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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 255 - 8 de Abril de 2012

AYLTON GUIDO COIMBRA PAIVA
paiva.aylton@terra.com.br
Lins, São Paulo (Brasil)
 

A vida no mundo espiritual


“Os Espíritos ocupam uma região determinada e circunscrita no espaço?

- Os Espíritos estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos...” (Questão nº 87 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – Ed. FEB.)

Os Espíritos povoam o plano físico do planeta Terra quando encarnados e, também, após a morte do corpo físico, povoam os planos espirituais deste mesmo planeta.

Através dos tempos tivemos informações mais ou menos vagas a respeito da vida no mundo espiritual, por intermédio de médiuns espíritas ou não.

No entanto, a partir de três de outubro de l943, data do prefácio do livro de André Luiz, era apresentado ao mundo físico a cidade ou comunidade espiritual de Nosso Lar.

Ele foi psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, – o Chico Xavier.

O relato sobre essa organização espiritual é feito por André Luiz, tratando da sua chegada, permanência, estudos e trabalhos nessa comunidade.

Quem é André Luiz? Onde ele viveu? Onde morreu o seu corpo físico? Qual a sua profissão? Qual era a sua família?

Para algumas dessas indagações não há respostas, para outras sim.

Quem nos apresenta esse personagem é Emmanuel, no prefácio do livro.

É esse benfeitor espiritual que nos diz ter sido André Luiz, em seu corpo físico, um médico da cidade do Rio de Janeiro e na mesma cidade deixou o corpo material através do natural fenômeno da morte, decorrente de uma cirurgia para extirpar um câncer intestinal.

André Luiz é o pseudônimo que ele assumiu para manter-se anônimo.

Quanto à família e demais informações que pudessem identificá-lo, ele esclarece que era necessário manter o anonimato para preservar a família, que não era espírita, portanto, não poderia ser envolvida em um episódio dessa natureza, a fim de não conturbar-lhe a necessária tranquilidade.

Portanto, após o acolhimento, ele passa a ser apenas André Luiz. Inicialmente amparado e tutelado nos serviços de socorro e orientação, e depois cidadão de Nosso Lar: estudioso e atuante nas falanges do Bem.

Muito interessante o relato que ele faz dessa cidade espiritual: pela sua organização, funcionamento e administração.

Observa-se que ela é dirigida por um colégio de seres espirituais que possuem em alto grau a sabedoria e o amor.

Há atribuições específicas de trabalho na própria colônia espiritual, como também em ações nas regiões espirituais e mesmo no mundo físico, em formas de socorro, amparo e orientação das mais diversas formas.

Entendemos que o Amor do Pai Supremo e de Jesus se manifestam junto aos necessitados no mundo físico e no mundo espiritual através das suas próprias criaturas, que devem se ajudar umas as outras, nessa maravilhosa corrente da solidariedade.

Nessa sociedade adequadamente organizada, preponderam as ações: estudar e trabalhar para o próprio bem e para o bem comum.

Não há privilégios, nem autoridades exteriores e artificiais. O que conta é o mérito pelo conhecimento e pelo amor.

Não há descansos imerecidos, nem sobrecarga de trabalho.

Os objetivos nobres e elevados são comuns a todos os cidadãos.

A preocupação com o bem-estar do outro é constante e clima permanente na cidade e no âmago de cada cidadão.

É inegável que, de certa forma, e com as devidas adaptações é o ideal de uma organização social voltada para a Justiça e o Amor a ser realizada pela nossa sociedade humana.

Vale muito conhecer André Luiz, Nosso Lar e seus cidadãos.

Você tem essa oportunidade com o livro Nosso Lar e, atualmente, com o filme do mesmo nome: Nosso Lar, em DVD.         



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita