O
Esperanto preza pela
diversidade - e os
cristãos?
Falar sobre Esperanto é
sempre falar de pessoas
que procuram se colocar
no mundo a partir de uma
perspectiva diferente,
não conformista e,
geralmente, engajada.
Caso fosse não fosse
assim, hoje o Esperanto
talvez não passasse de
um verbete
enciclopédico, e os
esperantistas da
primeira hora não seriam
mais do que nobres
idealistas de outrora
que um dia nutriram uma
bela mas utópica ideia
de que seria possível
utilizar uma língua sem
nação para que a
humanidade se tornasse
um só povo.
No entanto, essa ideia,
embora não tenha
desaparecido com os
esperantistas do
passado, soa ainda um
tanto ingênua, pois
quando se fala em “um só
povo”, costumeiramente
acredita-se que
implicitamente existe o
pensamento de que um só
povo fala uma só língua,
possui uma só maneira de
pensar, vestir, agir e
se relacionar com os
outros. Ou seja, para se
chegar a um estágio como
esse, seria necessário
haver uma espécie de
genocídio cultural por
meio do qual todas as
idiossincrasias, línguas
e culturas sucumbiriam a
um processo de
massificação cultural e
linguística regida pelo
Esperanto e seus
representantes. Mas a
essência do Esperanto em
nada tem a ver com uma
espécie de
“Globalização” como a
que testemunhamos na
atualidade, em que os
interesses de grandes
corporações e nações
impõem-se sobre outros
povos e minorias, que
não têm forças para
resistir à dinâmica da
economia e da política
mundial, que
infelizmente, hoje, são
os únicos fatores que
aparentemente
desconhecem fronteiras.
Contudo, as bases
ideológicas urdidas ao
Esperanto por seu
criador não são nem tão
ingênuas nem tão
conspiratórias como
podem parecer; pois, se
por um lado traduzem uma
visão otimista quanto ao
futuro da humanidade,
por outro, lidam, desde
o princípio, no século
XIX, com um tipo de
pensamento que vem
ganhando força somente
agora, no século XXI: o
respeito à diversidade.
Portanto, nesse sentido,
Zamenhof apresenta uma
percepção profética
acerca da futura relação
que deverá ser
estabelecida entre os
povos e para a qual ele
já deixou como herança
um importante
instrumento, o
Esperanto.
E como é costume nosso
associar o Espiritismo
ao Esperanto,
gostaríamos de deixar ao
leitor a pergunta que
todos aqueles que
acreditam no conteúdo
dos evangelhos deveriam
fazer a si: O trecho
bíblico que apresenta a
ideia de “um só rebanho,
um só pastor” deve ser
interpretado como se
todas as pessoas do
mundo devessem adotar
uma só crença e prática
religiosa?
UEA –
Centenária Associação
Esperantista
Já que no tópico
anterior fizemos
referência aos
esperantistas da
primeira hora,
examinemo-lhes um
importante legado do
qual hoje podemos
desfrutar, a Universala
Esperanto-Asocio.
Conforme nos informa seu
site, a Associação
Universal de Esperanto
foi fundada em 1908 e
atualmente é a maior
organização
internacional de
falantes de Esperanto,
contando com membros de
121 países. Suas
atividades não se
concentram somente na
difusão do Esperanto,
mas também no fomento de
discussões a respeito do
problema linguístico
mundial, chamando
atenção para a
necessidade de se
tratarem todas as
línguas com
equanimidade.
Além de sua sede na
Holanda, em Roterdã, a
UEA possui também
escritório em Nova
Iorque, para apoiar suas
atividades junto à ONU e
a UNESCO, e em Benim,
para promover o
Esperanto na África.
O site da associação
possui, entre outras
línguas, uma versão em
português:
http://uea.org/info/kio_estas_uea.html
Informações sobre a
Rio+20 direto da Holanda
(ou do Brasil)?
Se tratamos
anteriormente dos
esperantistas da
primeira hora e da UEA,
vejamos onde estiveram
alguns esperantistas da
última hora, segundo o
site da Associação
Universal de Esperanto.
Como nos informa a
página da centenária
associação, durante a
Rio+20 jovens vestiram
camisetas verdes nas
quais se liam as
seguintes mensagens em
inglês: (na parte da
frente) Esperanto – a
língua que queremos; (no
verso) Nós queremos essa
língua
www.lernu.net.
Entretanto, a ação
esperantista organizada
não se resumiu somente a
divulgar silenciosamente
o Esperanto. Houve
participação mais ativa,
como a dos brasileiros
Álvaro Motta e Rafael
Zerbeto que, ainda
conforme o site, tomaram
parte no evento com
vídeos falados em
Esperanto.
A UEA disponibiliza
ambos os vídeos no link:
http://uea.org/dokumentoj/komunikoj/gk.php?no=458
Congresso
Pan-americano de
Esperanto pelas lentes
de Fábio Monteiro
No ano passado ocorreu
um importantíssimo
evento na cidade de São
Paulo, o TAKE –
Tutamerika Kongreso de
Esperanto. Por conta
disso, poderíamos aqui
fazer uma explicação com
digressões e descrições
dotadas de todas as
cores e também,
obviamente, de matizes
esverdeados como é
próprio desta seção, mas
de modo nenhum
chegaríamos aos pés do
que nos apresentam as
imagens e o protagonismo
de Fábio Monteiro,
esperantista da última
hora.
Vale muitíssimo a pena
assistir à produção dele
e conhecer seu blog, no
qual, na seção E-mondo,
podem ser encontradas
belas surpresas.
Confira:
TAKE:
http://www.youtube.com/watch?v=J2okokK7IUc
BLOG:
http://fabinhomonteiro.com/
André Luiz dá voz à Voz,
novamente!
A cada semana, propomos uma frase de André Luiz, do livro Sinal
Verde, psicografado por
Chico Xavier, vertida ao
esperanto por Allan
Kardec Afonso Costa.
Nesta, apresentamos a tradução da frase proposta na semana passada:
“Priatentu, kiel vi uzas vian voĉon, ĉar la voĉo estas unu el la
instrumentoj plej gravaj
en la vivo de ĉiu
homo.”
“Observe como você usa a sua voz, porque a voz é dos instrumentos
mais importantes na vida
de cada um.”
Eis a mais nova:
“La voĉo de ĉiu persono estas plena de magnetismo de liaj propraj
sentoj”
Até a próxima!