Na coluna de hoje,
registraremos dois casos que
ocorreram revelando a beleza
de uma mediunidade utilizada
unicamente para o bem de
seus semelhantes. Ambos
foram registrados no livro
“Chico Xavier por ele
mesmo”, editado pela Martin
Claret de São Paulo.
Conta-se que no ano de 1961
faleceu num hospital de São
Paulo um jovem operado de
úlcera. O rapaz, Anélio
Gilbertoni, saíra de sua
cidade, Taquaritinga, no
interior paulista,
especialmente para ser
operado na capital.
Diante do resultado
desastroso da operação,
falou-se muito em imperícia
do operador. A noiva do
rapaz, Marina, foi uma das
pessoas que defenderam essa
tese com maior ardor.
Afinal, dizia, Anélio era um
rapaz tão forte...
Três meses após a operação,
Marina, que morava em Poços
de Caldas, Minas Gerais,
decidiu pedir um conselho a
Chico Xavier. Sentia-se
arrasada, sem forças para
continuar vivendo, incapaz
de se livrar da imagem do
noivo.
Chegada a Uberaba,
dirigiu-se à Rua Eurípedes
Barsanulfo. Após longa
espera na fila, conseguiu,
afinal, aproximar-se do
médium. Eram quase onze
horas da noite. E, para seu
espanto, no final da
reunião, recebeu das mãos de
Chico uma mensagem,
reproduzida pela imprensa à
época.
Nela, Anélio lembrava certos
fatos íntimos, de que só
eles sabiam, e inocentava o
médico que o operara. Essa
mensagem encontra-se
transcrita, na íntegra, no
livro “Presença de Chico
Xavier”, de Elias Barbosa,
IDE.
Este outro caso, ainda mais
impressionante, aconteceu em
1970 com João Ghignone,
presidente da Federação
Espírita do Paraná.
Concluída a sessão, João
entrou na fila, a fim de
cumprimentar e abraçar
Chico. Qual não foi sua
surpresa quando, ao chegar
junto ao médium, este lhe
disse: “Sabe quem está ao
seu lado, bastante
emocionada e querendo
abraçá-lo? Sua mãe!”
Ao sair dali, João Ghignone
comentou com um amigo: “Veja
só: o Chico não está
regulando muito bem. Minha
mãe está viva em Curitiba”.
Assim que chegou ao hotel,
porém, recebeu um telefonema
interurbano. Era do Paraná e
lhe anunciava a morte de sua
mãe.