ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Pretensões
isoladas
Submeto ao
leitor o belo
trecho constante
da Introdução de
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
em seu item II –
Autoridade da
Doutrina
Espírita:
“(...) Por
grande, bela e
justa que seja
uma ideia, é
impossível que
ela reúna, desde
o princípio,
todas as
opiniões. Os
conflitos que
dela resultam
são a
consequência
inevitável do
movimento que se
opera; são mesmo
necessários para
melhor fazer
ressaltar a
verdade, e é
útil que eles
ocorram no
princípio para
que as ideias
falsas sejam
mais prontamente
desgastadas. Os
espíritas que
nisso
concebessem
alguns temores
devem estar,
pois,
tranquilizados.
Todas as
pretensões
isoladas cairão,
pela força das
coisas, diante
do grande e
poderoso
critério do
controle
universal
(...)”.
Peço ao leitor
pensar
seriamente na
expressão que
uso como título
na presente
matéria:
Pretensões
isoladas.
Note que é uma
expressão bem
indicada para o
raciocínio
aplicado no
texto acima
transcrito. No
citado texto, em
fonte já
indicada, está o
raciocínio
lúcido de Allan
Kardec sobre o
Controle
Universal do
Ensinamento dos
Espíritos,
critério seguro
para prevenir-se
de informações
falsas vindas
por médiuns e
Espíritos.
Aliás, será
muito oportuno
que o leitor
busque novamente
a obra para
reler a
Introdução do
citado livro.
O hábito de
“pular” a
introdução dos
livros faz o
leitor perder
muitas pérolas
instrutivas. A
Introdução,
Prefácio ou
Apresentação de
um livro são
valiosos
recursos de
compreensão e
não devem ser
desprezados ou
ignorados.
É o que ocorre,
por exemplo, com
o que está
contido na
Introdução de O
Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Nos subtítulos
apresentados por
Kardec, como
Objetivo da Obra,
Autoridade da
Doutrina
Espírita,
Notícias
Históricas e
Sócrates e
Platão,
apresentados
como precursores
da ideia cristã
e do
Espiritismo, o
leitor atento
encontra farto
material para
estudos e
reflexões,
facilitando,
como não poderia
deixar de ser, o
entendimento da
obra em seu
conjunto e mesmo
os fundamentos
do Espiritismo.
Ler o pensamento
de Sócrates e
Platão, por
exemplo, no
resumo
selecionado por
Kardec, traz ao
leitor exata
compreensão da
conexão entre os
ensinos trazidos
à humanidade em
diferentes
épocas, antes e
depois de Jesus,
demonstrando com
clareza a Lei de
Amor que nos
envolve a todos.
Todavia, desejo
deter-me num
ponto da
Introdução.
No
extraordinário
item II –
Autoridade da
Doutrina
Espírita,
que aborda a
séria e muito
útil questão do
Controle
Universal do
Ensinamento dos
Espíritos,
indicando
critério na
análise e
recepção de tudo
o que vem dos
Espíritos, vamos
encontrar farto
material para
orientar nossas
reflexões na
aceitação ou
rejeição das
informações
advindas do
plano
espiritual.
Tratando-se de
documento
importantíssimo,
norteador da
prática
espírita, é
texto de estudo
e consulta
permanente,
autêntico
roteiro que
garante
estabilidade na
prática
espírita.
Lendo o texto
transcrito e
meditando na
gravidade do
documento
integral de
Kardec colocado
na Introdução da
já citada obra,
vemos quantos
prejuízos não
são advindos da
invigilância e
mesmo
desconhecimento
da sábia
recomendação do
Codificador.
Não há, pois,
razões, para
suspeitas,
medos, polêmicas
e divisões
internas no
movimento. Basta
ler e reler com
atenção o que
ali está
exposto. Diante
de tolas
vaidades e as
chamadas
pretensões
isoladas que
tentam impor
ideias, o
silêncio e a
continuidade das
tarefas e
objetivos da
Doutrina
Espírita é o
melhor caminho.
Parece-nos
importante ler a
introdução da
citada obra,
outra vez.
Nota do
Autor:
Utilizamos na
transcrição a
365ª edição do
IDE, tradução de
Salvador
Gentille.