JANE MARTINS
VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR
(Brasil)
Comportamento
revelador
Quanto mais
observamos a
vida, suas
dificuldades e o
que acontece
conosco nos dias
presentes, mais
compenetrados
ficamos e ainda
mais agradecidos
a Deus e a Jesus
por nos ter
permitido
encontrar nesta
encarnação a
Doutrina
Espírita.
Cremos que este
deve ser o
sentimento de
todo espírita
sincero:
profunda
gratidão a Deus
por esse
conhecimento,
lembrando que o
Espírito de
Verdade nos
orienta:
“Espíritas,
amai-vos, este o
primeiro
ensinamento;
instruí-vos, eis
o segundo”.
O amor deve
estar sempre em
primeiro lugar.
Amor nas
atitudes, no
comportamento,
nos
relacionamentos
sociais, amor
que vai
adentrando a
criatura e
felicitando-a
quanto mais
vivenciado ele
seja.
Instrução, que
asserena e
favorece a
resignação,
mesmo nas horas
mais difíceis.
Para o
observador
atento, muitas
vezes no caminho
aparecem fatos
que nos levam a
pensar no
conhecimento
espírita.
Um desses fatos
ocorreu estes
dias. Uma
senhora que
estava
acompanhando uma
criança, uma
menina de cerca
de um ano e oito
meses. Uma
menina saudável,
aparentemente
sem problemas,
risonha. A avó
que a
acompanhava, no
meio da conversa
nos disse que
ninguém podia
descuidar um
instante da
menina. Não se
podia deixar
nenhuma corda no
chão, nenhum
cordão, nenhum
fio; tinham que
ficar atentos a
isso o tempo
todo. “Se ela
pegar qualquer
uma dessas
coisas, ela
enrola no
pescoço e vai
apertando, um
perigo!”
Perguntamos à
avó se ela,
mesmo novinha,
já havia
presenciado
alguma cena como
essa na
televisão, e ela
assegurou que
nunca. “Ninguém
entende”, disse
a avó. “Não
podemos
facilitar. Ela
dá duas, três
voltas, ou até a
corda acabar e
puxa, aperta,
tem que ser
vigiada...”
Graças ao
conhecimento da
reencarnação,
nós ficamos
pensando... O
que teria
acontecido no
passado? Aquele
Espírito poderia
ter vivenciado
isso antes? Ou
ter visto
enforcamentos,
ou ter sido
responsável por
isso ou ter
passado por
isso?
Somente a
reencarnação
pode explicar
essa atitude.
Alguma lembrança
que traz
consigo, algo
que o tempo
apagará ou
revelará mais
tarde pelas
possíveis provas
que lhe surgirão
no caminho...
Se observássemos
mais as crianças
de modo sereno,
sem induzi-las a
nada, mas
prestando
atenção em suas
atitudes
espontâneas,
veríamos sinais
frequentes que
nos fariam
cogitar de
existências
passadas. O
comportamento
que trazem
dão-nos grande
ideia do que
vivenciaram, do
que aprenderam.
Lembramos Santo
Agostinho que,
no capítulo XIV
de “O Evangelho
segundo o
Espiritismo”,
ensina: “Desde o
berço, a criança
manifesta os
instintos bons
ou maus que traz
de sua
existência
anterior; é a
estudá-los que é
preciso se
aplicar; todos
os males têm seu
princípio no
egoísmo e no
orgulho;
espreitai, pois,
os menores
sinais que
revelem os
germes desses
vícios, e
empenhai-vos em
combatê-los, sem
esperar que
lancem raízes
profundas...”
Temos observado
muitas crianças,
vemos suas
dificuldades, o
Espírito imortal
que está
reencarnado
precisando de
auxílio, de
educação, de
limites, de
muito amor.
Pelo
comportamento se
nos revela o
tipo de Espírito
que está à nossa
frente.
Cuidemos, pois,
de amar muito,
de nos
auto-educarmos e
de ajudar
aqueles que
renascem.
Nada de ficar
pensando que os
que estão
nascendo são
muito evoluídos,
vieram para
ensinar...
Estamos em
momentos
difíceis do
planeta...
Observemos.
Usemos a
instrução.
Aqueles que
vieram para
ensinar
sobressaem na
humildade, no
amor, na
bondade. Revelam
esses traços.
Observemos desde
o berço, como
diz Santo
Agostinho, e
teremos uma
ideia. Aqueles
que são dóceis,
brandos,
pacíficos e
amorosos, se
revelam desde
bebê... Mas,
neste mundo, com
exceção dos
missionários do
amor, ainda
temos
imperfeições a
vencer. Aquele
que já aprendeu
a amar, a
dividir,
mostrará isso
desde a
infância. Será
alguém calmo,
não vive
agitado, dorme
serenamente.
Quando começa a
conseguir
realizar os
movimentos, já
levanta os
bracinhos e
acaricia o rosto
da mãe, do pai,
dos que estão à
sua volta. Um
pouco maior e já
abraça, beija,
não tem
comportamentos
agressivos.
Maiorzinho, já
divide os
brinquedos, é
calmo na escola,
porque já
aprendeu isso
antes. Compete
aos pais
estimular isso,
observar
defeitos que
possam surgir e
ir
corrigindo-os.
O Espírito mais
agressivo também
se mostra desde
cedo. Ao ser
contrariado,
bate no rosto da
mãe, dá
mordidas, mostra
a expressão de
raiva, dá muito
trabalho, e
muitas vezes
mostra sua
ansiedade e sua
inquietação,
vive em grande
agitação,
falta-lhe
serenidade.
Observemos,
analisemos,
meditemos.
Espíritos em
grandes
dificuldades
estão
reencarnando
sempre, assim
como também
Espíritos
amorosos ou
trabalhadores do
Cristo que
descem à Terra,
a fim de
auxiliar. Seu
comportamento os
revela.
Essa criança que
a avó nos
trouxe,
aparentemente é
alegre, mas sua
atitude mostra
uma história de
dor.