O
advento
do
Consolador
Com a
geração
que
surge
virá o
triunfo
da
união,
da paz e
da
fraternidade
entre os
homens
“(...) E
eu
rogarei
ao Pai,
e Ele
vos dará
outro
Consolador...”
–
Jesus.
[Jo.,
14:16].
As
raízes
mais
profundas
do
Espiritismo
já
traziam
os
traços
de sua
marcante
característica
universalista,
haja
vista
que
desde o
seu
aparecimento
e
posterior
desenvolvimento,
nunca se
circunscreveu
a
limites
geográficos.
Romper
fronteiras
físicas
e
transcendentais,
tal uma
de suas
múltiplas
peculiaridades!
Os
fenômenos
que
ensejaram
o seu
advento
aconteceram
nos
Estados
Unidos
da
América
do
Norte,
mais
precisamente
na
pequena
cidade
de
Hydesville,
no
Estado
de Nova
York, e
repercutiram
na
França,
onde se
consolidaram
em corpo
doutrinário
através
do
empenho
formidável
de Allan
Kardec,
devidamente
amparado
pela
Espiritualidade
Superior.
Após a
formatação
doutrinária,
eis o
Espiritismo
atravessando
o
Atlântico,
na
direção
das
terras
do
Cruzeiro,
encontrando
terreno
fértil e
farta
semeadura...
E do
Brasil
irradia-se
– agora
– para
todo o
mundo!
Segundo
Allan
Kardec,
“(...)
as
manifestações
ocorreram
em todos
os
tempos,
tanto na
Europa
quanto
na
América,
e hoje,
que se
dá conta
da
coisa,
lembra-se
uma
multidão
de fatos
que
passaram
despercebidos,
e deles
se
encontra
uma
multidão
consignada
nos
escritos
autênticos.
Mas
esses
fatos
eram
isolados;
nestes
últimos
tempos
(de 1848
em
diante)
se
produziram
nos
Estados
Unidos,
numa
escala
bastante
vasta
para
despertar
a
atenção
geral
dos dois
lados do
Atlântico.
A
extrema
liberdade
que
existe
naquele
país
favoreceu
a
eclosão
de
ideias
novas, e
foi por
isso que
os
Espíritos
escolheram-no
como o
primeiro
teatro
de seus
ensinos.
Ora,
ocorre
frequentemente
que uma
ideia
nasce
num país
e se
desenvolve
em um
outro,
assim
como se
vê pelas
ciências
e pela
indústria.
Sob esse
aspecto
o gênero
americano
fez suas
provas,
e nada
tem a
invejar
à
Europa;
mas, se
excede
em tudo
o que
concerne
ao
comércio
e às
artes
mecânicas,
não se
pode
recusar
à Europa
o das
ciências
morais e
filosóficas.
Em
consequência
dessa
diferença
no
caráter
normal
dos
povos, o
Espiritismo
experimental
estava
sobre
seu
terreno
na
América,
ao passo
que a
parte
teórica
e
filosófica
achava
na
Europa
os
elementos
mais
propícios
ao seu
desenvolvimento;
também
foi ali
que ela
nasceu e
em
poucos
anos
conquistou
o
primeiro
lugar.
Os fatos
lá
primeiro
despertaram
a
curiosidade;
mas
constatados
os fatos
e
satisfeita
a
curiosidade,
logo
deixaram
as
experiências
materiais
sem
resultados
positivos;
não
ocorreu
mais o
mesmo
desde
que se
desenvolveram
as
consequências
morais
desses
mesmos
fatos
para o
futuro
da
Humanidade;
desde
esse
momento,
o
Espiritismo
tomou
lugar
entre as
ciências
filosóficas,
caminhou
a passos
de
gigante,
apesar
dos
obstáculos
que lhe
suscitaram,
porque
satisfazia
as
aspirações
das
massas,
porque
se
compreendeu
prontamente
que
vinha
preencher
um vazio
imenso
nas
crenças,
e
resolver
o que
até
então
parecia
insolúvel.
A
América,
pois,
foi o
berço do
Espiritismo,
mas foi
na
Europa
que ele
cresceu
e fez
suas
humanidades.
Na
América
há lugar
para
disso
ter
ciúme?
Não,
porque
sobre
outros
pontos
teve a
vantagem.
Não foi
na
Europa
que as
máquinas
a vapor
nasceram,
e não
foi na
América
que se
tornaram
em
condições
práticas?
A cada
um seu
papel
segundo
as suas
aptidões,
e a cada
povo o
seu,
segundo
seu
gênio
particular”.
Allan
Kardec
assinala
seis
períodos
que
marcaram
o
surgimento
e o
desenvolvimento
do
Espiritismo:
O
primeiro
período
foi
caracterizado
pela
curiosidade.
O
segundo
foi
o
período
filosófico,
marcado
pela
aparição
de “O
Livro
dos
Espíritos”.
Desde
esse
momento
o
Espiritismo
tomou um
caráter
diferente:
foram
entrevistos
o
objetivo
e a
importância,
nele se
hauriu a
fé e a
consolação,
e a
rapidez
de seus
progressos
foi tal
que
nenhuma
outra
doutrina,
filosófica
ou
religiosa,
ofereceu
igual
exemplo.
Mas,
como
todas as
ideias
novas,
teve
adversários
tanto
mais
obstinados
quanto a
ideia
era
maior,
porque
toda
grande
ideia
não pode
se
estabelecer
sem
ferir
interesses;
é
necessário
que ela
tome
lugar, e
as
pessoas
deslocadas
não
podem
vê-la
com bom
olhar;
depois,
ao lado
das
pessoas
interessadas
estão
aqueles
que, por
sistema,
sem
motivos
precisos,
são os
adversários
natos de
tudo o
que é
novo.
Nos
primeiros
anos,
muitos
duvidaram
de sua
vitalidade,
foi
porque
lhe
deram
pouca
atenção;
mas
quando o
viram
crescer
apesar
de tudo,
se
propagar
em todas
as
classes
da
sociedade
e em
todas as
partes
do
mundo,
tomar
seu
lugar
entre as
crenças
e
tornar-se
uma
potência
pelo
número
de seus
adeptos,
os
interesses
na
conservação
das
ideias
antigas
se
alarmaram
seriamente.
Foi
então
que uma
verdadeira
cruzada
foi
dirigida
contra
ele, e
que
começou
o
terceiro
período,
conhecido
como
o
Período
da Luta.
O
auto-de-fé
de
Barcelona,
de 9 de
outubro
de 1860,
de
alguma
sorte,
foi o
sinal
desse
período.
Até ali,
tinha
sido
alvo dos
sarcasmos
da
incredulidade
que ri
de tudo,
sobretudo
do que
não
compreende,
mesmo
das
coisas
mais
santas,
e às
quais
nenhuma
ideia
nova
pode
escapar:
foi o
seu
batismo;
mas os
outros
não riem
mais: se
olham
coléricos,
sinal
evidente
e
característico
da
importância
do
Espiritismo.
Desde
esse
momento
os
ataques
tomaram
um
caráter
de
violência
estranha;
a
palavra
de ordem
foi
dada;
sermões
coléricos,
pastorais,
anátemas,
excomunhões,
perseguições
individuais,
livros,
brochuras,
artigos
de
jornais,
nada foi
poupado,
nem
mesmo a
calúnia.
Estamos,
pois, em
pleno
período
da luta,
mas ele
não
acabou.
Vendo a
inutilidade
do
ataque a
céu
aberto,
vai se
tentar a
guerra
subterrânea,
que já
se
organiza
e
começa;
uma
calma
aparente
vai se
fazer
sentir,
mas é a
calma
precursora
da
tempestade;
mas
também,
à
tempestade,
sucede
um tempo
sereno.
Espíritas,
guardai-vos
da
inquietação!
O
resultado
não será
duvidoso;
a luta é
necessária,
e o seu
triunfo
não será
senão
mais
brilhante.
Eu
disse, e
o
repito:
vejo o
objetivo,
sei
quando e
como
será
alcançado.
Se vos
falo com
esta
segurança,
é que
tenho
para
isso
razões
sobre as
quais a
prudência
quer que
me cale,
mas as
conhecereis
um dia.
Tudo o
que vos
posso
dizer é
que
poderosos
auxiliares
virão,
que
fecharão
a boca a
mais de
um
detrator.
No
entanto,
a luta
será
viva, e
se, no
conflito,
houver
algumas
vítimas
de sua
fé, que
elas
disso se
alegrem,
como o
fizeram
os
primeiros
mártires
cristãos,
dos
quais
vários
estão
entre
vós para
vos
encorajar
e vos
dar o
exemplo;
que elas
se
lembrem
destas
palavras
do
Cristo:
"Bem-aventurados
os que
sofrem
perseguição
por
causa da
justiça,
porque
deles é
o reino
dos
céus.
Sereis
felizes
quando
os
homens
vos
carregarem
de
maldições,
e que
vos
perseguirem,
e que
disserem
falsamente
toda
espécie
de mal
contra
vós por
causa de
mim.
Alegrai-vos,
então, e
estremecei
de
alegria,
porque
uma
grande
recompensa
vos está
reservada
nos
céus;
porque
foi
assim
que
perseguiram
os
profetas
que
vieram
antes de
vós".
Estas
palavras
não
parecem
ter sido
ditas
para
espíritas
de hoje
como
para
apóstolos
de
então? É
que as
palavras
do
Cristo
têm isto
de
particular:
são de
todos os
tempos,
porque
Sua
missão
era para
o
futuro,
como
para o
presente.
A luta
determinará
uma nova
fase do
Espiritismo
e
conduzirá
ao
Período
Religioso.
Depois
virá o
Período
Intermediário
–
consequência
natural
do
precedente,
e que
receberá
mais
tarde
sua
denominação
característica.
O sexto
e último
período
será o
Período
da
Renovação
Social,
que
abrirá a
era do
século
vinte.
Nessa
época,
todos os
obstáculos
à nova
ordem de
coisas
queridas
por
Deus,
para
transformação
da
Terra,
terão
desaparecido;
a
geração
que se
levanta,
imbuída
de
ideias
novas,
será
toda a
sua
força, e
preparará
o
caminho
daquela
que
inaugurará
o
triunfo
definitivo
da
união,
da paz e
da
fraternidade
entre os
homens,
confundidos
numa
mesma
crença
pela
prática
da lei
evangélica.
Assim
serão
verificadas
as
palavras
do
Cristo,
que
todas
devem
receber
seu
cumprimento,
e das
quais
várias
se
cumprem
nesta
hora,
porque
os
tempos
preditos
são
chegados.