WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)
O
dinheiro na Casa
Espírita
Se há um assunto
ainda
melindroso, um
autêntico
espinho para nós
espíritas, é o
tema dinheiro.
Temos sérias
dificuldades em
lidar com
questões
pecuniárias.
Parece-nos que o
dinheiro é algo
sujo, pecaminoso
e que macula a
figura de quem
dele se serve.
No entanto, a
bem da verdade,
é que o dinheiro
é neutro, ou,
melhor dizendo,
uma ferramenta
para fazer com
que as coisas
aconteçam. Logo,
está subordinado
ao destino que
lhe empregam. Se
o utilizam para
o mal ou para o
bem, a culpa não
é dele – do
dinheiro – mas,
sim, de quem fez
seu uso. É a mão
do homem que
suja ou limpa e
não o objeto em
si. Mas qual a
razão de ainda
termos
dificuldades em
lidar com o
dinheiro? Será
que já paramos
para promover
esta reflexão
íntima? Pode
ser, quem sabe,
que nosso modelo
mental esteja
obsoleto,
ultrapassado, e
ainda vejamos no
papel moeda uma
autêntica
tentação à moral
e ética. Porém,
reflitamos:
Quem paga as
contas de luz e
água da Casa
Espírita? Os
funcionários,
quando esta os
tem? Quem paga
as despesas com
limpeza e tantas
outras que bem o
sabemos existem?
Dirão alguns:
Dai de graça o
que de graça
recebestes.
Excelente!
Jamais o centro
espírita irá
cobrar por
reunião
mediúnica,
passe,
atendimento
fraterno etc.
Todavia, sejamos
sensatos: É
necessário
dinheiro para
pagar as
despesas acima!
Seria justo
apenas alguns
colaboradores
doarem? Seria
justo
usufruirmos de
todos os
benefícios que
recebemos sem ao
menos cogitarmos
de colaborar
financeiramente
com qualquer
quantia? Por
favor, não digam
que estou
querendo manchar
a Casa Espírita
ou impor
valores,
instituindo o
dízimo. Não me
refiro a dízimo.
Nada disso! Falo
de bom senso. O
bom senso de
sabermos que é
de bom tom
colaborar para
que as coisas
aconteçam,
porquanto, quer
queiramos ou
não, o dinheiro
é necessário
para a
manutenção e
ampliação das
atividades de
qualquer Casa
Espírita.
Obviamente que
não me refiro
àqueles que
passam por
dificuldades
financeiras.
Falo de bom
senso, apenas
isso!
Questionarão
alguns: Mas já
dou minha
colaboração na
Casa Espírita e
ainda preciso
colaborar
financeiramente?
Não se trata
disso, caro
leitor. Você não
precisa nada, se
não quiser;
ninguém o
obrigará a dar
um centavo na
Casa Espírita.
Falo, repito, de
bom senso,
apenas isso!
Ademais, não é a
Casa Espírita
que precisa de
nós, ao
contrário, somos
nós que
precisamos da
Casa Espírita e
dos trabalhos
que ela
desenvolve, para
que
mantenhamo-nos
sempre
trabalhando e
dispostos a
evoluir.
No entanto, para
não me alongar
demais neste
texto, convido
todos nós a
reflexões:
Como enxergamos
o dinheiro? Algo
sujo, pecaminoso
e que não pode
se envolver em
assuntos
“espirituais”,
leia-se, aqui,
Casa Espírita?
Ou o vemos como
uma ferramenta
para promover o
progresso humano
na Terra? Como
estamos lidando
com esta
questão? Que tal
chacoalharmos os
neurônios e
indagarmos
nossos próprios
modelos mentais?
Pensemos nisso.