ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil) |
A
Personalidade Humana
Fredrich
Myers
(Parte 3)
Damos
sequência ao estudo
metódico e sequencial do
livro A Personalidade
Humana, de Fredrich
W. H. Myers, cujo título
no original inglês é Human
Personality and
Its Survival of Bodily
Death.
Questões preliminares
A. Qual o sentido da
palavra subliminar
para o autor desta obra?
A palavra subliminar,
que significa o que está
sob o limiar, já foi
empregada para designar
as sensações
demasiadamente débeis
para serem diferenciadas
individualmente. Myers
propõe estender o
sentido desse termo, de
modo a empregá-lo para
designar tudo o que se
encontra sob o limiar
comum ou, se convier,
fora do limite comum da
consciência. Não só
esses estímulos débeis,
que a própria debilidade
obriga a ficarem
submersos, por assim
dizer, mas também muitas
outras coisas
semelhantes que a
Psicologia atual apenas
percebe. (A Personalidade Humana. Capítulo I, Introdução.)
B. Os termos consciência
subliminar e consciência
supraliminar significam
que existem na criatura
humana dois eus
correlatos ou paralelos?
Não. Empregando esses
termos, Myers não
pretendeu absolutamente
afirmar tal coisa. Por
eu subliminar ele
quer dar a entender a
parte do eu que
permanece ordinariamente
subliminar, enquanto a
consciência supraliminar
compreenderia os atos da
vida de relação.
(Obra citada. Capítulo
I, Introdução.)
C. Para Myers, o
conceito de telepatia
deve ficar restrito aos
Espíritos encarnados?
Não. Segundo ele, nesta
obra serão apresentadas
provas de comunicações
diretas entre os
Espíritos encarnados de
um lado e os Espíritos
desencarnados de outro.
(Obra citada. Capítulo I, Introdução.)
Texto para leitura
45. As críticas que se
formularam até aqui ao
meu conceito não me
parecem bastante
decisivas para
inspirar-me a menor
dúvida quanto ao seu
fundamento.
“Normalmente, ao menos –
disse um crítico
resumindo em poucas
palavras a opinião
corrente –, toda a
consciência que temos
num dado momento
corresponde à atividade
que se realiza no
cérebro no mesmo
momento. Existe um
estado de consciência
unitário que acompanha
todas as excitações
cerebrais simultâneas e
cada porção do processo
cerebral contribui para
a constituição desse
estado. Nenhum dos
processos cerebrais é
capaz de separar-se do
resto e ter a sua
própria consciência.”
46. Esse é, sem dúvida,
o dado aparente da
consciência, mas nada
mais. Já demonstramos
que as noções da
consciência necessitam
de maiores correções do
que pode parecer ao
observador superficial.
E não temos, sem dúvida,
o direito de considerar
como conteúdo da
consciência o que nela
não encontramos, ou de
admitir, por exemplo,
que se pode provar que
uma consciência separada
do organismo não existe,
pela simples razão de
que não sabemos nada a
seu respeito. Mas, à
medida que reveste uma
expressão mais
científica, esse
conceito da consciência
unitária tende a se
tornar mais natural.
Repousa sobre a
concepção principal do
homem, de que é uno. A
Psicologia experimental
tende a debilitar e
desmembrar essa
concepção, ao admitir a
coexistência de graus de
consciência localizados
no cérebro e que não
são, em caso algum,
redutíveis a um estado
único. Aqueles mesmos
que pretenderiam
permanecer neste lado da
posição que ocupo
experimentam a
necessidade de recorrer
a metáforas para
expressar as diferentes
correntes de percepções
que sentimos coexistir
em nós. Falam de margens
da consciência comum, de
associações marginais,
de percepção ocasional
de correntes de
intensidade débil.
47. Todas essas
metáforas podem ter sua
utilidade num domínio em
que a metáfora constitua
nosso único meio de
expressão, mas nenhuma
delas consegue abranger
os fatos colhidos até
hoje. E, por outro lado,
existe uma quantidade
enorme de frases que
colocam as questões da
alma e do corpo, do
Espírito do homem e dos
Espíritos exteriores em
termos que nada têm de
científicos.
Necessitamos de uma
fórmula de aplicação
mais vasta e que repouse
o menos possível sobre
suposições, e isso não é
tão difícil de
encontrar.
48. A ideia de limiar (Schwelle)
da consciência, de um
nível que um pensamento
ou uma sensação devem
ultrapassar para entrar
na vida consciente, é
tão simples quanto
familiar. A palavra
subliminar, que
significa o que está sob
o limiar, já foi
empregada para designar
as sensações
demasiadamente débeis
para serem diferenciadas
individualmente.
Proponho estender o
sentido desse termo, de
modo a ser empregado
para designar tudo o que
se encontra sob o limiar
comum ou, se convier,
fora do limite comum da
consciência. Não só
esses estímulos débeis,
que a própria debilidade
obriga a ficarem
submersos, por assim
dizer, mas também muitas
outras coisas
semelhantes que a
Psicologia atual apenas
percebe. Sensações,
pensamentos, emoções que
podem ser fortes,
definidas e
independentes, mas que,
em virtude da
constituição mesma do
nosso ser, emergem
raramente nessa corrente
supraliminar de nossa
consciência, que
identificamos a nós
mesmos. Como reconheço
(e tratarei de
justificar minha opinião
durante o desenvolver
desta obra) que essas
emoções e pensamentos
submersos possuem as
mesmas características
das que associamos com a
vida consciente,
acredito-me autorizado a
falar de consciência
subliminar ou
ultramarginal que, como
veremos, manifesta-se,
por exemplo, por meio de
frases escritas ou
faladas tão complexas e
tão coerentes que se
diriam ditadas pela
consciência supraliminar.
49. Empregando esses
termos, não pretendo
absolutamente afirmar
que existe sempre em nós
dois eus correlatos ou
paralelos. Designaria
melhor por eu subliminar
a parte do eu que
permanece ordinariamente
subliminar, e admito que
possa existir não só
cooperação entre essas
duas correntes de
pensamentos quase
independentes, mas
também mudanças de nível
e variações da
personalidade, de tal
forma que o que está sob
a superfície pode chegar
à superfície e manter-se
ali de maneira mais ou
menos provisória ou
permanente. E considero,
por fim, que todo eu do
qual possamos ter
consciência nada mais é
que fragmento do eu mais
vasto que de cada vez se
revela, modificado e
limitado por um
organismo que não
permite a sua
manifestação plena e
completa.
50. Mas essa hipótese se
encontra evidentemente
exposta a duas objeções
que até certo ponto se
neutralizam. De um lado
foi atacada, como já
dissemos, por ignorar
abusivamente os fatos
sobre os quais pretende
apoiar-se, por atribuir
aos momentos
transitórios da
inteligência
inconsciente uma
continuidade e uma
independência maiores
das que na realidade
possuem. Essas ondas que
se produzem na
superfície podem ser
explicadas – argumentam
– sem que nos vejamos
obrigados a admitir a
existência de fontes e
correntes nas camadas
profundas da
personalidade. Mas
encontraremos em seguida
um grupo de fenômenos
que nos mostrará esses
afloramentos
subliminares, os
impulsos e as
comunicações que chegam
das camadas profundas da
personalidade às camadas
superficiais, diferindo,
com frequência, pela sua
qualidade, de todo
elemento conhecido de
nossa vida supraliminar
ordinária. São
diferentes porque
implicam uma faculdade
da qual não tivemos
nenhum conhecimento
precedente e por serem
produzidos num meio do
qual não tivemos até
hoje ideia alguma.
51. Toda a minha obra
visa justificar essa
ampla afirmação. Ao
admitir, para facilitar
a discussão, que isso
seja exato, veremos em
seguida que o problema
do eu latente muda
inteiramente de aspecto.
A telepatia e a
telestesia, captação de
pensamentos e percepção
de cenas distantes sem
intervenção dos órgãos
sensoriais conhecidos,
sugerem uma incalculável
extensão de nossas
faculdades mentais e uma
influência exercida
sobre nós por Espíritos
mais livres, menos
embaraçados que o nosso.
E esta segunda hipótese,
que pretendia explicar
todos os fenômenos
paranormais pela ação
dos Espíritos
desencarnados, parece à
primeira vista
simplificar o problema e
foi desenvolvida por
Alfred Russel Wallace e
outros até o ponto de
eliminar a hipótese
gratuita e incômoda,
segundo ele, de um eu
subliminar.
52. Aparecerá
claramente, assim
espero, durante o
desenvolver desta obra,
a hipótese de uma
intervenção e uma
direção espirituais
quase contínuas, que se
torna realmente
necessária a partir do
momento em que se negam
ao homem as faculdades
subliminares, cuja
existência afirmo. E o
meu conceito de um eu
subliminar aparecerá, ao
mesmo tempo, não
extraordinário nem
inútil, mas como uma
hipótese limítrofe e
racionalista, se a
aplicarmos aos fenômenos
que, à primeira vista,
sugerem efetivamente a
opinião mais extremada
de Wallace, mas que eu
explico pela ação do
próprio Espírito do
homem, sem recorrer à
intervenção de Espíritos
estranhos. Não quero
dizer que essa
explicação seja
aplicável a todos os
casos, nem que implique
a exclusão completa da
hipótese dos Espíritos.
Essas duas opiniões,
pelo contrário,
apoiam-se e
corroboram-se
mutuamente, porque esse
poder de comunicação a
distância existe, mesmo
que o atribuamos ao
nosso próprio eu
subliminar. Podemos,
nesse caso,
influenciar-nos
mutuamente a distância
pela telepatia. E se os
nossos Espíritos
encarnados podem
trabalhar assim, de um
modo independente, pelo
menos na aparência, do
organismo carnal, temos
então uma presunção a
favor da existência de
outros Espíritos
independentes dos corpos
e susceptíveis de nos
influenciarem da mesma
maneira.
53. Em suma, a hipótese
exaustivamente debatida
da intervenção
espiritual aparece
sempre após a do eu
subliminar, mas esta
hipótese intermediária
deve parecer útil aos
partidários de cada uma
das outras duas
hipóteses, mesmo que
seja somente o começo de
um estudo que promete
delongar-se. Os que se
negam a admitir a ação
de outros fatores além
dos Espíritos das
pessoas vivas ver-se-ão
obrigados a formar uma
convicção, a mais alta
possível, das faculdades
mantidas em reserva por
esses Espíritos enquanto
vivos. Aqueles que creem
na influência dos
Espíritos desencarnados
encontrarão na nossa
hipótese um ponto de
transição e ao mesmo
tempo uma norma para a
inteligibilidade
provisória da sua
hipótese.
54. As especulações
desse gênero tornam
particularmente
interessante o estudo
que abordamos. Mas,
independentemente da sua
importância, no que diz
respeito às provas da
vida futura, o estudo
futuro de nossa
lembrança submersa,
desses processos que se
realizam em nós e dos
quais nada mais
percebemos que fulgores
indiretos, refratados,
por assim dizer, parece,
na época atual, ser
exigido especialmente
pelo espírito da moderna
Ciência.
55. As investigações
destes últimos anos
mostraram sobre que base
instável e complexa,
feita de experiências
ancestrais, repousa a
vida individual de cada
um de nós. Voltamos a
percorrer, num processo
de recapitulação, em
forma de resumo e
simbolicamente, desde o
embrião até o organismo
completo, toda a
história da vida sobre a
Terra, desde milhões de
anos.
56. Durante o decorrer
de nossas adaptações a
meios cada vez mais
vastos deve-se ter
produzido um
deslizamento contínuo do
umbral da consciência,
consistindo na submersão
do que antes se
encontrava na superfície
mesma de nosso ser. A
cada fase de nossa
evolução, nossa
consciência nada mais é
do que a maré
fosforescente de um mar
insondável, e, como as
marés, não unicamente
superficial, mas também
variada e mutável.
57. Nossa unidade
psíquica é complexa e
instável; nasceu de
acumulações irregulares
que datam de um passado
muito distante; hoje
mesmo compõe-se de uma
colaboração limitada de
múltiplos grupos. Os
psicólogos antigos
encontravam o meio de
ignorar essas
descontinuidades e
incoerências do eu. Mas
a infância, a idiotia, o
sonho, a loucura, a
decadência, essas
paradas e interrupções
na corrente da
consciência sempre
estiveram lá, para nos
mostrar, com maior força
do que o poderiam fazer
as hipóteses mais sutis,
que a primitiva
concepção da
personalidade humana
contínua e unitária era
completamente errônea e
que, se há realmente uma
alma que anima o corpo,
essa alma deve ser
atentamente procurada
por trás do corpo, que
estorva e obscurece as
manifestações.
58. A diferença entre a
velha e a nova concepção
do princípio unificador
ou alma (admitindo-se
que a alma existe),
considerada esta como
manifestação através das
limitações corporais,
assemelha-se à diferença
existente entre a velha
e a nova concepção do
processo pelo qual o sol
se manifesta aos nossos
sentidos. A noite, as
nuvens de tempestade e
os eclipses são por nós
conhecidos desde os
tempos mais remotos, mas
hoje o homem sabe que
mesmo ao meio-dia o raio
solar que ilumina,
decomposto por um
prisma, apresenta lados
e faixas mais ou menos
escuros.
59. Acho interessante
desenvolver um pouco
essa analogia.
Compararei os progressos
sucessivos realizados
pelo homem no
conhecimento de si mesmo
com o gradual decifrar
dos mistérios da
Natureza e da explicação
da luz solar que lhe
chega na forma de
invisível mistura de luz
e calor. Dessa forma, a
vida de consciência, a
sensação de um mundo
dentro de si e de um
mundo que lhe é externo,
chegam à criança num
indivisível impacto de
chocante fulgor. A
análise óptica decompõe
o raio branco na
infinidade de raios que
o compõe. Igualmente a
análise filosófica
decompõe a consciência
indefinida da criança em
diversas faculdades, em
diversos sentidos
externos, em diversos
modos de pensamento
interior. À Psicologia
descritiva e
introspectiva devemos
esse resultado. A
Psicologia experimental
leva a análise mais
longe.
60. No espectro solar e
nos espectros estelares
existem numerosas linhas
ou lados escuros,
devidos à absorção de
certos raios por alguns
vapores espalhados na
atmosfera do Sol, da
Terra ou das estrelas.
Da mesma forma, o
espectro de nossas
sensações e faculdades
apresenta desigualdades
permanentes ou temporais
de lucidez e clareza.
Nossa atmosfera mental
está obscurecida por
vapores e iluminada por
chamas, e o grau de
obscurecimento e de
iluminação varia de
acordo com as épocas. O
psicólogo que observa,
por exemplo, as
modificações produzidas
pelo álcool na duração
das reações, parece o
físico que investiga as
linhas que obscurecem a
interposição de vapores
especiais. Nosso
conhecimento do espectro
de nossa consciência
faz-se, assim, cada vez
mais exato e detalhado.
61. Tomando-se mais uma
vez o lado físico de
nossa analogia,
observamos que nosso
conhecimento do espectro
solar visível, por mais
detalhado que seja, nada
mais é que a introdução
a um conhecimento mais
perfeito que esperamos
adquirir um dia, no que
concerne aos raios
solares. Os limites de
nosso espectro não
correspondem ao sol que
brilha, mas aos olhos
que percebem o
resplendor. Para lá de
cada um dos extremos da
faixa prismática existem
ondulações do éter que a
nossa retina não
percebe. Para lá da
parte vermelha
encontram-se as ondas
que percebemos ainda,
mas como calor, não como
luz. As ondas situadas
além da parte violeta
são ainda mais
misteriosas;
permaneceram ignoradas
durante séculos e suas
propriedades íntimas só
nos são dadas a conhecer
de maneira imperfeita.
62. Dessa mesma forma,
além de cada um dos
extremos do espectro de
nossa consciência,
estende-se um grupo de
percepções e de
faculdades que superam
as que conhecemos e que
só se adivinham de um
modo muito indefinido.
Os artifícios da Física
moderna dilataram em
ambas as direções o
espectro visível, tal
como Newton o conhecera.
A tarefa da Psicologia
moderna consiste em
descobrir os artifícios
que permitam estender,
em todas as direções, o
espectro da consciência,
tal como o conheceram
Platão ou Kant. Os
fenômenos citados nesta
obra são, no que diz
respeito aos fenômenos
conhecidos, o que a
fluorescência é com
relação à parte violeta
do espectro. Os raios X
do espectro psíquico
ainda estão por
descobrir.
63. Nossa analogia,
digamos logo, é muito
imperfeita. O conjunto
das faculdades humanas
não pode ser expresso
numa forma linear. Mesmo
um esquema de três
dimensões, uma
irradiação de faculdades
de um centro de vida, dá
só uma ideia imperfeita
de sua complexidade. Sem
dúvida, essa imagem
rudimentar nos
proporciona alguma
clareza, representando
as faculdades humanas
conscientes sob a forma
de um espectro linear
cujo controle dos
movimentos musculares
voluntários e das
sensações orgânicas
corresponde à parte
vermelha do espectro
solar, enquanto o ponto
em que o esforço supremo
do pensamento e da
imaginação se dissipa em
sonho e êxtase
corresponde ao ponto do
espectro solar onde
começa a se diluir o
violeta.
64. Tudo nos faz crer
que cada um dos extremos
desse espectro apresenta
um prolongamento
importante. Além do
extremo vermelho, já o
sabemos, estendem-se
certas faculdades
vitais. Sabemos que em
nós se realizam
constantemente processos
orgânicos que escapam ao
nosso controle, mas que
formam a base de nossa
existência física.
Sabemos que os limites
habituais de nossa
atividade voluntária
podem ser superados sob
a influência de forte
excitação. Não devemos,
pois, estranhar que
artifícios apropriados,
como o hipnotismo ou a
autossugestão, aumentem
também o poder da
vontade sobre o
organismo. As faculdades
situadas além do extremo
violeta de nosso
espectro psicológico
exigem um exame mais
sutil e são menos
evidentes.
65. As primeiras fases
desse progresso são por
si mesmas extensas e
complicadas e não seria
inútil concluir este
capítulo de introdução
indicando brevemente as
etapas principais que
formam a nossa tortuosa
rota. Procurarei
conduzir os meus
leitores através de
formas de transição, o
quanto possível variadas
e graduadas, desde os
fenômenos considerados
como normais aos
considerados
supranormais, mas que
são, como os outros,
pura e simplesmente
efeitos e manifestações
necessárias da lei
universal.
66. Nosso estudo
começará naturalmente
pela discussão da
estrutura subliminar no
homem são e no homem
doente, nas duas fases
conhecidas da
personalidade humana: o
sonho e a vigília.
Considerarei a seguir o
modo pelo qual, à
desintegração da
personalidade através da
enfermidade, corresponde
a sua reintegração e a
sua modificação
intencional através do
hipnotismo e da
autossugestão. Enquanto
isso já teremos dito o
suficiente sobre os
fenômenos subliminares
em geral para poder
tratar separadamente dos
seus diferentes grupos.
67. A seguir me ocuparei
da sua forma de
manifestação automática
e, sobretudo, do
automatismo sensorial
que constitui a base das
alucinações. Aqui
encontraremos fenômenos
que parecem ter sua
origem num Espírito
estranho ao do autômato.
E mostraremos que essa
origem deve ser antes
buscada em Espíritos de
outras pessoas vivas, o
que nos levará a passar
em revista as diferentes
formas de telepatia. Mas
o conceito de telepatia,
por sua própria
natureza, não deve estar
limitado aos Espíritos
encarnados e teremos
provas a favor das
comunicações diretas
entre os Espíritos
encarnados de um lado e
os Espíritos
desencarnados de outro.
O restante do livro será
consagrado à discussão
dos meios e dos
resultados dessas
comunicações
supranormais.
(Continua no próximo
número.)
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