Desvinculação
Para
muitos companheiros na
Terra a desvinculação no
campo afetivo é prova
difícil. Desligamento do
grupo familiar,
distância da
convivência. Hora da
diferenciação de alguém
perante outro alguém.
*
Se te vês
num momento assim, na
posição de quem pode
libertar associados de
ideal e de afinidade,
não hesites no bem por
fazer.
Aqueles
que anseiam por
independência e mudança,
depois de te
compartilharem a vida,
são pedintes de
tranquilidade e
renovação. Não precisam
tanto de teu ouro e
assistência, nome e
prestígio. Rogam-te,
acima de tudo, escoras
de tolerância e bondade,
a fim de que te possam
deixar sem que o
espinheiro da mágoa te
nasça no coração.
*
Medita
naqueles que, um dia,
igualmente largaste para
tomar embarcações
outras, diferentes do
navio em que se te
localizava a área
doméstica, de modo a te
fazeres ao mar profundo
e vasto da experiência
terrestre.
Familiares que te amavam
à presença e amigos que
te disputavam a
companhia se viram, de
instante para outro,
apartados de ti por
efeito de tuas próprias
deliberações.
Assim nos
expressamos porque
frequentemente a
harmonia na
desvinculação depende
daqueles que já
amadureceram na vida
física, aos quais se
pede amparo e segurança,
auxílio e aprovação.
Se alguém
ao teu lado te solicita
o cancelamento de
compromissos e deveres
assumidos para contigo,
concede a paz a quem
necessita de paz a fim
de atender a impositivos
da vida em outros
setores de evolução.
*
Realmente
desejas que os
descendentes se garantam
para a felicidade, não
queres que os filhos
bem-amados atravessem
tribulações e enganos
que te amarguraram a
infância ou a juventude;
habituas-te a desaprovar
as resoluções de amigos
que se afastam para
caminhos que já sabes
estarem encharcados de
lágrimas, nem concordas
em que os entes queridos
venham a transitar por
estradas que já
trilhaste entre pedras e
aflições; entretanto,
por mais nos doa ao
coração, muitos daqueles
que mais amamos chegaram
à Terra exatamente para
isso.
Diante
dos companheiros que se
te distanciam da
convivência ou que te
dizem adeus para te
reencontrarem mais
tarde, em outros e novos
níveis de espaço e
tempo, não lastimes nem
condenes.
Bendize e
auxilia sempre.
Os que
partem ou se te separam
da estrada, no
dia-a-dia, esperam de
ti, sobretudo, o
patrocínio do amor e o
refúgio da bênção.
Do cap. 3 do livro Na
Era do Espírito,
obra de autoria de
Francisco Cândido
Xavier, J. Herculano
Pires e Espíritos
Diversos.
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