JORGE HESSEN
jorgehessen@gmail.com
Brasília, DF
(Brasil)
As matrizes
das enfermidades
encerram suas
genealogias no
arcabouço
psicossomático
Bethany Jordan,
uma adolescente
da cidade
inglesa de
Stourbridge,
sofre da
Síndrome de
Ivemark,
caracterizada,
também, por
problemas
cardiovasculares,
que é uma
síndrome
patológica de
etiologia
desconhecida.
(1) Jordan
nasceu com
alguns de seus
órgãos
invertidos. O
fígado, o
intestino e o
baço estavam
posicionados de
trás para
frente. O
fenômeno foi
descoberto em
exames de
ultrassom
enquanto ela
ainda estava no
útero de Lisa,
sua mãe. Na
época, os
médicos disseram
que Jordan teria
poucas chances
de sobreviver ao
parto. A garota
Bethany, além de
ter os órgãos
mal
posicionados,
também nasceu
com outros
problemas de
saúde, como os
dois pulmões que
convergiam em um
formato, apenas,
do pulmão
esquerdo, e um
buraco no
coração. Porém,
os pesquisadores
se surpreenderam
ao constatar que
a menina
sobrevivera até
completar seis
anos de idade.
O fato nos leva
a cogitações
sobre o
perispírito, a
Lei da Causa e
Efeito,
reencarnação,
suicídio, entre
outros assuntos
que a Doutrina
Espírita nos
apresenta. Antes
de renascermos,
examinando
nossas próprias
necessidades de
aperfeiçoamento
moral, muitas
vezes, exoramos
a limitação
psicomotora na
nova experiência
física, para que
essa condição
nos induza à
ascensão de
sentimentos.
Solicitamos aos
Benfeitores a
enfermidade de
longa duração,
capaz de nos
educar os
impulsos; esse
ou aquele dano
físico que nos
exercite a
disciplina;
decidida
mutilação que
nos bloqueie o
arrastamento à
agressividade
exagerada; o
complexo
psicológico que
nos remova as
ideias etc. É a
lógica de
justiça da
Reencarnação, o
que nos remete a
analisar as
patologias
congênitas pelo
Princípio de
Causa e Efeito.
Em verdade, já
vivemos, aqui na
Terra, inúmeras
vezes e
trouxemos
armazenados os
registros de
nossas
aquisições
antecedentes e
desvarios, quais
suportes
energéticos em
núcleos de
potenciação, e,
na união do
perispírito ao
óvulo,
espelharam,
nessa célula
feminina de
reprodução, o
nível do nosso
processo
evolutivo.
Nossa posição
moral é que
originará os
renascimentos
com
anormalidades
congênitas ou
não. A partir da
fecundação do
óvulo, sob o
comando da lei,
o Espírito
reencarnante
transmite,
através da ação
do perispírito,
a integração da
sua própria
herança
espiritual com o
espólio genético
dos genitores. A
formação do
respectivo DNA
individualizado
– composto de
genes dominantes
e recessivos –
conduzido pelas
sagradas Leis da
Hereditariedade,
provindas do
Criador,
configurará o
novo corpo
físico daquele
particular
Espírito
imortal, que
"renascerá"
conforme o
programa,
previamente
estabelecido e
subordinado,
inicialmente e
voluntariamente,
a fatores como
família, raça,
etnia,
nacionalidade,
predisposições
para
determinados
estados de saúde
ou doença –
física ou
espiritual – e
inúmeras outras
especificidades
individuais.
O mestre Chico
Xavier opinou
certa vez:
"sobre as
reencarnações
mais difíceis,
lembrando que,
muitas vezes,
encontramos
determinados
casos de
suicídio, e, às
vezes, suicídio
acompanhado de
homicídio,
obrigando o
autor a um
angustiante
complexo de
culpa levado
para além desta
vida e, depois,
esse trauma de
culpa renascendo
com ele, através
da
reencarnação".
(2) O médium de
Pedro Leopoldo
explica o
seguinte:
"Muitas vezes,
temos encontrado
irmãos nossos
suicidas que
dispararam um
tiro contra o
coração e que
voltam com a
cardiopatia
congênita ou com
determinados
fenômenos que a
medicina
classifica
dentro da
chamada
Tetralogia de
Fallow; nós
vemos
companheiros que
quiseram morrer
pelo
enforcamento e
que voltam com a
Paraplegia
Infantil; nós
vemos muitos
daqueles que
preferiram o
veneno e que
voltam com más
formações
congênitas;
outras pessoas
que violentaram
o próprio ventre
e que voltam,
também, com as
mesmas
tendências e
que, às vezes,
acabam
desencarnando
com o chamado
enfarto
mesentérico. Nós
vemos, por
exemplo, aqueles
que preferiram
morrer pelo
afogamento, num
ato de rebeldia
contra as leis
de Deus e que
voltam com o
chamado enfisema
pulmonar. Vemos,
ainda, aqueles
que dispararam
tiros contra o
próprio crânio e
voltam com
fenômenos
dolorosos, como,
por exemplo, a
idiotia, quando
o projétil
alcança a
hipófise; todas
essas
consequências,
porque estamos
em nosso corpo
físico, mas
subordinados ao
nosso corpo
espiritual.
Então,
principalmente
os fenômenos
decorrentes do
suicídio, por
tiro no crânio,
são muito
dolorosos,
porque vemos a
surdez, a
cegueira, a
mudez, e vemos
esse sofrimento
em crianças
também, o que
nos afigura
incompatíveis
com a
misericórdia de
Deus, porque nós
sabemos que Deus
não quer a dor".
(3)
Os
pesquisadores,
que reduzem os
fenômenos da
vida ao
exclusivo
universo da
matéria densa,
insistem em
explicar a vida
como uma
complexa reação
química, e nada
mais do que
isso, prestes a
penetrar nos
seus profundos
mistérios e
propiciar a sua
criação pela mão
do homem, assim
como, até hoje,
creem ser o
pensamento mera
excreção do
cérebro e que
todas as funções
psíquicas morrem
com o corpo
físico. Os
fenômenos vitais
não podem ser
atribuídos à
exclusiva ação
mecânica da
hereditariedade
genética, no
comando da
montagem dos
três bilhões de
nucleotídeos que
constituem os
degraus do DNA
humano.
Infelizmente,
"não há ainda
lugar para o
espírito na
ciência
pesquisacional
acadêmica,
empírico-indutiva,
a qual, por
isso, continua
tomando como
causa o que é
efeito, fazendo
das leis da
hereditariedade
genética as
únicas presentes
ao ato da vida,
juízas
exclusivas e
inconscientes do
futuro
patrimônio
apolíneo e
saudável, ou
disforme e
enfermiço do ser
humano, apenas
concedendo
algumas
influências aos
efeitos
ambientais e ao
psicossomatismo,
ainda que
cerebral,
calcadas nas
predisposições
genéticas". (4)
As matrizes das
moléstias têm
suas raízes na
estrutura do
psicossoma.
Ainda que esteja
aparentemente
saudável, uma
pessoa pode
trazer, nos seus
Centros Vitais
(chacras para os
hindus),
disfunções
latentes
adquiridas nesta
ou em outras
vidas, que, mais
cedo ou mais
tarde, virão à
tona no corpo
físico, sob a
forma de doenças
mais ou menos
graves, conforme
a extensão da
lesão e a
posição mental
do devedor.
Somos herdeiros
de nossas ações
pretéritas,
tanto boas
quanto más. O
"Carma" (5) ou
"conta do
destino criada
por nós mesmos"
está impresso no
corpo
psicossomático.
(6) Esses
registros fluem
para o corpo
físico e
culminam por
determinar o
equilíbrio ou o
desequilíbrio
dos campos
vitais e
físicos. "Só o
reconhecimento –
que um dia
chegará – da
primazia do
espírito sobre a
matéria,
associada essa
primazia ao
princípio
reencarnacionista,
isto é, a
integração da
herança
espiritual à
hereditariedade
genética,
comandada pelo
Espírito, via
perispírito,
regida pela Lei
de Causa e
Efeito, é que
permitirá que se
identifiquem, no
Espírito
imortal, as
causas
verdadeiras dos
desequilíbrios
que eclodem no
corpo físico,
mata-borrão e
fio-terra que
ele é, sob o
nome de doenças,
incluindo-se os
distúrbios da
psique humana."
(7)
Quando forem
descobertas
tecnologias
muito mais
sofisticadas,
que nos
possibilitem um
exame
aprofundado da
estrutura
funcional do
perispírito, a
medicina
transformar-se-á,
radicalmente. Os
hospitais,
possuindo
instrumentos de
altíssima
resolução, muito
além daqueles
que existem
hoje, os
diagnósticos
serão,
inequivocamente,
precisos, o que
possibilitará a
cura real das
doenças. Os
profissionais da
saúde
trabalharão
muito mais de
forma
preventiva,
evitando, assim,
por exemplo, as
intervenções
cirúrgicas
alargadas,
invasivas,
realizadas,
abusivamente,
nos dias de
hoje. Os médicos
terão
oportunidade de
conhecer, com
detalhes, a
estrutura
transdimensional
do corpo
perispiritual,
compreendendo
melhor o modo
como se imbricam
as complexas
estruturas do
psicossoma, nas
chamadas
sinergias, para
melhor auxiliar
na terapia e
manutenção da
saúde
mento-física-espiritual
de seus
pacientes.
Referências
bibliográficas:
(1) A Síndrome
de Ivemark
consiste de más
formações de
diferentes
órgãos, e a
expectativa de
vida depende de
como cada órgão,
principalmente o
coração, é
afetado.
(2) Xavier,
Francisco
Cândido. Pinga
Fogo, São Paulo:
Ed. Edicel,
1975.
(3) idem.
(4) Artigo de
Raphael Rios,
intitulado Lei
de Causa e
Efeito,
determina os
Efeitos da
Hereditariedade
usando os
Registros do
Perispírito,
publicado na
Revista
Internacional de
Espiritismo –
dez/2000.
(5) Carma, ou
Karma (do
sânscrito karman,
em pali, kamma),
significa ação.
O termo tem um
uso religioso
dentro das
doutrinas
budista,
hinduísta e
jainista. Foi
posteriormente
utilizada também
pela teosofia,
pelo Espiritismo
e por um
subgrupo
significativo do
movimento New
Age.
(6) Sugerimos
leitura do livro
Ação e Reação,
ditado pelo
Espírito André
Luiz, todo ele
dedicado ao
estudo do
compromisso
cármico das
vidas
sucessivas.
(7) Artigo de
Raphael Rios,
intitulado Lei
de Causa e
Efeito,
determina os
Efeitos da
Hereditariedade
usando os
Registros do
Perispírito,
publicado na
Revista
Internacional de
Espiritismo –
dez/2000.