Humberto de Campos, Espírito1, indica que Jesus visitou os céus do Brasil entre os anos 1375 e 1400.
Associando o que se narra nos dois próximos itens, vemos que essas ocorrências curiosas não foram casuais. São desdobramentos de ações planejadas.
1. O livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho1 – recebido em 1938 – indica que foi “(...) no último quartel do século XIV que o Senhor desejou realizar uma de suas visitas periódicas à Terra, (...)”.
E o fez em
companhia de
grande caravana
de Anjos, entre
os quais Helil
(Ismael), a quem
recomendou ser
“(...) o
“— Para esta
terra
maravilhosa e
bendita será
transplantada a
árvore do meu
Evangelho de
piedade e de
amor. No
“Foi
2. Em livro escrito em 19362, o sociólogo e historiador Sérgio Buarque de Holanda assinala:
“No Brasil, a
“O
estabelecimento
dos
Tupis-Guaranis
pelo litoral
parecia ter
ocorrido em data
relativamente
recente,
“Ainda
“E é
significativo
que a
colonização
portuguesa não
se tenha firmado
ou prosperado
muito fora das
regiões antes
povoadas pelos
indígenas da
língua geral.
Estes, dir-se-ia
que apenas
prepararam
terreno para a
conquista
lusitana.
Poucos países apresentam a mistura de povos e culturas como o Brasil
Esses fatos indicam, claramente, a intervenção espiritual nas ações humanas, e, neste caso, destaca-se a participação dos indígenas, que bem cumpriram seus papéis, não só facilitando essa ocupação do litoral pelos portugueses, mas com seu trabalho escravo – grande número deles sucumbiu, não resistindo aos maus-tratos e aos esforços despendidos. E quase não se divulgam esses fatos!
As mulheres índias – até então, únicas mulheres nesta nova terra – foram as mães generosas dos ‘primeiros’ brasileiros mestiços, filhos delas com europeus.
Extraordinária, ainda, a influência na formação da língua falada no Brasil e nos hábitos alimentares, que perduram até hoje e prosseguirão tempos afora!
3. Há características de nosso país que o diferenciam acentuadamente de outros povos, de outras nações.
“Poucos são os
que destacam a
mistura de povos
e culturas que
há aqui. Caso
único no Mundo.
São realmente
uma coisa
estranha essas
misturas, não
apenas no
sangue, mas nos
vários aspectos
culturais. Aqui
se misturam
religiões, artes
plásticas,
músicas,
culinárias etc.
As
variabilidades
de
No Brasil o
4. Resumo de artigo de S. Xavier4, que registra algumas marcas de nossa personalidade coletiva:
– A mistura
étnica favorece
– A quase
– As numerosas
– A
– A mediunidade
realiza aqui
– Nosso
ingresso no
Para o estrangeiro, o melhor do Brasil é o povo, mais do que as praias e o clima tropical
5. “Fachos de luz do Brasil acordam tripulantes da Mir”5 — [Mir, em russo, significa simultaneamente paz, mundo e universo. Foi a primeira estação orbital de pesquisa científica habitada por longo prazo, no espaço.]
Em
Atribuem-nas ao
Cientistas (...)
não encontram
6. “Um jeito brasileiro de ser” é o título de uma reportagem da Revista ISTOÉ6. Eis alguns excertos:
“Para o estrangeiro, o melhor do Brasil é o povo, mais do que as praias, a natureza e o clima tropical.”
O país do mar,
sol, carnaval e
futebol é
admirado aqui e
lá fora pelos
seus 8,5 milhões
de quilômetros
quadrados de
corpo belíssimo.
Turistas estrangeiros vêm para cá atraídos pelas praias em primeiro lugar (31%), pelo clima tropical em segundo (20%) e pela beleza natural do País em terceiro (16%). Apenas 8% citaram o povo brasileiro como razão de vir ao Brasil para suas férias.
Na saída, essa equação se inverte. Ao deixarem o País, mais da metade dos estrangeiros constata, diante da pergunta ‘O que tem de mais positivo no Brasil?’, seu povo (52%). A alma do nosso país passa a ser vista como nosso grande patrimônio e o corpo surge em segundo lugar: as praias e o mar (28%); beleza natural do País (22%); e o sol e o clima tropical (19%). É o que revelou pesquisa com 1.203 turistas no Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza e Manaus, pelo Instituto Vox Populi, encomendada pelo Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), ligado ao Ministério do Turismo.
Um professor alemão diz que “o que mais se admira no Brasil são os brasileiros, que ele descreve como ‘crianças crescidas’. São pessoas puras, muito amistosas e de coração aberto. Não temos esse tipo de coisa na Europa”.
Apesar da pobreza e da violência que os faz vítimas constantes, os “gringos” saem encantados com os brasileiros, que para eles são “amigáveis, alegres, felizes, simpáticos, amáveis, cordiais”. Sentem-se bem acolhidos, pois o povo os recebe de “forma afável e prestativa”.
Os estrangeiros veem nos brasileiros uma grande tolerância com outras religiões e costumes
Um dos maiores antropólogos do País, Roberto Damatta, brinca ao saber da pesquisa: “Só nós é que não vemos isso”. Considera “gratificante” o resultado do estudo, “principalmente para aqueles que como eu sempre escrevi a favor do Brasil”. Trata-se de visão insuspeita, segundo Damatta. “Isso mostra que o custo Brasil não é só negativo.” Segundo ele, os estrangeiros sentem no País uma abertura para o novo e sentem que o brasileiro tem grande capacidade de gerenciar diferenças.
(...) Em vários momentos, a pesquisa demonstra que a melhor lembrança que os turistas levam para casa é a do povo brasileiro.
(...) Os estrangeiros veem nos brasileiros uma grande tolerância com outras religiões e costumes, ao contrário de muitos povos no conturbado mundo de hoje; 94% concordaram com a afirmação “O povo brasileiro é respeitoso e aberto aos estrangeiros”.
Essa facilidade do brasileiro em abraçar povos diferentes pode encontrar explicações no “cunhadismo” – que, segundo Darcy Ribeiro em seu livro O povo brasileiro, é a instituição social que possibilitou a formação do nosso povo. Tratava-se de antigo hábito dos índios de incorporar estranhos à aldeia.
7. Darcy Ribeiro, em seu livro “O povo brasileiro – A formação e o sentido do Brasil”7, escrito e reescrito ao longo de trinta anos, como “(...) um gesto meu na nova luta por um Brasil decente”, fala do brasileiro como uma etnia nova, formada por índios, africanos e europeus:
“(...) um povo novo, feito de gentes vindas de toda parte”. “(...) a grande herança histórica brasileira é a façanha de sua própria constituição como um povo étnica, nacional e culturalmente unificado”.
“No Brasil, de
índios e negros,
a obra colonial
de Portugal foi
também radical.
Seu produto
verdadeiro não
foram os ouros
afanosamente
buscados e
achados.
(...) Seu
produto real foi
um povo-nação,
aqui plasmado
principalmente
pela mestiçagem,
que se
multiplica
prodigiosamente
como uma morena
humanidade em
flor, à espera
de seu destino.
Claro destino,
singelo, de
simplesmente
ser, entre os
povos, e o de
existir para si
mesmos.”
Assinala que o escreveu “movido por razões éticas e por um fundo patriotismo (...) que aspira a influir sobre as pessoas, que aspira a ajudar o Brasil a encontrar-se a si mesmo”.
Dorival Caymmi conclui a belíssima letra de ‘João Valentão’ com os versos:
“E assim
adormece esse
homem
Que nunca
precisa dormir
pra sonhar
Porque não há
sonho mais lindo
Do que sua
terra, não há!”
Nosso renomado antropólogo, Darcy Ribeiro (1922-1997) – em sintonia com essa poética declaração de amor ao Brasil – conclui seu precioso livro com o formidável texto:
“Estamos nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida. Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta à convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais bela e luminosa província da Terra”.
Haverá, certamente, outras ocorrências marcantes, relativas à Pátria do Evangelho! Destacamos aquelas que são de nosso conhecimento. Quem souber de outras que mereçam ser divulgadas, que as apontem!
Referências bibliográficas:
1.
XAVIER,
Francisco C.
Brasil,
2.
HOLANDA, Sérgio
Buarque de.
Raízes do Brasil.
10 ed.
3. CHAGAS, Aécio P. e VICHI, Eduardo J. S. REFORMADOR, Rio de Janeiro, v.111, p. 208/210, jul. 1993: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho?”;
4. Boletim SEI 1673, de 22.04.00;
5.
Reportagens da
Folha de
6. Revista ISTOÉ, Edição 1840, de 19.01.2005, reportagem com o título: Um jeito brasileiro de ser, das jornalistas Ana Carvalho e Florência Costa (Colaborou Celina Côrtes);
7.
RIBEIRO,
Darcy. O
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