JOSÉ ANTÔNIO
VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, PR
(Brasil)
Como se forma uma
biblioteca no plano
espiritual
Quando o Espírito Manoel
Philomeno de Miranda
apareceu pela primeira
vez para o médium
Divaldo Pereira Franco,
o que daria início a uma
série de livros
psicografados por ele
sobre o tema obsessão e
desobsessão, foi o
médium por ele convidado
a conhecer, na colônia
espiritual onde
Philomeno vivia, uma
curiosa biblioteca.
Ouçamos o próprio
Divaldo contando:
– “Mostrou-me, ele, como
são arquivados os
trabalhos gráficos que
se fazem na Terra.
Disse-me que, quando um
escritor ou um médium,
seja quem for, escreve
algo que beneficia a
Humanidade, nessa
biblioteca fica inscrito
com um tipo de letra bem
característica,
traduzindo a nobreza do
seu conteúdo. À medida
que a mente, aqui, no
planeta, vai elaborando,
simultaneamente vai
plasmando lá, nesses
fichários muito
sensíveis, que captam a
onda mental e tudo
imprimem. Quando a
pessoa escreve por ideal
e não é remunerado, ao
se abrirem esses livros,
as letras adquirem
relevo e são de uma
forma muito agradável à
vista, tendo uma
peculiar luminosidade.
Se a pessoa, porém, o
faz por ideal e estando
num momento difícil,
sofrido, mas ainda assim
escreve com beleza,
esquecendo-se de si
mesma, para ajudar a
sociedade, a criatura
humana, ao abrir-se o
livro, as letras
adquirem uma vibração
musical e se transformam
em verdadeiros cantos,
em que a pessoa ouve, vê
e capta os registros
psíquicos de quando o
autor estava elaborando
a tese.
O oposto também é
verdadeiro. Em fichários
que ficam em regiões
menos felizes, mais
desarvoradas, aqueles
que, na Terra, elaboram
cenas degradantes e
deprimentes, ficam
também registrados. E
quando os livros são
abertos (são os crimes,
são a concupiscência, a
vulgaridade) exsudam uma
espécie de plasma
pegajoso e nauseante,
que dá um estado muito
desagradável ao leitor,
exceto àquele que se
familiariza com essas
ideias e se compraz
nelas, nutrindo-se com
tal tipo de energia
grafada.
Esses fichários, nessa
biblioteca, fazem muito
lembrar as da Terra,
onde estão registradas
as ideias que se vão
transformar em roteiro
de orientação ou de
degradação da criatura
humana.
Eis por que vale a pena,
quando estamos
desalentados e sofridos,
não desanimarmos e
continuarmos as nossas
tarefas, o que lhes dá
um valor muito maior.
Porque o trabalho
diletante, o desportivo,
o do prazer, já tem, na
própria ação, a sua
gratificação, enquanto o
de sacrifício e de
sofrimento exige a
abnegação da pessoa, o
esforço, a renúncia e,
acima de tudo, a
tenacidade, para tornar
real algo que gostaria
que acontecesse, embora
o esteja realizando por
entre dores e lágrimas.”
Extraído do livro
“Semeador de Estrelas”,
de Suely Caldas
Schubert, publicado pela
LEAL Editora.