União a dois
Lutas do
casamento!… Provas do
casamento!…
Quem
disse, porém, que a
concretização do
matrimônio é felicidade
estruturada a toques de
figurino não atingiu a
realidade.
A união a
dois, no culto da
afinidade ou na execução
de tarefas mais amplas
da família, é um encargo
honroso, qual sucede a
tantas obrigações
dignas. Nem por isso
deixa de ser trabalho
por efetuar. E trabalho
tão importante que, não
sendo possível a um
coração apenas, foi
preciso reunir dois para
realizá-lo.
Quando um
companheiro delibera
empreender certa
pesquisa, ou se outro
abraça determinada
profissão, não nos
aventuramos a iludi-los
com visões de felicidade
imaginária. Ao invés
disso, reconhecemos que
escolheram laborioso
caminho de serviço em
que lhes auguramos o
êxito desejado.
De igual
modo, o casamento não é
construção sem bases,
espécie de palácio feito
sob medida para os
moradores.
Entre os
cônjuges é imperioso que
um aprenda a compreender
o outro, de maneira a
desenvolver as
qualidades nobres que o
outro possua,
transformando-lhe
consequentemente as
possíveis tendências
menos felizes em
aspirações à Vida
Melhor.
*
Claramente, todos temos
vinculações profundas,
idiossincrasias,
frustrações e
dificuldades. A
reencarnação nos informa
com segurança quanto a
isso, indicando para que
lado gravitamos em
família, segundo os
mecanismos da vida que a
experiência terrestre
nos induz a reajustar.
Em razão
disso, todo par e toda
organização doméstica
revelam regiões
nevrálgicas entretecidas
de problemas que é
preciso saber contornar
ou penetrar, a fim de
que o futuro nos traga
as soluções da harmonia
irreversível.
Se te
encontras ao lado de
alguém, sob regime de
compromisso afetivo, não
exijas de imediato a
esse alguém a
apresentação dos
recursos de que ainda
necessite para ser aos
teus olhos a companhia
perfeita que esperavas
encontrar entre as
paredes domésticas. Nem
queiras que esse alguém
raciocine com os teus
pensamentos, porquanto a
ninguém é licito
reclamar de outrem
aquilo que ainda não
consegue fazer.
Se não
desejas receber nos
próprios ombros a cabeça
de quem abraçou contigo
as responsabilidades da
união a dois, é mais que
natural não possas impor
a própria cabeça aos
ombros da criatura a
quem prometeste carinho
e dedicação.
Todos
somos filhos de Deus.
O
matrimônio é obrigação
que os interessados
assumem livremente e de
que prestarão justa
conta um ao outro.
Conquanto isso, o
casamento não funde as
pessoas que o integram.
Por isto mesmo a união a
dois, além da
complementação
realizada, recorda a
lavoura e a construção:
cada cônjuge colhe o que
plantou, tanto quanto
dispõe do que fez.
Do cap. 13 do livro
Astronautas do Além,
de autoria de Francisco
Cândido Xavier, J.
Herculano Pires e
Espíritos Diversos.
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