CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
A música sob a
ótica espiritual
Sob a influência
de Iohan, o
autor espiritual
de minhas
próximas obras
literárias
espíritas, tenho
abordado com
frequência temas
que giram em
torno da arte.
Há pouco, em
razão do
acidente havido
com atores na
peça Xanadu,
falava sobre o
voo
artístico, bastante
usado em outras
dimensões,
embora com
recursos
infinitamente melhorados,
dada a faculdade
de volição comum
às paragens
espirituais. E
também tenho
comentado sobre
a história das
minhas aulas de
violino,
iniciadas sob a
agradável e
forte
correspondência
de perfil
espiritual entre
mim e este amigo
da
invisibilidade
que, no decurso
de sua história,
em repetidas
vezes reencarnou
vivendo as
experiências
artísticas do
universo da
música.
Aprendemos muito
durante estas
vivências. E tratam-se
sempre de
informações
que não devemos
reter apenas
para nós. Assim,
enquanto estudo
violino, recebo
orientações e
revelações de Iohan
sobre o espectro
extrassensório
que envolve a
sonoridade deste
instrumento nobre
e caprichoso.
Percebo com
facilidade o
modo como,
acerca de uma
hora, durante a
qual pratico
música e
técnica, minha
mente se esvazia
com facilidade
de todas as
nuvens de
pensamentos que
antes a
povoavam. Do por
vezes tumultuado
universo de
vozes, ruídos e
sensações
que nos agitam o
íntimo, quase à
nossa revelia,
após um
dia inteiro de
trabalho. Isto
porque o violino
é um
dos magníficos
instrumentos
musicais que
emitem som em
contínuo, um dos
poucos que
reproduzem com
fascinante
fidelidade a
semelhança da
sonoridade da
voz humana. E
isto nos obriga
a focar nos
movimentos de
execução.
Quando,
portanto,
conduzo o arco
numa melodia, a
mínima distração
que ocorra,
muitas vezes à
revelia, provoca
instantânea
interrupção ou
erro – de vez
que sabemos
que o poder de
concentração
humana é
naturalmente
descontínuo,
e que
é exercício
continuado o
esvaziar-se a
mente para
manter-se
num foco único.
E prática de
violino,
caríssimos, envolve
o tempo todo
foco e
repetição!
Na terceira ou
quarta vez em
que pratico
alguma melodia,
portanto, após a
execução inicial
da escala para
aquecimento, vem
o alívio, e um
desempenho
satisfatório! A
música flui; a
mente, também!
As emoções
se harmonizam e
se alinham à
postura corporal
e à intenção. A
estética musical
se ajusta; a
pulsação se
enquadra.
Tornamo-nos, sem
nenhum exagero
em se afirmar,
num só, com o
instrumento que
executamos, ou
vice-versa –
uma única
entidade
musical,
produzindo belas
melodias sob os
ensaios técnicos
preciosos!
O aprendizado de
violino,
portanto, se
assemelha
muito às
terapias
utilizadas
através da
entoação de
mantras. Porque,
ao final da
prática,
sentimo-nos
plenos.
Pacificados e
preenchidos
interiormente
somente com
beleza, com
luz e
serenidade!
Iohan tem me
explicado, via
inspiração
mediúnica, que
nos lugares onde
atualmente
habita e
prossegue
aprendendo e se
realizando como
músico, com o
passar do tempo,
resgatou o
conhecimento de
que também é de
suma importância
se considerar a
influência da
música no
espectro
emocional.
Assim, mesmo
ele, que fora
maestro e
professor de
música em suas
últimas jornadas
materiais –
trazendo bagagem
a isto
compatível
destas outras
esferas da vida
–, teve que
passar por
preparo devido,
de ordem
emocional, para
tratar e
rearmonizar sentimentos
e emoções ao
grau
mínimo necessário às
iniciativas para
as quais sempre
converge,
objetivando
prosseguir vinculado
aos círculos de
atividades
ligadas às artes
e à música.
Conta-nos,
assim, que,
quando do seu
último retorno,
vendo-se
suficientemente
consciente de
sua nova
situação,
e adaptado ao
lugar luminoso
da
espiritualidade
que o acolheu –
uma cidade
etérea onde são
recebidas
muitas almas
sensíveis,
assim devotadas
à Arte –,
solicitou
aconselhamento e
orientações que
o situassem
naquelas mesmas
atividades com
que mais se
compatibilizava.
Entretanto, e
embora não
o tolhessem
neste
propósito, para
a sua
surpresa, recebeu
instruções no
sentido de, em
primeiro lugar,
harmonizar-se
intimamente.
Restabelecer-se,
com os recursos
terapêuticos
aprimoradíssimos
daqueles setores
da Vida, da
desordem
emocional e
sentimental,
território
sofrido da
integridade do
seu ser
inteiramente
comprometido pelas
vivências ríspidas
da última etapa
vencida na
materialidade.
Pois, realizar
e, sobretudo,
ensinar música,
requer, antes,
preparo interior
de quem se
dedica a estas
iniciativas.
Afinal, a música
bem conduzida ou
executada expressa
harmonia sonora
e vibratória.
Assim, seu
executor, para
bem realizá-lo,
deve se achar em
condições
compatíveis com
o que haverá de
praticar,
produzindo
efeitos de ordem
imediata no
universo
emocional dos
circunstantes.
Não é, portanto,
acaso que uma
poderosa audição
sonora afete a
tantos mais
sensíveis, que
não raro se
emocionam,
choram, ou
sentem-se em
estado de êxtase
ou enlevo, como
se transportados
para outras
esferas, durante
a primorosa
audição de um
concerto.
Não é despropósito
que tantos
comentem
a vivência
de serem
facilmente
deslocados a
outras fases do
passado
distante,
ao ouvirem esta
ou aquela
melodia
específica.
Porque a música
não se trata
tão-somente
de atividade
inconsequente de
horas de ócio,
ou de lazer
despreocupado. A
música, amigos,
é
insuspeitado alimento.
Nutre nossos
espíritos de
vibrações que se
compatibilizam com
o nosso universo
interior –
influenciando-o
decididamente
para mergulhá-lo em
estados
múltiplos,
benéficos ou
maléficos!
Assim, nos
lugares
aprimorados onde
Iohan vive
agora, a música
é usada também
como instrumento
eficiente de
tratamento de
desordens
emocionais
criadas,
frequentemente,
nos
períodos difíceis
das
reencarnações,
ou nas faixas
do astral de
padrão
vibratório
sombrio ao redor
da Terra.
É terapêutica de
efeitos
maravilhosos nos
casos como o
deste músico e
amigo querido,
que se
dedica por amor
ao ensino da
música aprimorada,
mas não somente
visando à
formação de
novos artistas. O
faz também para
auxílio no
reajuste dos
perfis
emocionais em
estado de
desordem de
muitos outros!
Ele mesmo teve
que se submeter
a intenso
tratamento deste
teor, quando da
sua volta ao
mundo maior! E
vem agora para
nos instruir a
realizar
constantemente,
em nosso
benefício, e, no
do mundo em que
vivemos, o que,
a exemplo, o
maestro Naire,
muito
apropriadamente,
nos expôs em sua
obra de grande
utilidade,
O Ser Humano
Orquestra: a
vida é como uma
constante
execução
musical! E nós
criamos
os movimentos! Se
pretendemos
conduzir a
música vital em
harmonia, para
produzir
felicidade
individual e
coletiva, temos
de trabalhar os
nossos perfis
interiores!
Afinal, assim
como o
violino, somente
quando estamos
devidamente
afinados podemos
emitir vibrações de
luz!