Em carta publicada na edição
passada, a leitora Camila
Oliveira, de Imbituva-PR,
diz que uma amiga encontrou
em sua casa um monte de
terra e um monte de pimenta
atrás da poltrona da sala.
Cada monte era equivalente a
uma porção que cabe na mão
de um adulto. Ninguém da
casa, segundo ela, teve
participação no fato, que
teria sido, segundo
explicação dada no Centro
Espírita, efeito da ação de
algum Espírito, que teria
materializado alguns
elementos utilizados, para
fazer ali algum tipo de
ritual a fim de prejudicar
os moradores da casa.
Exposto o fato, a leitora
pediu-nos que lhe
fornecêssemos a explicação
do fenômeno, de acordo com
os ensinamentos espíritas,
e, ainda, a indicação de
livros que tratem do
assunto.
Antes de responder-lhe,
decidimos ouvir nosso
confrade Ivan Franzolim, que
vem há algum tempo
pesquisando os chamados
fenômenos de efeitos
físicos, assunto que foi o
tema central de recente
entrevista por ele concedida
a esta revista. Eis o link
que remete o leitor à
entrevista mencionada –
http://www.oconsolador.com.br/ano6/284/entrevista.html
Segundo Franzolim, o caso
relatado pela leitora tem
todas as características de
ser um fenômeno de
transporte. A partir do
ectoplasma de algum médium,
um Espírito o utiliza para
envolver o objeto a ser
transportado, o qual adquire
elasticidade na sua
composição e pode ser
conduzido pelo Espírito,
atravessando portas e
paredes. Como se trata de
fenômeno mediúnico, o
confrade sugere que o médium
pode ser alguém da família
e, nesse caso, deve ser
encaminhado para um Centro
Espírita habilitado a
orientá-lo no sentido de
fazer uso correto dessa
mediunidade. “O médium
costuma ser uma pessoa que
tem sono pesado, apresenta
náuseas estranhas, podendo
determinar até a parada de
relógios próximos”,
acrescentou Franzolim.
No tocante à bibliografia,
duas são as obras que tratam
especificamente do fenômeno
de transporte.
A primeira intitula-se
Fenômenos de Transporte,
de Ernesto Bozzano, obra
traduzida por Francisco
Klörs Werneck e publicada
pelas Edições FEESP, cujo
estudo sequencial e metódico
foi publicado em nossa
revista nas edições 175 a
183.
Nessa obra, Bozzano reuniu
provas mais que suficientes
de que os “transportes” se
produzem por força do
processo, quase instantâneo,
de desintegração e
reintegração, processo que
algumas vezes assume forma
inversa com desintegração e
reintegração de um furo nas
portas e nas paredes, o que
não muda a essência do
fenômeno.
A outra obra é Nos
Domínios da Mediunidade,
cap. 28, pp. 268 a 271, em
que André Luiz trata do
assunto.
Nessa obra, ao explicar a
introdução de flores no
recinto de uma reunião, o
Assistente Aulus explicou:
“É o transporte comum,
realizado com reduzida
cooperação das energias
medianímicas. Nosso amigo
apenas tomou diminuta
quantidade de força
ectoplásmica, formando
somente pequeninas
cristalizações superficiais
do polegar e do indicador,
em ambas as mãos, a fim de
colher as flores e trazê-las
até nós”.
Hilário, presente no local,
se surpreendeu com a
facilidade com que a energia
ectoplásmica atravessou a
matéria densa, porque o
Espírito, usando-a nos
dedos, não encontrou
qualquer obstáculo na
transposição da parede.
Aulus lembrou-lhe, então,
que também as flores
transpuseram o tapume de
alvenaria, penetrando o
recinto graças ao concurso
de técnicos bastante
competentes para
desmaterializar os elementos
físicos e reconstituí-los de
imediato. “As cidadelas
atômicas, em qualquer
construção da forma física,
não são fortalezas maciças,
qual acontece em nossa
própria esfera de ação. O
espaço persiste em todas as
formações e, através dele,
os elementos se
interpenetram”, explicou
Aulus.
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