Vimos na semana passada as
regras gerais relativas à
formação do plural dos
substantivos compostos. Hoje
veremos os casos
particulares, que são em
número de quatro:
1º caso.
Se há dois elementos
substantivos, mas o segundo
determina o primeiro, no
tocante à finalidade ou à
forma, flexiona-se de
preferência apenas o
primeiro. É admitida, no
entanto, como correta, a
flexão de ambos os
elementos.
Exemplos:
salário-família /
salários-família
caneta-tinteiro /
canetas-tinteiro
banana-maçã / bananas-maçã
pombo-correio /
pombos-correio
navio-escola/ navios-escola
papel-moeda / papéis-moeda
manga-rosa / mangas-rosa.
2º caso.
Se os elementos se unem por
meio de preposição, só o
primeiro será flexionado.
Exemplos:
fogão-a-gás / fogões-a-gás
chefe-de-seção /
chefes-de-seção
pão-de-ló / pães-de-ló
pé-de-moleque /
pés-de-moleque
estrela-do-mar /
estrelas-do-mar
mula-sem-cabeça /
mulas-sem-cabeça.
3º caso.
Se o substantivo composto é
formado por palavras
repetidas ou por elementos
onomatopaicos, isto é,
palavras cuja pronúncia
imita o som natural da coisa
significada, só o último
elemento se flexiona.
Exemplos:
tique-taque / tique-taques
reco-reco / reco-recos
bem-te-vi/ bem-te-vis
tico-tico / tico-ticos
quero-quero / quero-queros
pisca-pisca / pisca-piscas
quebra-quebra /
quebra-quebras.
4º caso.
Se o primeiro elemento é a
palavra “guarda”, com função
de verbo, ele não será
flexionado. Se “guarda” for
um substantivo, ele se
flexionará. A distinção é
simples: se o segundo
elemento for substantivo, a
palavra “guarda” é verbo; se
o segundo elemento for
adjetivo, a palavra “guarda”
é substantivo.
Exemplos:
a.) verbo mais substantivo:
guarda-pó / guarda-pós
guarda-roupa / guarda-roupas
guarda-chuva / guarda-chuvas
guarda-comida /
guarda-comidas.
b.) substantivo mais
adjetivo:
guarda-noturno /
guardas-noturnos
guarda-florestal /
guardas-florestais
guarda-civil / guardas-civis
guarda-mor / guardas-mores
guarda-marinha /
guardas-marinhas.