OSWALDO
COUTINHO
cafocoutinho@hotmail.com
Serrinha,
BA
(Brasil)
Joana de Cusa
"Quando se preparavam os
dias da Codificação
Espírita, quando se
convocavam trabalhadores
dispostos à luta, quando
se anunciavam as horas
preditas, quando se
arregimentavam seareiros
para a Terra, escutamos
o convite celeste e nos
apressamos a oferecer
nossas parcas forças,
quanto nós mesmos, a fim
de servir, na ínfima
condição de sulcadores
do solo onde deveriam
cair as sementes de luz
do Evangelho do Reino."
-
Joanna de
Ângelis/Divaldo P.
Franco - Após a
Tempestade.
Aqueles eram dias
tormentosos. Vendas das
coisas sagradas. Pessoas
que viviam bucólicas e
aflitas por não
compreenderem que as
verdadeiras necessidades
da vida não faziam parte
deste mundo transitório
e efêmero. Viviam sempre
à espera que algo
acontecesse para
minimizar suas dores
oriundas das
perseguições feitas por
um povo que era tido
como superior e a quem
todos deveriam respeitar
e venerar. Eles eram
conhecidos como a “águia
romana”.
Naquele período
turbulento de dores e
incompreensões, todos
esperavam a chegada de
um Messias prometido há
mais de setecentos anos,
para libertar aquelas
pessoas sofridas e
turbulentas que
necessitavam de paz.
Numa linda tarde em
Cafarnaum onde as
onomatopeias e o cantar
dos pássaros embelezavam
as paisagens lúgubres da
natureza, eis que surge
a notícia de que um Rabi
houvera chegado àquelas
terras, propiciando
lenitivo e paz a todos
que o procurassem.
Num fim de tarde, quase
noite, na bela e formosa
Cafarnaum, nas margens
do lago, Joana vê a
figura de um homem que
resplandecia de luz e
convidava a todos a
participar do seu reino
de amor. Joana, esposa
de Cusa – um intendente
de Herodes Antipas –
fica encantada com as
suas palavras e com os
seus ensinamentos,
vinculando-se totalmente
à sua mensagem. E ela
vai ter com o Mestre
pedindo-lhe para
participar do seu reino
e consequentemente
segui-lo na sua jornada
carnal. Ele pede a Joana
para permanecer no seu
lar e prosseguir com o
esposo, porque o lar é o
laboratório da vida onde
os Espíritos têm a
oportunidade de se
reencontrarem e
continuarem o processo
de evolução através de
novas experiências.
Joana ouve o conselho do
Mestre e retorna ao lar,
a fim de cumprir o seu
dever de mãe e de
esposa.
Quando, mais tarde, seu
esposo desencarna, ela
novamente procura Jesus
para participar do seu
ministério, doando-se na
divulgação da mensagem
do Mestre. Quando,
afinal, chega o momento
em que Jesus é levado
para o calvário, no
monte da caveira, ao
lado de ladrões, Joana
de Cusa está ali
presente, orando e
pedindo ao Pai que dê
forças ao Rabi para
suportar as
incompreensões humanas.
Passam-se algumas
décadas.
No ano de 64 d.C.,
quando Nero mais uma vez
começa a perseguir os
cristãos, Joana é levada
ao poste do martírio
para ser queimada viva,
e ela permite que
destruam o seu corpo.
Compreendia que a
verdadeira vida se
encontrava no mundo
espiritual.
Depois de séculos, Joana
reencarna na figura de
Clara de Assis, a nobre
monja que acompanha a
jornada iluminativa de
São Francisco de Assis.
Mais tarde ainda,
reencarna no México como
Sóror Joana Inês de La
Cruz, a maior poetisa da
língua hispânica e,
finalmente, no Brasil,
mais especificamente na
Bahia, como Joana
Angélica de Jesus, sendo
uma das mártires da
Independência Baiana, no
episódio memorável do
Convento da Lapa em
Salvador, onde doou a
sua vida para proteger
dezenas de outras vidas.
Esse é o grandioso
Espírito que milita nas
hostes celestiais, que
continua se doando na
divulgação da mensagem
de Jesus através da
mediunidade de Divaldo
Pereira Franco, e no
trabalho social com a
fundação da Mansão do
Caminho em que são
beneficiadas milhares de
pessoas carentes do pão
material e também do pão
espiritual que plenifica
e consola os aflitos da
Terra – que somos todos
nós.