MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Evolução em Dois Mundos
André Luiz
(Parte
35)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Evolução em Dois Mundos,
de André Luiz,
psicografada pelos médiuns
Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1959 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Antes de ler as questões
e o texto indicado para
leitura, sugerimos ao
leitor que veja,
primeiro, as notas
constantes do glossário
pertinente ao estudo
desta semana.
Questões preliminares
A. Há reencarnações que
se processam sem
consulta ao Espírito que
vai reencarnar?
Sim. Isso ocorre com
relação aos Espíritos
que necessitam de
segregação em certas
lutas no plano físico. A
medida é comparável à
que assumimos no mundo
com enfermos e
criminosos que, pela
própria condição ou
conduta, perderam
temporariamente a
faculdade de resolver
quanto à sorte que lhes
convém no espaço de
tempo em que se lhes
perdura a enfermidade ou
em que se mantenham sob
as determinações da
justiça. São os
problemas especiais, em
que a individualidade
renasce de cérebro
parcialmente inibido ou
padecendo mutilações
congênitas, ao lado
daqueles que lhe devem
abnegação e carinho.
Incapazes de eleger o
caminho do reajuste,
pelo estado de loucura
ou de sofrimento que
evidenciam, semelhantes
enfermos são
decididamente internados
na cela física como
doentes isolados sob
assistência precisa.
(Evolução em dois
Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pág.
150.)
B. É correto dizer que o
objetivo da reencarnação
não se limita às
necessidades de
regeneração?
Evidentemente. A
reencarnação não é mero
princípio regenerativo,
porque a evolução
natural nela encontra
firme apoio. Criaturas
que avultam na bondade
em muitas ocasiões
requerem conhecimento
nobilitante, e muitas
que se agigantaram na
inteligência permanecem
à míngua de virtude.
Outras, inumeráveis,
embora detendo preciosos
valores nos domínios do
coração e do cérebro,
após longo estágio no
plano extrafísico,
sentem fome de progresso
renovador por
inabilitadas, ainda, a
ascensões maiores e
renunciam à
tranquilidade a que se
integram nos grupos
afins, porque no cadinho
efervescente da carne
analisam, de novo, as
próprias imperfeições,
testando-lhes a
amplitude nas rudes
experiências da vida
humana, obtendo mais
avançado ensejo de
corrigenda e
transformação.
(Evolução em dois
Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pp.
150 a 152.)
C. Os Espíritos
progridem nos intervalos
de tempo em que se
encontram desencarnados?
Claro. As entidades
desencarnadas encontram
amplas possibilidades de
expansão nas cidades
espirituais que gravitam
em torno da Terra, nas
quais outras modalidades
de estudo e trabalho
lhes asseguram novos
fatores de evolução;
contudo, escassa
percentagem de criaturas
humanas, além da morte,
adquire acesso
definitivo aos planos
superiores. A esmagadora
maioria jaz ainda ligada
às ideologias e raças,
pátrias e realizações,
famílias e lares do
mundo, e é por isso que,
ao notarem o curso
diferente das escolas
que deixaram no Planeta,
sentem-se
irresistivelmente
atraídos para a
reencarnação, a fim de
preservar-lhes ou
enriquecer-lhes os
patrimônios.
(Evolução em dois
Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pp.
150 a 152.)
Texto para leitura
137. “Sementes de
destino” -
Nesses lugares de
retificadoras
inquietações, alija o
Espírito endividado a
carga de superfície,
exonerando-se dos
elementos de mais
envolvente degradação
que o aviltam; contudo,
tão logo revele os
primeiros sinais de
positiva renovação para
o bem, regista o auxílio
das Esferas Superiores
que, por agentes
inúmeros, apoiam os
serviços da Luz Divina
onde a ignorância e a
crueldade se transviam
na sombra. Qual doente,
agora acolhido em outros
setores pela
encorajadora
convalescença de que dá
testemunho, o devedor
desfruta suficiente
serenidade para rever os
compromissos assumidos
na encarnação
recentemente deixada,
sopesando os males e
sofrimentos de que se
fez responsável,
acusando ainda a si
próprio, com a
incapacidade evidente de
perdoar-se, tanto maior
quão maiores lhe foram
no mundo as
oportunidades de
elevação e a luz do
conhecimento. Muitas
vezes, ascendem a
escolas beneméritas, nas
quais recolhem mais
altas noções da vida,
aprimoram-se na
instrução, aperfeiçoam
impulsos e exercem
preciosas atividades,
melhorando os próprios
créditos; todavia, as
lembranças dos erros
voluntários, ainda mesmo
quando as suas vítimas
tenham já superado todas
as sequelas dos golpes
sofridos,
entranham-se-lhes no
espírito por
“sementes de destino”,
uma vez que eles mesmos,
em se reconhecendo
necessitados de promoção
a níveis mais nobres,
pedem novas
reencarnações com as
provas de que carecem
para se quitarem
consciencialmente
consigo próprios. Nesses
casos, a escolha da
experiência é mais que
legítima, porquanto,
através da limpeza de
limiar, efetuada nas
regiões retificadoras, e
pelos títulos adquiridos
nos trabalhos que
abraça, no plano
extrafísico, merece a
criatura os cuidados
preparatórios da nova
tarefa em vista, a fim
de que haja a conjugação
de todos os fatores para
que reencontre os
credores ou as
circunstâncias
imprescindíveis, junto
aos quais se redima
perante a Lei.
(Evolução em dois
Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pp. 149
e 150.)
138. Reencarnações
especiais -
Reencarnações se
processam, muita vez,
sem qualquer consulta
aos que necessitam de
segregação em certas
lutas no plano físico,
providências essas
comparáveis às que
assumimos no mundo com
enfermos e criminosos
que, pela própria
condição ou conduta,
perderam temporariamente
a faculdade de resolver
quanto à sorte que lhes
convém no espaço de
tempo em que se lhes
perdura a enfermidade ou
em que se mantenham sob
as determinações da
justiça. São os
problemas especiais, em
que a individualidade
renasce de cérebro
parcialmente inibido ou
padecendo mutilações
congênitas, ao lado
daqueles que lhe devem
abnegação e carinho.
Incapazes de eleger o
caminho do reajuste,
pelo estado de loucura
ou de sofrimento que
evidenciam, semelhantes
enfermos são
decididamente internados
na cela física como
doentes isolados sob
assistência precisa.
Vemo-los, assim,
repontando de lares
faustosos ou
paupérrimos,
contrariando, por vezes,
até certo ponto, os
estatutos que regem a
hereditariedade, por
representarem dolorosas
exceções no caminho
normal. (Evolução em
dois Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pág.
150.)
139. Reencarnação
e evolução - É
preciso entender, no
entanto, que a
reencarnação não é mero
princípio regenerativo.
A evolução natural nela
encontra firme apoio.
Criaturas que avultam na
bondade, em muitas
ocasiões requerem
conhecimento
nobilitante, e muitas
que se agigantaram na
inteligência permanecem
à míngua de virtude.
Outras, inumeráveis,
embora detendo preciosos
valores, nos domínios do
coração e do cérebro,
após longo estágio no
plano extrafísico,
sentem fome de progresso
renovador por
inabilitadas, ainda, a
ascensões maiores e
renunciam à
tranquilidade a que se
integram nos grupos
afins, porque, no
cadinho efervescente da
carne, analisam, de
novo, as próprias
imperfeições,
testando-lhes a
amplitude nas rudes
experiências da vida
humana, obtendo mais
avançado ensejo de
corrigenda e
transformação. Isso não
significa que a
consciência desencarnada
deixe de encontrar
possibilidades de
expansão nas cidades
espirituais que gravitam
em torno da Terra.
Outras modalidades de
estudo e trabalho aí lhe
asseguram novos fatores
de evolução; contudo,
escassa percentagem de
criaturas humanas, além
da morte, adquire acesso
definitivo aos planos
superiores. A esmagadora
maioria jaz ainda ligada
às ideologias e raças,
pátrias e realizações,
famílias e lares do
mundo. É por isso que
artistas eméritos, ao
notarem o curso
diferente das escolas
que deixaram no Planeta,
sentem-se
irresistivelmente
atraídos para a
reencarnação, a fim de
preservar-lhes ou
enriquecer-lhes os
patrimônios. Cientistas
eminentes, interessados
na continuidade dos
empreendimentos
redentores que largaram
em mãos alheias, volvem
ao trabalho e à
experimentação entre os
homens, e, no mesmo
espírito missionário,
religiosos e filósofos,
professores e
condutores, homens e
mulheres que se
distinguem por nobres
aspirações retornam,
voluntariamente, à
esfera física, em
sagradas ações de
auxílio que lhes valem
honrosos degraus de
sublimação na escalada
para a Divina Luz.
Obviamente, tanto a
regeneração quanto a
evolução não se
verificam sem preço. O
progresso pode ser
comparado a montanha que
nos cabe transpor,
sofrendo-se naturalmente
os problemas e as
fadigas da marcha,
enquanto que a
recuperação ou a
expiação podem ser
consideradas como essa
mesma subida,
devidamente
recapitulada, através de
embaraços e armadilhas,
miragens e espinheiros
que nós mesmos criamos.
Se soubermos, porém,
suar no trabalho
honesto, não
precisaremos suar e
chorar no resgate justo.
E não se diga que todos
os infortúnios da marcha
de hoje estejam
debitados a compromissos
de ontem, porque, com a
prudência e a
imprudência, com a
preguiça e o trabalho,
com o bem e o mal,
melhoramos ou agravamos
a nossa situação,
visto que todo dia, no
exercício de nossa
vontade, formamos novas
causas, refazendo o
destino. (Evolução em
dois Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pp.
150 a 152.)
140.
Particularidades da
reencarnação -
Não existe uma técnica
invariável no serviço
reencarnatório na Terra.
Cada entidade
reencarnante apresenta
particularidades
essenciais na
recorporificação a que
se entrega na esfera
física, quanto cada
pessoa expõe
característicos
diferentes quando se
rende ao processo
liberatório, não
obstante o nascimento e
a morte parecerem
iguais. Os Espíritos
superiores, quase
sempre, em ligação sutil
com a mente materna que
lhes oferta guarida,
podem plasmar por si
mesmos e, não raro, com
a colaboração de
instrutores da Vida
Maior, o corpo em que
continuarão as futuras
experiências,
interferindo nas
essências cromossômicas,
com vistas às tarefas
que lhes cabem
desempenhar. Os
Espíritos inferiores, na
maioria das ocasiões,
padecendo monoideísmo
tiranizante, entram em
simbiose fluídica com as
organizações femininas a
que se agregam,
experimentando o
definhamento do corpo
espiritual ou o fenômeno
de “ovoidização”, sendo
inelutavelmente atraídos
ao vaso uterino, em
circunstâncias
adequadas, para a
reencarnação que lhes
toca, em moldes
inteiramente dependentes
da hereditariedade, como
acontece à semente que,
após desligar-se do
fruto seco, germina no
solo, segundo os
princípios organogênicos
a que obedece, tão logo
encontre o favor
ambiental. Entre ambas
as classes, porém,
contamos com milhões de
Espíritos medianos na
evolução, portadores de
créditos apreciáveis e
dívidas numerosas, cuja
reencarnação exige
cautela de preparo e
esmero de previsão.
(Evolução em dois
Mundos, 1a
Parte, cap. XIX, pp. 152
e 153.)
Glossário:
Cadinho:
vaso metálico ou de
material refratário,
usado em operações
químicas a temperaturas
elevadas.
Congênito:
nascido com o indivíduo.
Corpo Espiritual:
o perispírito,
psicossoma.
Cromossômico:
relativo ao cromossomo,
cada um dos corpúsculos
de cromatina (substância
corável) que se
evidenciam no núcleo da
célula durante a divisão
celular (mitose), os
quais contêm os genes ou
fatores hereditários.
Monoideísmo:
estado de alma dominado
por uma ideia central,
fixa.
Organogênico:
relativo à organogênese,
do aparecimento e do
desenvolvimento dos
órgãos no ser vivo.
Ovoidização:
transformar-se em
“ovoide”. Em morfologia,
ovoide é a qualificação
de órgão ou parte maciça
em forma de ovo; a que
se assemelha o “ovoide”
resultante da deformação
perispiritual causada
por uma ideia fixa
(monoideísmo).
Plasmar:
dar forma a algo.
Restringimento:
ato ou efeito de
diminuir o volume.
Sequela:
sintoma ou efeito que
permanece após certas
doenças.
Simbiose:
associação de dois seres
de espécie distinta, com
influência de um sobre o
outro, ou de ambos entre
si, podendo essas
relações, ser úteis ou
prejudiciais às duas
partes, favoráveis ou
nocivas para uma delas
apenas.
Nota:
Muitos termos técnicos
usados na obra em estudo
não se encontram nos
dicionários que
comumente consultamos.
Clicando no link abaixo,
o leitor terá acesso ao
texto integral do livro Elucidário
de Evolução em Dois
Mundos,
elaborado e publicado
com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf