Espalham-se, por todo o
Brasil, casas espíritas que
receberam o nome do apelido
carinhoso de Irma de Castro
Rocha, “Meimei”. Essa
palavra foi tirada de um
conto chamado “Um Momento em
Pequim”, de um autor
americano, que o casal
adotou. Após a leitura dessa
obra, passaram a se tratar
dessa forma: “Meu Meimei”,
“Minha Meimei”.
Embora acostumados com o
nome, muita gente ainda
desconhece a história que
vai por trás do nome.
Irma de Castro, então
senhora Arnaldo Rocha,
desencarnou aos 24 anos de
idade, por complicações
generalizadas devidas a uma
nefrite crônica.
Seus momentos finais foram
muito dolorosos, que,
segundo seu marido, ela
soube viver com muita
resignação, humildade e
paciência. Passados poucos
dias, menos de um mês,
Arnaldo, profundamente
abatido, descia a Av. Santos
Dumont, em Belo Horizonte,
quando subitamente esbarra
em Chico Xavier, a quem o
haviam apresentado uns dez
anos antes, muito
rapidamente, quando ainda
contava com uns 12 anos.
O que aconteceu ali, naquele
momento, mudou completamente
sua vida. E é ele mesmo quem
narra o ocorrido:
– Chico olhou-me e disse:
“Ora gente, é o nosso
Arnaldo, está triste, magro,
cheio de saudades da querida
Meimei”... Afagando-me, com
a ternura que lhe é própria,
foi-me dizendo: “Deixe-me
ver, meu filho, o retrato de
nossa Meimei que você guarda
na carteira”.
E, desta, forma, após olhar
a foto que Arnaldo lhe
apresentara, Chico lhe
disse: “Nossa querida
princesa Meimei quer muito
lhe falar!”.
E, assim, a partir do
próximo encontro, Chico
passaria a ser o
intermediário de belíssimas
missivas de amor e de
imortalidade, unindo os dois
planos mais uma vez, como
sempre soube bem fazer.
(Esta história de Meimei
pode ser encontrada no livro
de Wallace Leal Rodrigues,
“Meimei, Vida e Mensagem”,
editado pela Editora O
Clarim e em “Um Minuto com
Chico Xavier”, editado pela
Didier, de Votuporanga.)