Na
direção
do
zênite
evolutivo
Nosso
passado
é um
abismo
de
sombras,
um
universo
de
equívocos,
mas
temos, à
frente,
um
Universo
de Luz
“(...)
Reclamamos,
na
atualidade,
quem
ajude o
pensamento
do homem
na
direção
do
Alto.”
-
Ministro
Flácus
André
Luiz e
seus
colegas
aprendizes,
em
companhia
do
Instrutor
Gúbio,
acomodaram-se
no vasto
salão do
educandário,
interessados
na
palavra
fluente
e
primorosa
do
Ministro
Flácus,
que
fixava
em todos
o olhar
saturado
de doce
magnetismo,
convidando
a
atenciosa
plateia
a
preciosas
meditações...
Todos
ali
reunidos
naquele
recinto
eram
candidatos
ao
serviço
de
socorro
aos
irmãos
ignorantes,
atormentados
nas
sombras.
Segundo
o
Benfeitor
Espiritual
que
discursava
com
muita
lucidez,
“(...)
Grandes
políticos
e
veneráveis
condutores
nunca
se
ausentaram
do
mundo.
Passam
pela
multidão,
sacudindo-a
ou
arregimentando-a.
E'
forçoso
reconhecer,
porém,
que a
organização
humana,
por si
só, não
atende
às
exigências
do ser
imperecível:
Péricles,
o
estadista
que
legou
seu nome
a um
século,
realiza
edificante
trabalho
educativo,
junto
dos
gregos,
entretanto,
não lhes
atenua a
belicosidade
e os
pruridos
de
hegemonia,
sucumbindo
ao
assédio
de
aflitivo
desgosto;
Alexandre,
o
conquistador,
organiza
vastíssimo
império,
estabelecendo
uma
civilização
respeitável,
no
entanto,
não
impede
que os
seus
generais
prossigam
em
conflitos
sanguinolentos,
difundindo
o saque
e a
morte;
Augusto,
o
Divino,
unifica
o
Império
Romano
em
sólidos
alicerces,
concretizando
avançado
programa
político
em
benefício
de todos
os
povos,
mas não
consegue
banir de
Roma o
desvario
pela
dominação
a
qualquer
preço;
Constantino,
o
Grande,
advogado
dos
cristãos
indefesos,
oferece
novo
padrão
de vida
ao
Planeta,
contudo,
não
modifica
as
disposições
detestáveis
de
quantos
guerreavam
em nome
de Deus;
Napoleão,
o
ditador,
impõe
novos
métodos
de
progresso
material,
em toda
a Terra,
mas não
se
furta,
ele
próprio,
às
garras
da
tirania,
pela
simples
ganância
da
posse;
Pasteur,
o
cientista,
defende
a saúde
do corpo
humano,
devotando-se,
abnegado,
ao
combate
silencioso
contra a
selva
microbiana,
todavia,
não pode
evitar
que seus
contemporâneos
se
destruam
reciprocamente
em
disputas
incompreensíveis
e
cruéis.
Permanecemos
diante
de um
mundo
civilizado
na
superfície,
que
reclama
não só a
presença
daqueles
que
ensinam
o bem,
mas
principalmente
daqueles
que o
praticam.
Sobre os
mananciais
da
cultura,
nos
vales da
Terra, é
imprescindível
que
desçam
as
torrentes
da
compaixão
do Céu,
através
dos
montes
do amor
e da
renúncia.
Cristo
não
brilha
apenas
pelo
ensino
sublimado.
Resplandece
na
demonstração.
Em
companhia
d'Ele, é
indispensável
mantenhamos
a
coragem
de
amparar
e
salvar,
descendo
aos
recessos
do
abismo.
(...)
Guindados
a
singelas
culminâncias
da
inteligência,
somos
micróbios
que
sonham
com o
crescimento
próprio
para a
eternidade.
(...)
Nos
campos
da
Crosta
Planetária,
queda-se
a
inteligência,
qual se
fora
anestesiada
por
perigosos
narcóticos
da
ilusão;
no
entanto,
auxiliá-la-emos
a sentir
e
reconhecer
que o
Espírito
permanece
vibrando
em todos
os
ângulos
da
existência.
Cada
espécie
de
seres,
do
cristal
até o
homem, e
do homem
até o
anjo,
abrange
inumeráveis
famílias
de
criaturas,
operando
em
determinada
frequência
do
Universo.
E o
Amor
Divino
alcança-nos
a todos,
à
maneira
do Sol
que
abraça
os
sábios e
os
vermes.
Todavia,
quem
avança
demora-se
em
ligação
com quem
se
localiza
na
esfera
próxima:
O
domínio
vegetal
vale-se
do
império
mineral
para
sustentar-se
e
evolutir;
os
animais
aproveitam
os
vegetais
na obra
de
aprimoramento;
os
homens
se
socorrem
de uns e
outros
para
crescerem
mentalmente
e
prosseguir
adiante...
Atritam
os
reinos
da vida,
conhecidos
na
Terra,
entre
si.
Torturam-se
e
entredevoram-se,
através
de
rudes
experiências,
a fim de
que os
valores
espirituais
se
desenvolvam
e
resplandeçam,
refletindo
a
divina
luz...
(...)
Também
no Mundo
Espiritual
se
agitam
milhões
de
Espíritos
imperfeitos
que
partilham,
com as
criaturas
terrenas,
as
condições
de
habitabilidade
da
Crosta
do
Mundo.
Seres
humanos,
situados
noutra
faixa
vibratória,
apoiam-se
na mente
encarnada,
através
de
falanges
incontáveis,
tão
semiconscientes
na
responsabilidade
e tão
incompletas
na
virtude,
quanto
os
próprios
homens.
(...)
Mentes
cristalizadas
na
rebeldia
tentam
solapar,
em vão,
a
Sabedoria
Eterna,
criando
quistos
de vida
inferior,
na
organização
terrestre,
entrincheiradas
nas
paixões
escuras
que lhes
vergastam
as
consciências.
Conhecem
inumeráveis
recursos
de
perturbar
e ferir,
obscurecer
e
aniquilar.
Escravizam
o
serviço
benéfico
da
reencarnação
em
grandes
setores
expiatórios
e
dispõem
de
agentes
da
discórdia
contra
todas as
manifestações
dos
sublimes
propósitos
que o
Senhor
nos
traçou
às
ações...
Os
homens
terrenos
que,
semilibertos
do
corpo,
lhes
conseguiram
identificar,
de algum
modo, a
existência,
recuaram,
tímidos
e
espavoridos,
espalhando
entre os
contemporâneos
as
noções
de um
inferno
punitivo
e
infindável,
encravado
em
tenebrosas
regiões
além da
morte.
A mente
infantil
da
Terra,
embalada
pela
ternura
paternal
da
Providência,
através
da
teologia
comum,
nunca
pôde
apreender,
mais
intensivamente,
a
realidade
espiritual
que nos
governa
os
destinos.
Raros
compreendem
na morte
simples
modificação
de
envoltório,
e
escasso
número
de
pessoas,
ainda
mesmo em
se
tratando
dos
religiosos
mais
avançados,
guardaram
a
prudência
de
viver,
no vaso
físico,
de
conformidade
com os
princípios
superiores
que
esposaram.
Somos
defrontados,
agora,
pela
necessidade
da
proclamação
de
verdades
velhas
para os
velhos
ouvidos
e novas
para os
ouvidos
novos da
inteligência
juvenil
situada
no
mundo.
(...)
Entendendo
a nossa
condição
de
trabalhadores
incompletos,
detentores
de
velhas
dificuldades
e
terríveis
inibições,
na ordem
do
aprimoramento
iluminativo,
cabe-nos
preparar
recursos
de
auxílio,
reconhecendo
que a
obra
redentora
é
trabalho
educativo
por
excelência.
O
sacrifício
do
Mestre
representou
o
fermento
divino,
levedando
toda a
massa.
E' por
isto que
Jesus,
acima de
tudo, é
o Doador
da
Sublimação
para a
vida
imperecível.
Absteve-Se
de
manejar
as
paixões
da
turba,
visto
reconhecer
que a
verdadeira
obra
salvacionista
permanece
radicada
ao
coração,
e
distanciou-Se
dos
decretos
políticos,
não
obstante
reverenciá-los
com
inequívoco
respeito
à
autoridade
constituída,
por não
ignorar
que o
serviço
do Reino
Celeste
não
depende
de
compromissos
exteriores,
mas do
individualismo
afeiçoado
à boa
vontade
e ao
espírito
de
renúncia
em
benefício
dos
semelhantes...
Sem
nosso
esforço
pessoal
no bem,
a obra
regenerativa
será
adiada
indefinidamente,
compreendendo-se
por
precioso
e
indispensável
nosso
concurso
fraterno
para que
irmãos
nossos,
provisoriamente
impermeáveis
no mal,
se
convertam
aos
Desígnios
Divinos,
aprendendo
a
utilizar
os
poderes
da luz
potencial
de que
são
detentores.
Somente
o amor
sentido,
crido e
vivido
por nós
provocará
a
eclosão
dos
raios de
amor em
nossos
semelhantes.
Sem
polarizar
as
energias
da alma
na
direção
divina,
ajustando-lhes
o
magnetismo
ao
Centro
do
Universo,
todo
programa
de
redenção
é um
conjunto
de
palavras,
pecando
pela
improbabilidade
flagrante”.
Após
ouvirem
–
extasiados
– a fala
do
Ministro
Flácus,
enquanto
voltavam
para
suas
bases, o
Instrutor
Gúbio
complementou
de forma
não
menos
brilhante:
“(...) A
alma
caída em
vibrações
desarmônicas,
pelo
abuso da
liberdade
que lhe
foi
confiada,
precisa
tecer os
fios do
reajustamento
próprio
e
milhões
de
irmãos
nossos
se
recusam
a
semelhante
esforço,
ociosos
e
impenitentes,
alongando
o
labirinto
em que
muitas
vezes se
perdem
por
séculos.
Inabilitados
para a
jornada
imediata,
rumo ao
Céu, em
virtude
das
paixões
devastadoras
que os
magnetizam,
arrebanham-se
de
conformidade
com as
tendências
inferiores
em que
se
afinam,
ao redor
da
Crosta
Terrestre,
de cujas
emanações
e vidas
inferiores
ainda se
nutrem,
qual
ocorre
aos
próprios
homens
encarnados.
O
objetivo
essencial
de tais
exércitos
sombrios
é a
conservação
do
primitivismo
mental
da
criatura
humana,
a fim de
que o
Planeta
permaneça,
tanto
quanto
possível,
sob seu
jugo
tirânico.
(...)
Argumentos
teológicos
de
milênios
obstruem
os
canais
da
inteligência
humana,
quanto
às
realidades
divinas.
Mas a
criatura
prosseguirá
na
tarefa
de
autodescobrimento”.
Os
Benfeitores
Amigos
nos
estimulam
ao
trabalho
incessante
no Bem
com
Jesus, à
busca
constante
do
aperfeiçoamento,
à
escolha
dos
“tesouros
dos
Céus”,
a
caminhar
–
felizes
– na
certeza
de
encontrar
mais à
frente
uma
festa de
luz onde
está
servido
o
banquete
divino
que está
preparado
para
todos
que
lograrem
atravessar
“a
porta
estreita”
da
renúncia,
da
abnegação,
do amor
incondicional,
da
piedade,
do
perdão,
da
mansuetude...
Se se
encontra
atrás de
nós um
abismo
de
sombras
e um
universo
de
equívocos,
temos à
frente,
um
Universo
de Luz.
Portanto,
cuidemos
para que
não
sejam
trevas
as luzes
que
começam
a
bruxulear
ainda
débeis
na
intimidade
d`alma e
sigamos
–
impertérritos
e
confiantes
– no
rumo da
Luz em
ascese
libertadora,
abrindo
veredas
luminosas
aos que
nos
seguirem
empós.