"A nossa maior virtude é
a nossa união"
Esta frase foi o tema
do II Encontro da
Família Gonçalves,
realizado na cidade
paulista de Matão
Era dia 22 de abril de
1500 quando chegaram às
terras brasileiras 13
caravelas portuguesas
lideradas por Pedro
Álvares Cabral, que, ao
chegar, deparou com um
povo nativo e selvagem.
Foi através do interesse
do homem em descobrir
novos horizontes e
tentar novas
oportunidades na vida
que, 380 anos depois,
aportaram em nosso país
José Maria Gonçalves,
com 20 anos de idade, e
Cândida dos Santos
Ferreira, ainda um bebê
com pouco menos de um
ano de idade.
Como nada na vida se dá
por acaso, no dia 2 de
dezembro de 1893, na
cidade paulista de Rio
Claro, eles casaram-se.
Depois de residirem na
pequena e pacata cidade
de Boa Esperança, onde
viveram por alguns anos,
mudaram-se para Matão,
onde, ao cumprirem suas
tarefas na Terra,
conceberam com muito
amor e carinho vários
filhos que deixaram
grandes legados e
ensinamentos de vida
para todos nós. Eis seus
nomes: Francisco, Maria,
Inocência, Amélia, José,
Erasto, Cláudio, Hugo,
Cairbar e Elias, dos
quais somente Hugo
Gonçalves continua
encarnado e prossegue
deixando por onde passa
muito amor, humildade e
ensinamentos que devemos
levar para toda vida.
Hugo Gonçalves conta que
seu pai, José Maria, era
um português muito
disposto, trabalhador e
inteligente, e Cândida,
sua mãe, muito zelosa,
carinhosa e enérgica,
com o que muito
contribuiu para a
criação e educação dos
filhos que colocou no
mundo. Segundo ele, a
bondade de sua mãe era
tão grande que ela
atendia, sem exceção, os
pobres que batiam à sua
porta, embora muitos
fossem hansenianos que
na época perambulavam a
cavalo pelas estradas em
busca de auxílio. Hugo
diz ainda que deve muito
a ela pelo homem em que
se transformou, que,
como sabemos,
desenvolveu um trabalho
humilde mas de grande
valia no Norte do
Paraná.
Como se formam as
famílias
– De acordo com o que
lemos em O Evangelho
segundo o Espiritismo,
os Espíritos que se
encarnam numa mesma
família, sobretudo como
parentes próximos, são o
mais frequentemente
Espíritos simpáticos,
ligados por relações
anteriores, que se
traduzem pela afeição
durante a vida terrena.
Pode, porém, acontecer
que esses Espíritos
sejam completamente
estranhos uns para os
outros e separados por
antipatias igualmente
anteriores, que se
traduzem também por seu
antagonismo na Terra, a
fim de lhes servir de
prova. Os verdadeiros
laços de família não
são, portanto, os da
consanguinidade, mas os
da simpatia e da
comunhão de pensamentos,
que unem os Espíritos, antes,
durante e após a
encarnação.
Após 69 anos da
desencarnação dos
patriarcas da família
Gonçalves (Cândida e
José Maria), realizou-se
no dia 2 de setembro de
2012, na sede do espaço
Portal Eventos, na
cidade de Matão-SP, o II
Encontro da Família
Gonçalves tendo como
tema principal “A nossa
maior virtude é a nossa
união” (fotos). O
encontro reuniu
aproximadamente 200
pessoas, que
representaram de forma
brilhante cada filho dos
heróis José Maria e
Cândida. O “cangaço”,
assim chamado
carinhosamente pelos
membros da família,
contava com a
participação de filhos,
netos, bisnetos,
tataranetos, sobrinhos,
primos, noras, genros,
além da presença do
único filho encarnado de
Cândida e José Maria, o
estimado Hugo Gonçalves,
e do seu sobrinho Édo
Mariani, que vem
realizando importante
trabalho em prol da
Doutrina Espírita na
cidade de Matão.
A importância da união
da família
– O encontro foi
memorável. Todos ali
estavam reunidos em uma
comemoração cheia de
amor, carinho e corações
emocionados quando
relembravam os
maravilhosos momentos de
vivência de cada
família. A fim de
preencher mais ainda de
alegria o evento, a
organização do encontro
transmitiu aos
familiares um vídeo com
uma mensagem do querido
Hugo Gonçalves, na qual
este alertava a todos
para a importância da
união da família, um
alicerce muito
importante para o
desenvolvimento da vida
de qualquer pessoa. O
vídeo mostrou também
momentos vividos por
Hugo e seus irmãos
quando ainda vivam com
seus pais, além, é
claro, de convidar a
todos para que
compareçam em seu
Centenário em outubro de
2013, o que provocou
muitas risadas dos
familiares.
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Édo
Mariani
com seus
familiares |
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Hugo
Gonçalves
com
familiares
em
frente
ao
Colégio
José
Inocêncio
da Costa |
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Hugo
Gonçalves
com
familiares |
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Hugo
Gonçalves,
sua
cunhada
Julita
e alguns
sobrinhos |
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No dia seguinte, 3 de
setembro, a caravana de
Hugo Gonçalves, horas
antes de retornar ao
Norte do Paraná, foi
conduzida pela família
Mariani a alguns locais
da cidade de Matão a fim
de relembrar momentos
difíceis, mas felizes,
que passou com seu pai,
sua mãe e sua querida
esposa Dulce Ângela
Caleffi Gonçalves, de
saudosa memória.
A caravana iniciou a
visita pela casa de
Cairbar Schutel, onde
Hugo relembrou momentos
de sua infância. A casa
está atualmente sendo
restaurada para
funcionar como um museu.
Em seguida, o grupo
passou rapidamente em
frente do prédio da
Escola Estadual José
Inocêncio da Costa, onde
Hugo cursou o primário e
conheceu D. Dulce. E,
por fim, a caravana
visitou a Pedreira, onde
Hugo relembrou situações
inusitadas e
emocionantes de sua vida
com seu pai.
Nota do autor:
As histórias contidas
nesta matéria foram
extraídas do livro
Hugo Gonçalves e o Homem
que se lembra do Sermão
da Montanha, de
Geraldo Peixoto de Luna.
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