Oração
“Perseverai em oração,
velando nela com ação de
graças.”
Paulo. (Colossenses,
capítulo 4, versículo
2.)
Muitos crentes
estimariam movimentar a
prece, qual se mobiliza
uma vassoura ou um
martelo. Exigem
resultados imediatos,
por desconhecerem
qualquer esforço
preparatório.
Outros
perseveram na oração,
mantendo-se, todavia,
angustiados e
espantadiços.
Desgastam-se e consomem
valiosas energias nas
aflições
injustificáveis.
Enxergam somente a
maldade e a treva e
nunca se dignam examinar
o tenro broto da semente
divina ou a
possibilidade próxima ou
remota do bem.
Encarceram-se no “lado
mau” e perdem, por
vezes, uma existência
inteira, sem qualquer
propósito de se
transferirem para o
‘‘lado bom’’.
Que
probabilidade de êxito
se reservará ao
necessitado que formula
uma solicitação em
gritaria, com evidentes
sintomas de
desequilíbrio? O
concessionário sensato,
de início, adiará a
solução, aguardando,
prudente, que a
serenidade volte ao
pedinte.
A palavra
de Paulo é clara, nesse
sentido.
É
indispensável persistir
na oração, velando nesse
trabalho com ação de
graças. E forçoso é
reconhecer que louvar
não é apenas pronunciar
votos brilhantes. É
também alegrar-se em
pleno combate pela
vitória do bem,
agradecendo ao Senhor os
motivos de sacrifício e
sofrimento, buscando as
vantagens que a
adversidade e o trabalho
nos trouxeram ao
espírito.
Peçamos a
Jesus o dom da paz e da
alegria, mas não nos
esqueçamos de
glorificar-lhe os
sublimes desígnios, toda
vez que a sua vontade
misericordiosa e justa
entra em choque com os
nossos propósitos
inferiores. E estejamos
convencidos de que
oração intempestiva,
constituída de
pensamentos desesperados
e descabidas exigências,
destina-se ao chão
renovador, qual acontece
à flor improdutiva que o
vento leva.
Do cap. 108 do livro
Pão Nosso, de
Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido
Xavier.