DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP
(Brasil)
Por que uns se
curam,
e outros,
não
Há motivos que
explicam por que
uma pessoa é
curada, e outra
não, se ambas
buscam o auxílio
da cirurgia
mediúnica. Às
vezes, o
portador de uma
moléstia
entrega-se ao
desespero —
a doença é
incurável, ou de
cura difícil.
Então, ele
procura um
médium. Por
imaginá-lo
ligado ao
fantástico, ao
extraordinário,
espera um súbito
milagre.
Se em cirurgias
mediúnicas não
se deve contar
com um
“milagre”,
que dirá com um
milagre
instantâneo! A
pessoa pode ou
não conseguir
bom êxito, por
exemplo, numa
cirurgia feita a
distância
através da
irradiação
fluídica no
perispírito, ao
dormir, ou
executada com ou
sem corte no
corpo físico por
meio de um
médium de
operações
mediúnicas.
Depende muito de
um estado
psíquico, de uma
reciprocidade
fluídica,
oriunda de certa
característica
ectoplasmática.
O emprego desse
tipo de energia
psíquica é
rigorosamente
submetido a
controle por
Médicos
Desencarnados e
outras Entidades
dedicadas à
Medicina
Transcendental.
O êxito das
intervenções
cirúrgicas
espirituais
corresponde,
muito mais do
que se imagina,
ao comportamento
do enfermo,
havendo
pormenores
importantes a se
observar.
Fluidos
saudáveis do
enfermo tornam
bem mais fáceis
as tarefas dos
Benfeitores
Espirituais.
Como resultado,
podem ocorrer
curas milagrosas
(milagrosas,
no sentido
etimológico do
termo milagre,
de mirari,
que significa:
admirável, coisa
extraordinária,
surpreendente, e
não um ato que
contraria leis
divinas, leis
justas e
perfeitas).
Trata-se essa
magna tarefa de
um “processo de
refluidificação”,
consoante
disposições
metódicas,
lembrando um
tratamento
hemoterápico.
Como exemplo e
só para
ilustrar, vale
dizer que essa
prática
respeitante à
medicina terrena
consiste em o
médico estimular
o vigor do
paciente. Como
se sabe, o
médico extrai
uma quantidade
de sangue para
reinjetá-lo,
quer de modo
direto de
indivíduo a
indivíduo, quer
apenas do sangue
armazenado no
paciente, daí,
efetuar-se o que
chamamos
transfusão de
sangue. Assim,
acontece mais ou
menos na
terapêutica
transcendental,
o que se
denomina
“fluidoterapia”,
numa alusão a
“passes”, método
muito comum e
aplicado em
centros
espíritas
kardecistas.
Sem efeito
colateral —
Na transfusão
que citamos como
exemplo, ou
seja, a
praticada pela
medicina
terrena,
observam-se
rigorosas
medidas a fim de
não causar danos
ao receptor. No
caso do receptor
submetido à
cirurgia
espiritual, não
há efeitos
colaterais,
tendo ele,
todavia, que
observar esta
medida
absolutamente
necessária: a
manutenção de um
bom nível de
pensamentos e
sentimentos.
Outro motivo
para o êxito das
cirurgias está
nos preparativos
básicos.
Torna-se também
necessária a
observação de
outras regras
fundamentais,
sem deixar de
cumprir sequer
um item
recomendado pelo
núcleo ao qual
se recorre (cada
núcleo possui
preceitos e
critérios
peculiares).
Tais indicações
orientam e dizem
como o assistido
deve se portar e
dar início ao
procedimento.
Se durante a
cirurgia a
distância ou na
presença do
médium, no local
onde ele opere,
o assistido não
proporcionar os
meios
solicitados para
se submeter ao
processo
cirúrgico, os
Espíritos
executores desse
mister terão
seriíssimas
dificuldades. O
primeiro passo,
e o mais fácil a
ser cumprido, é
a facilitação do
conjunto de
caracteres
próprios e
exclusivos da
pessoa, tais
como: nome,
idade,
residência,
local onde se
encontra. Por
via de regra, há
nos centros
espíritas o
Livro de
Vibrações, ou
Livro de
Irradiações.
Porém não
adianta o
assistido
escrever nome e
todos os
informes, o que,
reitero,
facilita
sobremodo o
trabalho dos
Benfeitores, se
o indivíduo não
cumpre um regime
alimentar
adequado, se não
se encontra no
local data e
hora
preestabelecidos,
se não se
mantém,
sobretudo,
tranquilo. O
assistido que
não estiver
devidamente
preparado e em
paz consigo
mesmo, cuja
mente esteja
saturada de
fluidos sombrios
em virtude de
uma
irritabilidade,
de alguma
altercação ou
por outro motivo
menos feliz, não
alcançará a
benfazeja
assistência dos
Médicos do
Espaço, onde
quer que esteja,
de um modo ou de
outro.
Constituem
obstáculo, para
terapeutas e
cirurgiões
espirituais, a
maledicência,
intriga, brigas
familiares, além
de mais este
empeço: um
recinto de
pessoas
viciadas. Isso
impede o
caridoso ato,
sendo realmente
difícil para os
Espíritos
atuarem num
local onde há
tabagistas,
consumidores de
bebidas
alcoólicas, de
outras drogas,
desregramentos
diversos e
atitudes
licenciosas. Os
fluidos
irradiados a
distância ou
aplicados
diretamente no
enfermo
encontram
resistência ante
tais fluidos
agressivos e
danosos.
Nessas
circunstâncias,
os Benfeitores
esbarrarão com
os referidos
impedimentos. A
influência das
energias
salutares não
predominará,
sejam estas
emitidas a
distância,
interferindo no
perispírito,
durante o sono,
ou manipuladas
diretamente no
corpo físico do
paciente. Os
Espíritos quase
nada ou mesmo
nada poderão
fazer pelo
assistido.
Descrença
atrapalha —
A incerteza e o
pessimismo
representam
outro obstáculo.
Ora, se o
enfermo duvida,
mantendo-se em
nível vibratório
de descrença, de
indisciplina, da
mesma forma nada
poderá ocorrer.
Por se tratar de
uma questão de
foro íntimo,
neste caso, os
Espíritos
tenderão a levar
em conta o seu
livre-arbítrio.
Torna-se
imprescindível a
confiança na
Providência, uma
firme esperança
no auxílio do
médico
espiritual,
lembrando, além
disso, do fator
médium. Ele é o
meio
entre Espíritos
e homens, e sua
idoneidade e
atributos morais
são
indispensáveis.
Ainda que com
toda a fé e boa
vontade
expressada na
disciplina e
observância dos
preparativos, se
de um jeito ou
de outro o
enfermo não se
cura, há certo
pressuposto.
Conforme a Lei
de Ação e
Reação, ou Lei
da Causa e
Efeito, fatos
anteriores bons
e maus sempre
deixam prever os
que hão de
seguir-se; desse
modo, se a
pessoa não se
cura, há de
existir fortes
razões
regenerativas.
Vejamos o que a
esse respeito
diz o Espírito
Emmanuel, pela
psicografia de
Chico Xavier.
Segundo
Emmanuel: “Há
criaturas
doentes que
lastimam a
retenção no
leito e choram
aflitas, não
porque desejem
renovar
concepções
acerca dos
sagrados
fundamentos da
vida, mas por se
sentirem
impossibilitadas
de prolongar os
próprios
desatinos”.*
Daí, a máxima de
Jesus, em
Mateus, capítulo
16, versículo
27: “A cada um
será dado
segundo suas
obras”
(entendendo-se
por “obras” toda
a caridade moral
que se deve
praticar sem
condicionantes).
A máxima de
Jesus exprime o
princípio da Lei
do Mérito,
decorrência da
Lei de Causa e
Efeito, também
conhecida por
“carma”,
conforme os
antigos
filósofos da
Índia. E se eu
afirmar que a
pessoa pode até
conseguir uma
cura
instantânea?...
Pois bem. Seja
como for, sim,
tudo é possível
(“tudo posso
Naquele que me
fortalece”,
conforme
Epístola 1ª. de
Paulo aos
Filipenses, cap.
4º., vers. 13),
principalmente,
se nos
consagramos a
uma causa nobre
em benefício do
próximo, da
Humanidade. Bem
entendido: “tudo
posso”, mas
segundo lei do
mérito.
Em vista do
exposto, o êxito
das cirurgias
realizadas no
tecido etérico
perispiritual ou
diretamente no
tecido muscular
faz parte de uma
série de
pormenores. E
quem foi que
disse que não
podemos
servir-nos da
Medicina dos
Espíritos para
nos livrar de
uma doença?!
Todavia,
paciência.
Determinadas
moléstias
incuráveis, toda
deformidade
física, no
fundo, exprimem
um bem, se a
pessoa tiver de
sofrer-lhes os
efeitos.
Revolta,
pensamentos de
castigo ou de
paga de dívida,
ou de supor que
sofremos uma
injustiça e
outras ideias do
gênero, só
dilatam as
atribulações.
Logo,
consideremos a
dor que nos
infelicite o
dia-a-dia qual
escoadouro de
nossos defeitos
morais, como
algo que restaura
e equilibra os
sentimentos,
experiência
necessária que,
certamente,
trará como
resultado a
nossa perfeita
felicidade, ou
bem-aventurança.
Notas:
*
Francisco
Cândido Xavier,
Pão Nosso,
21. ed. Rio de
Janeiro,
Federação
Espírita
Brasileira,
2001. Tema 44,
p. 99.
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