RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)
Ciência e moral
“A ciência terrestre,
afinal, poderá
especializar as suas
atividades,
surpreendendo novos
compêndios e catalogando
novos valores nos seus
centros de estudo, mas
não terá realizado um
trabalho mais sério, em
benefício da alma
humana, sem
espiritualizar o
homem.”– Emmanuel.
Na revista VEJA,
edição 2268, de nove de
maio de 2012, páginas
110 e 111, encontramos a
seguinte reportagem sob
o título Esperança
Para Os Cegos: “A
retinose pigmentar é uma
doença hereditária que
mata os cones e
bastonetes, células da
retina responsáveis por
perceber a luz. Com a
degeneração dessas
células, o doente perde
a visão periférica e,
conforme a doença
avança, também a visão
central. A tecnologia
que devolveu a visão
parcial aos pacientes
ingleses usa um
microchip com 1500
microscópicos pixels
receptores alimentado
por uma bateria com vida
útil de dez anos, que é
colocada entre o crânio
e a pele. Assim que a
bateria foi ligada, os
pacientes relataram ter
percebido uma luz
potente, como se alguém
tivesse batido uma foto
com flash à sua frente.
Em pouco tempo, eles já
distinguiam um foco de
luz em uma parede escura
e evoluíram a ponto de
notar um prato sobre uma
mesa e de diferenciar
formas geométricas
básicas. A imagem
formada no cérebro não
tem cores e fica
embaçada. Os pacientes
com os melhores
resultados alcançaram
acuidade visual de 3,4%.
Apesar de pequena, a
taxa representa um
significativo avanço
para quem não enxergava
nada e permite relativa
independência para
realizar atividades
cotidianas. A
expectativa dos médicos
é de que, depois de
alguns meses, os
pacientes sejam capazes
de reconhecer rostos”.
Esse avanço da ciência
dos homens de nossos
dias só pode ser
avaliado em termos
emocionais pelos
próprios pacientes que
nada mais enxergavam e
começam a ter a
perspectiva feliz de
recuperar, pelo menos
parcialmente, a sua
visão e, por
consequência, a sua
independência em termos
das atividades do
dia-a-dia. Como se opor
a uma conquista dessas,
não é mesmo?
Entretanto, atentemos
para a mensagem de
Emmanuel psicografada no
dia 1º de dezembro de
1978, em Uberaba,
através do Chico:
“Em tempo algum,
ser-nos-á lícito
subestimar a importância
da ciência na Terra,
fonte de conhecimento
superior e de segurança
para o reconforto e
progresso da
Civilização. Entretanto,
anotemos: se a
inteligência humana
estabelecesse, de
inesperado, o
intercâmbio do Plano
Terrestre com outros
mundos da nossa
galáxia...
se aproveitasse, de
momento, todo poder das
forças cósmicas que a
rodeiam...
se empregasse, de
improviso, a totalidade
das energias solares...
se conseguisse meios
para curar qualquer tipo
das moléstias que
afligem a Humanidade...
se penetrasse as
complexidades da
embriologia, comandando
com segurança as
ocorrências mais íntimas
da gênese do corpo
físico...
se dominasse a
velocidade sem
sacrifícios, a ponto de
transportar-se, em
alguns minutos, de polo
a polo do mundo...
se recebesse
repentinamente a visita
de seres materializados
de outros orbes...
se governasse os
recursos telepáticos e
mediúnicos da
personalidade, criando a
comunicação clara e
fácil entre pessoas e
nações, unicamente na
base da transmissão pura
e simples...
se obtivesse
demonstrações
matemáticas da
sobrevivência da alma
após a morte,
tão-somente manobrando
pesquisas e instrumentos
de abordagem sutil da
matéria, em outras
modalidades
vibratórias...
se dispusesse de todos
os prodígios a que nos
referimos, sem a prática
das lições que o Cristo
nos legou, através da
própria exemplificação,
ensinando-nos a viver,
compreendendo-nos e
auxiliando-nos uns aos
outros, quem poderá
dizer que o
problema da paz e da
felicidade entre as
criaturas estaria
resolvido?”.
Creio que os fatos
noticiados pela imprensa
diariamente,
infelizmente, respondem
a essa indagação de
Emmanuel com um “não”!
Corruptos e corruptores.
Crimes variados onde o
amor ao próximo está
ausente. Injustiças
sociais. Impunidades.
Guerras. Fome e
enfermidades várias.
Fenômenos da Natureza
que vitimam inúmeras
criaturas respondem com
um sonoro “não” à
pergunta elaborada por
Emmanuel há vários anos.
O homem avança através
da ciência para a
conquista do seu
exterior. E quanto mais
essa conquista de fora o
solicita e absorve a
maior quota de seu
tempo, mais ele se
esquece da conquista de
si mesmo, única maneira
capaz de conseguir a paz
e a felicidade que estão
ao alcance de sua
inteligência, desde que
acompanhada pela
evolução moral que
determina o amor ao
próximo como a si mesmo.