Imperfeições
Ante o
serviço a fazer,
evitemos a escuridão das
horas frustradas.
Nós que
alongamos os braços, a
cada instante, para
recolher sustento e
proteção, consolo e
carinho, saibamos
estender igualmente as
mãos para auxiliar.
Declaras-te inabilitado
a servir.
Entretanto, é buscando
servir que te promoves à
galeria da confiança.
Afirmas-te em padrão
muito baixo para a
feitura das boas obras.
Entretanto, é nas boas
obras que fulge o
caminho da elevação.
Asseveras-te espírito
devedor e, por esse
motivo, desertas do
culto à fraternidade.
Entretanto, é no culto à
fraternidade que
encontramos recursos ao
resgate dos próprios
débitos.
Acusas-te
entediado e, por isso,
renuncias às lutas
edificantes.
Entretanto, é nas lutas
edificantes que
recuperarás a tua
alegria.
*
Haja o
que houver, não te
proclames inútil.
Há muita
gente que se lastima da
falta de virtude, para
fugir-lhe ao
ensinamento, olvidando
que, se já fôssemos
consciências
aprimoradas, ninguém
recorreria na Terra ao
merecimento da escola.
O vaso
simples, se necessário,
é mandado ao conserto.
O carro
em desajuste recupera-se
na oficina.
O móvel
quebrado encontra
refazimento.
A roupa
manchada alimpa-se na
água pura.
É
impossível, desse modo,
que a Divina Sabedoria
não dispusesse de meios,
a fim de reabilitar-nos.
E, a fim
de reabilitar-nos,
deu-nos a cada um a
possibilidade de auxílio
aos outros.
Todos
temos, portanto, no
trabalho do bem, nosso
grande remédio.
Se
caíste, surgirá ele como
apoio em que te
levantes.
Se
amargurado, ser-te-á
reconforto.
Se
erraste, dar-te-á
corrigenda.
Se
ignoras, abençoar-te-á
por lição.
Deus sabe
que todos nós,
encarnados e
desencarnados em serviço
na Terra, somos ainda
espíritos imperfeitos,
mas concedeu-nos o
trabalho do bem, que
podemos desenvolver e
sublimar, segundo a
nossa vontade, para que
a nossa vida se
aperfeiçoe.
Do cap. 25 do livro
Seara dos Médiuns,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido
Xavier.
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