Finados para os
espíritas
Para muitos,
Finados
representa
apenas mais um
feriado, uma
oportunidade de
descansar,
viajar, ou até
mesmo colocar a
agenda pessoal
em dia. Para os
católicos, o dia
de reverenciar
os entes
queridos,
amigos, pessoas
que não vivem
mais no plano
físico.
A ideia de
lembrar os
“mortos” surgiu
ainda no século
I, através dos
seguidores de
Jesus que
costumavam rezar
para os mártires
do Cristianismo
já
desencarnados, o
que mais tarde
ganhou força
quando a Igreja
Católica
estabeleceu uma
data para orar
por todos os
falecidos,
principalmente
aqueles
esquecidos pela
família,
nascendo assim o
dia de Finados,
onde os vivos
visitam os
despojos carnais
daqueles que
partiram para o
outro lado,
homenageando-os
com flores,
velas e orações.
E para nós
espíritas, o que
representa a
data de 2 de
novembro?
Busquemos a
resposta em o
Livro dos
Espíritos, 2ª
Parte, Capítulo
VI – Da vida
Espírita –
Comemoração dos
Mortos,
Funerais:
320.
Sensibiliza os
Espíritos o
lembrarem-se
deles os que
lhes foram caros
na Terra?
“Muito mais do
que podeis
supor. Se são
felizes, esse
fato lhes
aumenta a
felicidade. Se
são desgraçados,
serve-lhes de
lenitivo.”
321. O dia da
comemoração dos
mortos é, para
os Espíritos,
mais solene que
os outros dias?
Apraz-lhes ir ao
encontro dos que
vão orar nos
cemitérios sobre
seus túmulos?
“Os Espíritos
acolhem neste
dia o chamado
dos que da Terra
lhe dirigem seus
pensamentos,
como fazem
noutro dia
qualquer.”
a)
Mas o de Finados
é, para eles, um
dia especial de
reunião junto a
suas sepulturas?
“Nesse dia, em
maior número se
reúnem nas
necrópoles,
porque então
também é maior,
em tais lugares,
o das pessoas
que os chamam
pelo pensamento.
Porém, cada
Espírito vai lá
somente pelos
seus amigos e
não pela
multidão dos
indiferentes.”
b)
Sob que forma aí
comparecem e
como os
veríamos, se
pudessem
tornar-se
visíveis?
“Sob a que
tinham quando
encarnados.”
322. E os
esquecidos,
cujos túmulos
ninguém vai
visitar, também
lá, não
obstante,
comparecem e
sentem algum
pesar por verem
que nenhum amigo
se lembra deles?
“Que lhes
importa a Terra?
Só pelo coração
nos achamos a
ela presos.
Desde que aí
ninguém mais lhe
vota afeição,
nada mais prende
a esse planeta o
Espírito, que
tem para si o
Universo
inteiro.”
Destarte, não
necessitamos
esperar uma data
específica para
rememorar os
Espíritos
desencarnados
que nos são
caros. Nossa
organização
vital, composta
por espírito,
perispírito e
matéria,
funciona como um
receptor e
transmissor de
vibrações,
podendo tanto
enviar, quanto
receber energia
do plano
espiritual, o
qual exerce
influência
direta sobre nós
e vice-versa,
bem como não
precisamos nos
deslocar até o
cemitério para
realizar nossas
orações, uma vez
que o Espírito
não permanece
junto ao
sepulcro.
Podemos
mentalizar
nossas preces em
qualquer local,
desde que
façamos com o
coração.
O Livro dos
Espíritos ainda
nos alerta que
temos de
recordar dos
Espíritos
desencarnados
sempre com bons
sentimentos,
para que estes
não se aflijam
com o nosso
sofrimento. A
saudade é
perfeitamente
compreensível,
mas a tristeza,
o desespero e a
dor da perda
daqueles que
ficam demonstra
falta de
confiança em
Deus e pode
incomodar o
Espírito que
partiu,
interferindo em
seu progresso no
mundo
espiritual.
Por fim,
independentemente
das diferentes
manifestações de
carinho, as
quais
indubitavelmente
são recebidas
pelos Espíritos,
o que há em
comum em todas
as crenças é que
a imortalidade
da alma, apesar
de ainda não ser
totalmente
compreendida por
todos, é uma
questão
irrefutável para
todas as
religiões, do
contrário, seria
uma enorme
contradição
homenagear quem
já não vive
mais.