressões tão
agradáveis, a
frustração fica!
Ainda ontem,
também meu pai
me digita no
celular, de
Aracaju: Estou
aqui lendo
Caminhos da
Alma! Recebi
a mensagem e,
confusa,
respondi de
volta: Que
livro é este?!
Meu pai deve ter
dado boas
risadas ao me
responder mais
uma vez:
pergunte à
Tarsila que ela
lhe explica!
E, só então, a
ficha caiu!
Tarsila é a
autora do meu
último livro,
Ecos na
Eternidade.
E Caminhos da
Alma
–
entendi, enfim,
para meu pasmo
–
é apenas o
título do
primeiro
capítulo! Que se
apagou da minha
memória,
simplesmente,
como usualmente
acontece após o
recebimento das
obras.
Característica
da modalidade da
psicografia mais
apropriadamente
chamada
semimecânica, na
definição
clássica da
Codificação
–
de vez que nem é
totalmente
consciente, nem
inconsciente
–
é comum que mais
da metade dos
detalhes caiam
numa espécie de
não existência
na memória do
médium, com o
fim do trabalho,
razão pela qual
durante esta
semana comentei
com um amigo,
que se disse
interessado em
ler o próximo
livro de Iohan:
Também estou
ansiosa. É que,
para o médium,
no fim das
contas, o prazer
é o de quem lê
um livro
novo!...
Trata-se de
nuances de
sensibilidade
mediúnica,
peculiaríssimas
de uma para
outra pessoa,
mas fáceis de se
verificar no
cotidiano,
embora, na
grande maioria
dos casos, não
sejam
devidamente
observados e
interpretados.
Deste modo, são
praticamente
ignorados a
conta de
minúcias sem
importância,
despercebidas
sob o peso da
avalanche de
obrigações e
atividades que
nos arrastam na
maior parte do
tempo da nossa
jornada
material.
Ainda outro dia
aconteceu
também: minha
filha expressou
uma frase que
estava na ponta
da minha língua
sobre algo que
via na tv.
Também, tão logo
eu e Iohan (um
músico)
principiamos
nossa parceria,
principiou,
simultaneamente,
vinda de pessoas
que nem ao menos
me conhecem
pessoalmente,
uma sucessão
deliciosa de
e-mails com
belas imagens,
ou textos
versando sobre o
papel importante
das energias da
boa música na
influenciação
saudável dos
nossos dias.
O conjunto de
fatos, analisado
em conjunto,
reverte
maravilhoso. Uma
profusão de se
adivinhar
pensamentos, de
simultaneidade
de ideias e de
trocas de
mensagens, e de
atitudes que vêm
em nosso auxílio
da parte de
pessoas afins,
que nem mesmo
detêm a
consciência de
que estão em
plena sintonia
momentânea com
algum período
especial de
nossas vidas!
Um telefona e
comenta algo
útil e bem a
propósito. Outro
inicia conosco
algum assunto
prazeroso, que
mais à frente
deságua em
ideias
oportunas. Ainda
alguns completam
nossas frases,
ou nos
incentivam em
momento
estranhamente
necessário. Ou
compartilham
alguma
experiência cujo
relato funciona
como ótimo
aprendizado, em
hora certa.
Prestamos
auxílio a alguém
que se socorre
do nosso apoio e
orientação, e
mais à frente
descobrimos que
o auxílio foi
mútuo
–
por esta ou por
aquela razão
inesperada.
Ganhamos um
amigo precioso,
um afeto sincero
que nos oferece
novas
oportunidades de
crescimento, em
verdade, após
aquela chance
tão diminuta de
só apoiá-lo
nalgum momento
de necessidade.
Recordo-me bem
de vezes
valiosas em que
isto aconteceu.
Ocasiões em que,
por ter
tão-somente sido
solidária com
pessoas de
minhas relações,
terminei
conquistando
amizades
preciosas que me
valeram sempre,
posteriormente,
com carinho e
sugestões úteis,
em suma: com
autêntico
aprendizado de
vida!
É assim, pois,
que funcionam as
leis da
sintonia, ao nos
dispormos a
vibrar e a viver
na luz e na
criação de
situações úteis
para a vida
–
sobretudo, para
muitos outros
além de nós
mesmos!
E nos basta,
para tanto,
talvez que não
mais do que
gosto franco de
viver! A
liberação feliz
da criatividade
entusiasmada,
dormente em cada
um de nós, à
espera de que a
expressemos com
generosidade e
destemor.
Seja no lazer,
no trabalho, na
convivência. No
médium escritor,
pelo não
esmorecimento na
atividade que
tanto alento e
esclarecimentos
veicula a
pessoas ansiosas
por saber,
através do doce
sabor do se
embevecer com um
simples romance
espírita. No
passe aplicado
com sinceridade,
na mediunidade
desobsessiva.
Num simples
estender de
mãos!
Descobriremos,
fatalmente, que
nunca nos
achamos
sozinhos! Amigos
em sintonia nos
comparecem, aos
grupos, felizes,
entusiastas
desta química
amorosa tão
grata, tão
curativa! Eles
simplesmente
vêm, como em
passe de mágica!
E novas
parcerias
surgem!
Renovam-se
afetos e cresce
a limites
inimagináveis
nossa simbiose
no Amor! Ainda
que, após as
etapas noturnas
de
desprendimento,
não nos
recordemos de
todos os nossos
bate-papos!