Um fato que sempre me
impressionou, na vida dos
apóstolos ao lado de Jesus,
foi o momento em que Pedro
se aproximou do Mestre,
visivelmente nervoso, porque
um soldado havia exigido que
pagasse um imposto chamado
didracmas (duas dracmas),
que deveria ser cobrado
apenas dos estrangeiros.
Segundo Simão, o
representante de César
exigiu que tanto ele quanto
seu mestre o pagassem. Jesus
ouviu, calmamente, e falou
para Pedro lançar uma linha
com um anzol ao mar, dali
retirar um peixe, dizendo
que dentro do peixe haveria
uma moeda que seria o
suficiente para ele quitar
essa dívida, embora injusta,
inclusive recomendando ao
amigo para que não
incomodasse os soldados.
O que me chama a atenção,
nessa história, não é a
moeda dentro do peixe, mas o
ato de lançar a linha com
anzol ao mar. Isso é pescar,
e essa era a profissão de
Simão Pedro. Daí podemos
concluir que Jesus mandou
Pedro para o trabalho e que
dali retiraria a bênção da
materialização da moeda.
Certa vez Chico viu-se numa
situação muito delicada
financeiramente e pediu
ajuda aos céus. A resposta
veio quase imediata, mas
também mostrou que foi à
custa do trabalho de seu
irmão José,
recém-desencarnado, que o
problema seria solucionado.
Quem nos conta essa história
é Ramiro Gama no seu livro
“Lindos Casos de Chico
Xavier”.
Vejamos a narrativa:
José, o irmão de Chico, que
fora por muito tempo seu
orientador e dirigia as
sessões do "Luiz Gonzaga",
adoece gravemente e, sob as
surpresas de seus caros
entes familiares,
desencarna, deixando ao
irmão o encargo de lhe
amparar a família.
Dias depois, o Chico
verifica que José lhe
deixara também uma dívida,
pois se esquecera de pagar a
conta da luz, na importância
de onze cruzeiros.
Isto era muito para o pobre
médium, pois no fim de cada
mês nada lhe sobrava do
ordenado.
Pensativo, sentou-se à
soleira da porta de sua
casinha rústica e abençoada.
Emmanuel lhe diz:
- Não se apoquente, confie e
espere.
Horas depois, alguém lhe
bate à porta.
Vai ver.
Era um senhor da roça.
- O senhor é o seu Chico
Xavier?
- Sim. Às suas ordens, meu
irmão.
- Soube que seu irmão José
morreu. E vim aqui pagar-lhe
uma bainha de faca que ele
me fez há tempos.
E aqui está a importância
combinada.
Chico agradeceu-lhe.
E ficando só, abriu o
envelope. Dentro estavam
onze cruzeiros... para pagar
a luz.
Sorriu, descansado, livre de
um peso.
E concluiu para nós: - "Que
bela lição ganhei".
E nós: Também para os que
sabem olhar para os lírios
dos campos, que não temem o
amanhã, porque sabem que ele
pertence a Deus.
(Extraído do site
www.mensagemdeluz.kit.net.)