A voz da
consciência
& os
pendores
instintivos
As
nossas
tendências
nos dão
notícias
do que
fomos
nas
existências
passadas
"Nem
sempre
honrando-nos
o nosso
passado,
melhor é
que
sobre
ele um
véu seja
lançado."
-
Allan
Kardec
Com
sabedoria
afirma o
insuperável
Mestre
Lionês1:
"Gravíssimos
inconvenientes
teria o
nos
lembrarmos
de
nossas
individualidades
anteriores".
Por
outro
lado, os
Benfeitores
Espirituais
atestam:
"Se o
homem
conhecesse
o
futuro,
descuidar-se-ia
do
presente”.
O eixo
de todo
o nosso
raciocínio
deve ser
sempre o
presente.
Um
estudo
minucioso
do
presente
ensejar-nos-á
esclarecedoras
deduções
sobre
nosso
passado
e,
também,
nosso
futuro.
O
presente
deixa de
ser
simples
ponte
entre
passado/futuro
para
tornar-se,
de fato
e
verdade,
num
estuário
onde
deságuam
todos os
corolários
de
nossos
atos
pretéritos,
ao mesmo
tempo em
que se
constitui
- também
- numa
forja
onde se
caldeiam
as
sementes
do
futuro.
Essa
valência
binária
é uma
realidade
insofismável.
Daí,
para não
provocar
desequilíbrios
em nossa
economia
espiritual
e
quebrar
a
espontaneidade
da Lei
de Causa
e
Efeito,
afirmam
os
Amigos
Espirituais:
“A
Providência
põe
limites
às
revelações
que
podem
ser
feitas
ao
homem.
Os
Espíritos
sérios
guardam
silêncio
sobre
tudo
aquilo
que lhes
é defeso
revelar".
Ensina
Kardec:
“Mergulhando
na vida
corpórea,
perde o
Espírito,
momentaneamente.
a
lembrança
de suas
existências
anteriores,
como se
um véu
as
cobrisse.
Todavia,
conserva
algumas
vezes
vaga
consciência
dessas
vidas,
que,
mesmo em
certas
circunstâncias,
lhe
podem
ser
reveladas.
Essa
revelação,
porém,
só os
Espíritos
Superiores
espontaneamente
lha
fazem,
somente
com um
fim
útil,
nunca
para
satisfazer
a vã
curiosidade.
As
existências
futuras,
essas em
nenhum
caso
podem
ser
reveladas,
pela
razão de
que
dependem
do modo
por que
o
Espírito
se sairá
na
existência
atual e
da
escolha
que
ulteriormente
faça”.
O
esquecimento
do
passado
é
obstáculo
para o
presente?
“(...) O
esquecimento
das
faltas
praticadas”
-
continua
Kardec4
-
“não
constitui
obstáculo
à
melhoria
do
Espírito,
porquanto,
se é
certo
que este
não se
lembra
delas
com
precisão,
não
menos
certo é
que a
circunstância
de
tê-las
conhecido
na
Erraticidade
e de
haver
desejado
repará-las
o guia
por
intuição
e lhe dá
a ideia
de
resistir
ao mal,
ideia
que é a
voz da
consciência,
tendo a
secundá-la
os
Espíritos
Superiores
que o
assistem,
se
atende
às boas
inspirações
que lhe
dão.
O homem
não
conhece
os atos
que
praticou
em suas
existências
passadas,
mas pode
sempre
saber
qual o
gênero
das
faltas
de que
se
tornou
culpado
e qual o
cunho
predominante
do seu
caráter.
Bastará
então
julgar
do que
foi, não
pelo que
é, sim,
pelas
suas
tendências",
cuidando
de - por
outro
lado -
não
fazer
ouvidos
moucos à
voz da
consciência
que é o
"aguilhão
divino"
implantado
na
intimidade
espiritual.
Todas
essas
ilações
reuniu-as
Casimiro
Cunha
nesta
preciosa
síntese:
“Se
queres
subir ao
alto
Toma
zelo em
não
cair,
Constrói
nas
lutas de
agora
As
belezas
do
porvir..."
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 83. ed. Rio [de Janeiro]: 2002, q. 394.
- KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 71. ed. Rio [de Janeiro]: 2003, cap. XXVI, item 289 – 7ª
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 83. ed. Rio [de Janeiro]: 2002, q. 399.