Já contei, em algumas
oportunidades, que passei a
ler casos da vida de Chico
Xavier quando conheci
Jerônimo Mendonça, o Gigante
Deitado.
Exemplo de otimismo, embora
tetraplégico e cego, passava
dois terços do ano em
caravana pelas cidades
pregando sobre a Justiça e a
Misericórdia Divina.
Jerônimo tinha por hábito,
antes de sair para suas
palestras, pedir para que
abrissem alguma mensagem
para que fosse lida antes da
oração. Não raras vezes, era
sobre a vida de Chico.
Como eu tinha muita
dificuldade para me
concentrar para uma boa e
verdadeira prece, passei a
adquirir esse hábito e, com
isso, fui me afeiçoando à
vida desse querido apóstolo
brasileiro.
Entre as histórias que li,
em mais de trinta obras
sobre a vida do medianeiro,
muitas me comoveram e com
elas muito aprendi. Algumas
me marcaram muito, mas não
me recordo da fonte, o que,
para um repórter amador, é
um grande erro. Então não
publico. É o caso, por
exemplo, de visitas que o
Chico recebia de um
Espírito, que vinha em forma
satânica, com um chicote na
mão, para castigá-lo, todos
os dias.
Um dia, Chico teria
dialogado com o irmão em
desequilíbrio, dizendo que
marcasse uma hora para “as
surras”, sem questionar as
justificativas, para não
atrapalhar seu compromisso
com Jesus.
Hoje encontrei uma história
semelhante, com fonte, que
divido com vocês. Está
registrado no livro “Kardec
Prossegue”, de Adelino
Silveira, editora CEU. Segue
a história:
Ao lado de nosso plano de
vida, tem outro que exerce
sobre nós continuado efeito
de atração, de ímã. Certa
vez me apareceu um espírito
das trevas que disse, para
minha surpresa, dedicar-me
estima muito grande. Por
isso, queria que fosse
fazer-lhe, e aos seus,
companhia.
Vendo que o espírito estava
sendo sincero e que não
deveria magoá-lo,
respondi-lhe:
- “Agora não há condições.
Quem sabe mais tarde”.
Ele voltou a insistir:
- Eu quero agora.
Respondi-lhe então:
- “Olhe, o senhor não se
aborreça comigo não.
Peço-lhe desculpar-me, mas
agora não posso. Tenho um
patrão muito bom, que não me
deixa faltar nada e eu quero
e preciso ser fiel a ele.
Temos ainda muito trabalho.
Se eu o abandonar, o senhor
ficará alegre comigo agora,
mais tarde poderá achar que
não tive integridade; que
abandonei um patrão que era
muito bom para mim, não é
mesmo? Quando eu
desencarnar, se Jesus
permitir, passo uns tempos
com vocês”.
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