Quando o Espírito guia de
Chico, Emmanuel, apareceu
pela primeira vez em sua
vida, achava-se ele sob o
domínio de complexa doença
em seu olho esquerdo,
moléstia essa que carregou
consigo até o seu
falecimento.
Depois de ter ouvido seu
benfeitor espiritual, em
diversas reuniões, sobre os
planos de trabalho que a
espiritualidade maior lhe
apresentava, em certa noite
de dezembro de 1931, rogou
Chico ao Espírito amigo
orientação para o seu caso.
Emmanuel, com muito carinho,
recomendou a ele que tivesse
serenidade, confiasse no
auxílio dos amigos da
espiritualidade e não se
afastasse do socorro que a
medicina terrena lhe poderia
proporcionar.
Sem compreender o motivo
daquela orientação, Chico,
com apenas vinte e um anos
de idade, indagou de seu
mentor por que ele, sendo
médium e tendo ao seu lado
um benfeitor que irradiava
tanta bondade e cultura, não
poderia esperar a
intervenção do Plano
Espiritual em seu benefício,
para que pudesse curar-se?
Emmanuel lhe respondeu: “Por
que você receberia
privilégios por ser médium?
A intervenção do Plano
Espiritual está operando a
seu favor, sustentando as
suas forças através do
magnetismo curativo e
secundando a ação dos
oculistas que nos amparam. A
condição de médium não
exonera você da necessidade
de lutar e sofrer, em seu
próprio benefício, como
acontece às outras criaturas
que estão no plano físico”.
(Texto extraído do livro “No
Mundo de Chico Xavier”, de
Elias Barbosa, editado pela
IDE.)
Mais de três décadas depois,
Chico viria afirmar estar
agradecido ao Senhor pela
abençoada doença que
carregara nos olhos, dizendo
que ela, durante todo esse
período, fora um agente
providencial que o induzira
a reflexões e o ajudara a
respeitar o sofrimento dos
outros.