LEONARDO
CASSANHO FORSTER
leo.cassanho@yahoo.com.br
Cuiabá, MT (Brasil)
Especulação pede licença
Para esta edição, fomos
buscar no site
http://esperanto-spiritismo.org/portugala/histox.htm
os nomes de algumas
personalidades cuja
história relaciona-se
intimamente à trajetória
do Esperanto.
Na perspectiva espírita,
embora não nos seja
lícito afirmar de modo
contundente, poderiam
ser do grupo espiritual
que esteve sob a tutela
de Zamenhof, antes que
este reencarnasse como o
médico polonês conhecido
como o criador do
esperanto.
Conforme relatos do
espírito Francisco
Waldomiro Lorenz, em seu
Esperanto como
Revelação, psicografado
por Chico Xavier, o
idioma foi desenvolvido
na espiritualidade
durante algumas décadas
por um grupo de
espíritos sob a
coordenação daquele que
reencarnaria como
Zamenhof.
Segundo essa
perspectiva, o criador
do esperanto, em vez de
realmente criá-lo no
mundo material,
recordava-se de modo
intuitivo, graças a seu
esforço e vontade,
daquilo que na
espiritualidade já
estava pronto. No
entanto, a seu ver, não
lhe parecia de fato uma
recordação, mas uma
criação.
Por outro lado, somente
o trabalho de Zamenhof,
sobretudo nos primeiros
passos do idioma neutro,
seriam pouco profícuos
se ele não contasse com
o apoio de outras
pessoas receptivas à
ideia da Língua
Internacional. Portanto,
aos membros de seu
grupo, havia a missão de
que reencarnassem a fim
de acolher as ideias do
mestre de modo a
divulgá-las e
perpetuá-las pelo mundo.
Por isso, de nossa parte
fazemos facilmente essa
associação. Contudo,
reforçamos o fato de
desconhecermos qualquer
obra que relacione
explicitamente esses
nomes com aquilo que foi
relatado por Lorenz.
Independentemente de
nosso ponto de vista,
consideramos, no
entanto, que essas
biografias merecem ser
conhecidas por qualquer
esperantista.
Edmond Privat e Hector
Hodler
Ambos moravam na Suécia
e aprenderam o Esperanto
em 1903. Naquele tempo,
Edmond Privat estava com
14 anos e Hector, com
16. Ainda estudantes,
fundaram um clube de
Esperanto e um pequeno
jornal, Juna
Esperantisto
(Esperantista Jovem).
Durante cinco anos
escreveram e
administraram o jornal
na escola.
Havia, nesse tempo,
muitas propostas e
projetos sobre língua
internacional. Por esse
motivo, os dois jovens
aprenderam também “Idiom
Neutral” e “Bolak”, mas
chegaram à conclusão de
que unicamente o
Esperanto servia como
língua internacional.
Edmond, com apenas 16
anos de idade, fez uma
preleção em Esperanto no
primeiro Congresso
Mundial (1905). Ele já
falava fluentemente e
escrevia o Esperanto de
forma “simples e
cristalina”. Escreveu
Karlo (1910), uma
história para
principiantes, porém sua
obra principal foi La
vivo de Zamenhof (A Vida
de Zamenhof, de 1920).
Aos 20 anos apresentou o
Esperanto à Liga das
Nações e à União
Universal de Telégrafos.
Hektor Hodler, por sua
vez, trabalhou no campo
social e na organização
do movimento. Em 1906
propôs os “konsuloj”,
hoje chamados “delegitoj",
ou seja, representantes
do Esperanto em cada
país. Tornou-se redator
da revista Esperanto,
periódico oficial da UEA
- Universala Esperanto
Asocio, criada em 1908.
Hodler era diretor da
UEA e, no início foi
“konsulo” de muitos
países.
Durante a primeira
guerra mundial
(1914-1918), o centro da
UEA na Suécia era
intermediário entre
diversos estados
militantes. Diariamente,
o escritório de Holdler
recebia e enviava
duzentas a trezentas
cartas. Em sua revista,
pedia pela paz entre os
homens na Europa. Quando
morreu em 1920, grande
parte de sua herança foi
doada à UEA.
Antoni Grabowski
Antoni Grabowski era
polonês, nasceu em 1857,
engenheiro químico e
poliglota. Aprendeu o
Volapuk, mas
desiludiu-se: os adeptos
não falavam a língua, e
ele mesmo a considerou
difícil. Grabowski
tornou-se esperantista
logo após a publicação
da nova língua. Admirado
com sua estrutura,
aprendeu-a com
entusiasmo e rapidez.
Depois de pouco tempo,
visitou Zamenhof,
saudando-o fluentemente
em Esperanto, o que
resultou na primeira
conversação em
Esperanto. Nessa mesma
época surgiu a primeira
tradução de Grabowski,
La Neĝa Blovado de
Puŝkin.
Em 1921 ele morre
subitamente de um ataque
do coração, enquanto
olhava a vitrine de uma
livraria com livros em
Esperanto.
Kabe
Kabe era o pseudônimo de
Kazimierz Bein, eminente
oftalmologista polonês,
colega de Zamenhof.
Conhecia o Esperanto
desde sua publicação.
Exilado por causas
políticas, aprendeu o
Esperanto somente em
1903. Trabalhou
fervorosamente, foi
vice-presidente da
Academia de Esperanto em
1906, ano no qual foi
publicado seu dicionário
Vortaro de Esperanto,
dicionário
Esperanto-Esperanto.
É importante saber que o
Esperanto não se fez
imediatamente uma língua
fluentemente bela, uma
língua de literatura.
Nesse sentido, Kabe
contribuiu para criar um
estilo de prosa em
Esperanto, simples,
claro, livre de
nacionalismos, que
muitos escritores
esperantistas imitavam.
Ele dizia que era
preciso conhecer outras
línguas para conseguir a
evolução do Esperanto,
principalmente a partir
de traduções de obras de
literatura nacional.
Em 1911, por motivos que
não são claros, Kabe
deixou de participar
ativamente do
esperantismo, o que
gerou uma certa comoção
entre os demais
esperantistas da época.
Por conta disso,
criou-se o verbo “kabei”,
como sinônimo de
“abandonar subitamente o
movimento esperantista”.
André Luiz: Benditos...
A cada semana, propomos
uma frase de André Luiz,
do livro Sinal Verde,
psicografado por Chico
Xavier, vertida ao
esperanto por Allan
Kardec Afonso Costa.
Nesta, apresentamos a
tradução da frase
proposta na semana
passada:
“Kiu praktikas malŝparon,
tiu ne plendu se mizero
li alvenos.”
“Quem pratica o
desperdício, não reclame
se chegar à penúria.”
Eis a mais nova:
“Benatoj tiuj, kiuj sin
dediĉas vivi ne ĝenante
tiujn, kiuj partoprenas
en ilia vivado.”
Até a próxima!
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