JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal
Espíritas contra
o suicídio
A doutrina
espírita (ou
Espiritismo) é
um dos maiores
preservativos
contra o
suicídio. A sua
compreensão e
estudo têm
contribuído para
evitar muitas
mortes. As
provas da
imortalidade do
Espírito tiram,
de vez, o tapete
a quem pretende
fugir dos
problemas por
esta via. Há
sempre uma
solução!
Já nas VIII
Jornadas de
Cultura Espírita
que decorreram
em Óbidos, a 21
e 22 de Abril de
2012, os
espíritas
abordaram temas
centrais e
transversais à
sociedade, no
sentido de
demonstrarem a
ineficácia do
suicídio. Por
essa altura,
podia-se ver uma
exposição
estática, nas
escadas de
acesso ao
auditório
municipal “A
Casa da Música”,
subordinada ao
tema “Vale a
pena viver” e
“Suicídio? Não,
obrigado!”,
onde, num misto
de informação
séria e humor,
se procurava
trazer novas
luzes de
entendimento a
quem quer que
observasse com
atenção essa
exposição.
Alice Alves,
professora do
ensino
secundário,
espírita, foi a
autora da
referida
exposição, tão
singela quanto
profunda, e que
se encontra
patente no átrio
do Centro de
Cultura
Espírita, nas
Caldas da Rainha
(Bairro das
Morenas),
durante este
ano, e ao dispor
de quem a quiser
visitar,
gratuitamente.
Questionado, um
dos dirigentes
desta associação
espírita
caldense disse
que “quando
as pessoas
conhecem a
doutrina
espírita e a
entendem, o
suicídio deixa
de fazer sentido”,
referindo-se
ainda que se
recorda de
vários casos de
pessoas que
solicitaram
auxílio no
Centro de
Cultura
Espírita, em
desespero, com
ideias suicidas,
e que
posteriormente
mudaram a sua
maneira de
pensar, vivendo
muito melhor.
O Espiritismo
não pretende
fazer adeptos,
pois que não é
mais uma
religião nem
mais uma seita,
mas tem por
objetivo
explicar às
pessoas que a
imortalidade do
Espírito é uma
realidade,
também a
reencarnação,
bem como a
comunicabilidade
dos Espíritos.
Desde meados do
século XIX que
Allan Kardec
lançou “O Livro
dos Espíritos”,
em 18 de Abril
de 1857, sendo
assim o marco do
aparecimento do
Espiritismo na
Terra. Desde
então, muitos
cientistas e
pesquisadores,
espíritas e não
espíritas, têm
suportado as
teses espíritas,
demonstrando a
sua veracidade.
Estando
comprovada a
imortalidade e a
reencarnação do
Espírito, o
suicídio
afigura-se como
o fundo falso da
vida, onde o ser
mergulha numa
escuridão
interior, anos a
fio, até que um
dia desperte
para a
espiritualidade.
Quando as
pessoas conhecem
a doutrina
espírita e a
entendem, o
suicídio deixa
de fazer sentido
Informam as
pessoas que se
suicidaram,
através dos
médiuns
espíritas pelos
quais se
comunicam, que
não existem
palavras para
descrever os
sofrimentos
(inenarráveis,
portanto) por
que passa um
suicida no mundo
espiritual, não
por castigo
divino, mas por
frustração,
sentimento de
autoculpabilização,
colhendo o que
semeou, podendo
esse
desequilíbrio
mental
demorar-se muito
tempo, ao ponto
de poder
reencarnar com
inúmeras
deficiências ou
limitações, de
acordo com o
grau de
responsabilidade
de cada um.
A doutrina
espírita,
ciência,
filosofia e
moral, diz-nos
que Deus é a
inteligência
suprema, causa
primária de
todas as coisas,
que somos
imortais, que em
determinadas
circunstâncias
pode-se
comunicar com o
mundo
espiritual,
fala-nos da
realidade da
reencarnação e
da lei de causa
e efeito, bem
como da
pluralidade dos
mundos habitados
(este último, o
único que falta
comprovar pela
ciência
“oficial”).
“Nascer, morrer,
renascer ainda,
progredir sem
cessar, tal é a
lei” é uma frase
que encerra bem
a ideia
espírita, que é
o maior
preservativo
contra o
suicídio que
conhecemos, pois
que, ao invés de
impor, explica,
esclarece e
consequentemente
consola.
Os bons
Espíritos
apontam sempre
no sentido do
bem, ensinando
que vale a pena
viver, por mais
difícil que o
transe
existencial se
afigure, na
certeza de que
nenhum de nós se
encontra sozinho
no palco da
vida, pois que
os mensageiros
divinos (os
guias
espirituais) nos
acompanham nos
nossos êxitos e
dificuldades,
mesmo que na
retaguarda das
nossas
percepções.
Tal como o sol
rompe a treva
noturna na
devida altura,
também nós, se
soubermos
porfiar no bem,
na prece
sincera, no
esforço de cada
dia e na
confiança em
Deus,
conseguiremos
superar todas as
aparentes
insuperáveis
dificuldades na
vida.