Em carta publicada nesta
mesma edição, o leitor José
Xavier pergunta-nos qual é,
exatamente, a diferença
entre expiação e prova.
Lembremos, em primeiro
lugar, que o planeta Terra é
classificado pelos Espíritos
superiores como um mundo de
provas e expiação.
Prova é o mesmo que teste.
Recebido o aprendizado na
vida espiritual ou na
existência corpórea, o
Espírito terá de provar que
assimilou o que aprendeu.
São provas a riqueza e a
pobreza, a beleza e a
fealdade, o poder e a
subalternidade, a vida
difícil e a vida fácil,
nascer num meio pacífico ou
num meio violento, viver em
uma região voltada para a
paz ou viver em região
conflagrada pela guerra.
A prova, como é fácil
perceber, independe do
insucesso anterior. É claro
que, tal como na escola, se
o aluno não passar na provas
finais relativas ao ano 1,
terá de repeti-lo, e só
passará ao ano 2 quando as
enfrentar e superá-las.
Dizia o saudoso escritor J.
Herculano Pires que as
provas não vêm em nosso
caminho para nos abater ou
esmagar, mas para serem
superadas e assimiladas.
Expiação é uma palavra
oriunda do verbo expiar, que
significa remir culpa,
sofrer, padecer, em
consequência de um ato
errado que se cometeu, seja
na atual existência, seja em
existências passadas.
Quem matar uma pessoa
valendo-se de uma espada,
desta será vítima. A
semeadura é livre, mas a
colheita é compulsória. Quem
com ferro fere, com ferro
será ferido. Estas são
expressões fundamentadas em
ensinamentos transmitidos
por Jesus e que servem de
exemplos de como funciona em
nossa vida a conhecida lei
de causa e efeito, ou de
ação e reação.
A Terra é, e o será por bom
tempo, um mundo de provas e
expiações porque os
Espíritos que aqui
reencarnam são bastante
atrasados e necessitam
dessas experiências.
A respeito do tema expiação,
colhemos em “O Livro dos
Espíritos” três ensinamentos
que nos parecem
fundamentais.
O primeiro – constante da
questão 262 – diz-nos que
Deus sabe esperar e não
apressa a expiação.
O segundo – expresso na
questão 998 – ensina-nos que
a expiação se cumpre durante
a existência corporal
mediante as provas a que o
Espírito se acha submetido
e, na vida espiritual, pelos
sofrimentos morais,
inerentes ao estado de
inferioridade do Espírito.
Esses sofrimentos por que
passa o indivíduo no plano
espiritual é que, em muitos
casos, determinam o rumo que
ele decide seguir na
existência corpórea
seguinte.
O terceiro, certamente o
mais importante, explica por
que na sociedade em que
vivemos as classes
sofredoras são mais
numerosas do que as felizes.
Apresentada tal questão aos
Espíritos superiores, eis o
que Kardec consignou na
questão 931 da obra
mencionada: “Nenhuma é
perfeitamente feliz e o que
julgais ser a felicidade
muitas vezes oculta
pungentes aflições. O
sofrimento está por toda
parte. Entretanto, para
responder ao teu pensamento,
direi que as classes a que
chamas sofredoras são mais
numerosas, por ser a Terra
lugar de expiação. Quando a
houver transformado em
morada do bem e de Espíritos
bons, o homem deixará de ser
infeliz aí e ela lhe será o
paraíso terrestre.”
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