Na sementeira do
amor
Neio
Lúcio
Ajuda sempre,
filho meu.
Pensa no bem,
exalta-lhe a
grandeza e
intensifica-lhe
os dons na
Terra.
A
glória mais
expressiva do
perdão não
reside tanto na
superioridade
daquele que o
dispensa, mas
sim na soma de
benefícios
gerais que virão
depois dele.
O
mais alto valor
do concurso
fraterno não
está contido no
socorro às
necessidades
materiais de
ordem imediata
e, sim, no
estimulo à
confiança e à
fraternidade.
Somente os
Espíritos em
desequilíbrio
extremo,
fundamente
cristalizados no
mal, menosprezam
as manifestações
do bem.
Sei que é
difícil julgar o
destino de uma
dádiva e, por
vezes, teu
pensamento se
perde,
inutilmente, em
complicadas
conjeturas.
“Terei dado para
o bem? terei
dado para o mal
?“ — interrogas
a ti mesmo.
Mas, se não
deste quanto
possuis, se
apenas
concedeste
migalhas do
tesouro que o
Senhor te
confiou, não
poderás ajudar
ao próximo,
tranquilamente,
em nome do mesmo
generoso Senhor
que tudo te
emprestou no
mundo, a título
precário?
Claro que te não
rogo favorecer o
crime e a
desordem
visíveis ao
nosso olhar.
Entretanto, se
te posso pedir
alguma coisa, em
tempo algum te
negues à
cooperação
fraterna.
Não abandones o
enfermo,
receando
aborrecimentos,
e nem fujas ao
irmão desditoso
que caiu nas
malhas da
justiça, temendo
dissabores.
Se tua bondade
não for
compreendida,
aprende a
esperar.
Não é mais
cristão aquele
que serve por
amor de servir,
sem qualquer
expectativa de
remuneração?
Não te esqueças
de que o Mestre
foi conduzido ao
madeiro da
angústia, por
ajudar e amar
sempre...
Erra,
auxiliando.
Será melhor
assim, porque
todos estamos
sob o olhar da
Vigilância
Divina.
O
homem que ajuda
por vaidade e
ostentação,
quase sempre, em
pouco tempo,
cria para si
mesmo o hábito
de auxiliar,
atingindo
sublimes
virtudes.
Aquele, porém,
que muito
fiscaliza os
beneficiados e
raciocina com
excesso quanto
ao “dar” e ao
“não dar”
converte-se, não
raro, em
calculista da
piedade, a
endurecer o
coração, por
séculos
numerosos.
Ouve! Estamos à
frente do tempo
infinito...
É
imprescindível
semear.
Não adubes o
vício e o crime.
Todavia, não
olvides que é
necessário
plantar muito
amor, para que o
amor nos
favoreça.
Do cap. 35 do
livro
Alvorada Cristã,
de Neio Lúcio,
obra
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.