JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal |
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Ah, se eu
soubesse…
Viajamos na
vida, sem saber
o que ela
encerra. Uns
acreditam que
após a morte do
corpo de carne
nada mais existe
(os
materialistas),
outros não
cogitam desse
assunto (os
agnósticos),
outros defendem
a imortalidade
do Espírito (os
espiritualistas),
sendo que, neste
campo, as
explicações são
tão
diversificadas
quanto o número
de religiões,
doutrinas,
ideias que
existam no
mundo.
A Doutrina
Espírita (ou
Espiritismo) não
é mais uma seita
nem mais uma
religião, mas
sim uma ciência
de observação,
que nos leva a
conceitos
filosóficos, e a
uma moral que
assenta nos
ensinamentos de
Jesus de Nazaré.
Esta doutrina
tem por
princípios
básicos a
existência de
Deus, a
imortalidade do
Espírito, a
comunicabilidade
dos Espíritos, a
reencarnação e a
pluralidade dos
mundos
habitados. Está
assente na
lógica, na
razão, na
observação dos
fatos espíritas
e explica a
natureza, origem
e destino dos
Espíritos, bem
como as relações
existentes entre
o mundo
espiritual e o
mundo terreno.
Com o
aparecimento do
Espiritismo em
18 de Abril de
1857, no
lançamento da
monumental obra
“O Livro dos
Espíritos”,
de Allan Kardec,
comprovou-se que
a vida continua
após o decesso
do corpo carnal,
provas essas que
têm vindo a ser
confirmadas
pelas múltiplas
pesquisas de
muitos
cientistas e
pesquisadores
não espíritas,
desde então.
Hoje em dia, a
Doutrina
Espírita é um
preciso auxiliar
da medicina,
nomeadamente da
Psiquiatria e da
Psicologia,
auxiliando estas
ciências a
entender o ser
humano numa
perspectiva
integral (alma +
corpo espiritual
+ corpo carnal)
e não apenas
como um
amontoado de
células
orgânicas.
Aprendemos com o
Espiritismo que
todos os nossos
atos, omissões,
pensamento e
sentimentos se
repercutem em
nós próprios em
primeiro lugar,
trazendo-nos
paz, felicidade
ou inquietação,
conforme o
padrão mental em
que estejamos a
vibrar no nosso
quotidiano.
Recordando as
palavras sábias
de Jesus, “a
semeadura é
livre, mas a
colheita é
obrigatória”,
vemos aqui a lei
de causalidade
ou lei de causa
e efeito.
Somos assim,
senhores do
nosso destino,
temos o
livre-arbítrio
de agir bem ou
mal, com ou sem
intenção,
fraternal ou
egoisticamente,
mas, um dia,
após a morte do
corpo de carne,
não poderemos
fugir de nós
próprios,
arcando com as
consequências
dos nossos atos,
quer no mundo
espiritual, quer
em vidas
(reencarnações)
futuras,
haurindo a
tranquilidade ou
a inquietação
geradas por nós
próprios.
Daí podermos
encontrar tanta
dessemelhança de
oportunidades,
de estados de
alma, de estados
físicos nos
seres humanos,
ao longo da
vida,
interrogando-nos
onde está a
presença divina
perante tais
desigualdades.
Hoje em dia, a
Doutrina
Espírita é um
precioso
auxiliar da
medicina,
nomeadamente da
Psiquiatria e da
Psicologia
Sem a explicação
da reencarnação,
sem dúvida que
encontraríamos
um Deus
displicente, que
dava
oportunidades
diferentes aos
seus filhos.
Atualmente, a
reencarnação,
apesar de aceita
por cerca de 75%
da população
mundial, deixou
de ser mais uma
crença para ser
um fato
científico
(estudem-se as
pesquisas de
crianças que se
lembram de vidas
passadas, os
meninos
prodígios, as
comunicações
espirituais e as
terapias a vidas
passadas) do
qual não adianta
fugir.
O roteiro para a
felicidade
foi-nos dado por
Jesus de Nazaré
há mais de 2 mil
anos: “Não
façais ao
próximo o que
não desejais
para vós mesmos”;
os conhecimentos
estão ao dispor
de todos e em
todo o lado; a
noção de bem e
de mal é inata
ao ser humano
através da sua
consciência,
pelo que um dia
teremos de
prestar contas
dos nossos dons
que Deus nos
deu.
Uns dirão que
não sabiam,
outros que não
aproveitaram bem
o tempo, e
aqueles que se
esforçaram para
terem êxito
espiritual
olharão com pena
para os seus
irmãos
mergulhados em
futuras e duras
expiações, por
muito terem
abusado nesta
vida, da vida do
próximo, dos
dinheiros
públicos, do
egoísmo, da
falta de retidão
no seu proceder
e no seu
caráter.
E a vida
continua prenhe
de oportunidades
evolutivas ao
nível
intelectual e
moral, na
certeza de que
cada um colherá
de acordo com o
seu estado
íntimo, dentro
do aforismo “a
cada um de
acordo com as
suas obras”.
Oxalá nós não
estejamos no
grupo daqueles
que dirão:
“Ah, se eu
soubesse…”.
“Nascer,
morrer, renascer
ainda, progredir
sem cessar, tal
é a lei”
diz-nos o
Espiritismo,
incentivando o
homem à
fraternidade,
lembrando um dos
ensinamentos dos
benfeitores
espirituais: “Fora
da caridade não
há salvação”.
Bibliografia:
“O Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec
“O Evangelho
segundo o
Espiritismo”, de
Allan Kardec.