ALESSANDRO VIANA
VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga,
SP(Brasil)
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Festividades no
lar
Passamos a maior
parte do tempo
em nossa moradia
familiar. É
nesse local
abençoado que
convivemos com
os nossos
familiares, com
quem temos
compromissos
assumidos na
atual
reencarnação.
Os Espíritos
superiores nos
ensinam que a
família é uma
instituição de
cunho divino
para que a vida
se aprimore.
Devemos
analisar,
periodicamente,
como anda a
qualidade das
nossas relações
no ambiente
doméstico, que
deve estar
pautada pela
ternura e pelo
diálogo, com o
escopo de
facultar-nos os
melhores
aprendizados.
Na atualidade,
em virtude do
materialismo
vigente, há
muita
preocupação com
os aspectos
materiais do
templo familiar.
Preocupamo-nos
com as reformas
periódicas da
casa, tais como,
pintura,
construção de
novos cômodos,
revisão da parte
elétrica e
hidráulica, sem
falar nas
mobílias e
enfeites que
embelezam a
residência.
Quem tem
condição,
contrata um
profissional
para manter a
casa limpa e
organizada, a
fim de que ela
esteja sempre
agradável e
acolhedora.
Com a acentuada
criminalidade
dos dias
modernos,
investimos em
segurança para
preservar o
patrimônio,
sendo que
contratamos
guarda-noturno,
empresas de
vigilância,
seguro
residencial e,
quando possível,
colocamos alarme
e cerca
elétrica.
Quanto
investimento
para cuidar do
aspecto material
da vivenda
familiar.
Registre-se que
tais cuidados
são importantes
e devem fazer
parte da pauta
das nossas
decisões
familiares.
Todavia, à luz
da veneranda
religião
espírita, temos
que nos
preocupar com o
ambiente
espiritual da
nossa moradia.
Sabemos que as
casas podem ser
furtadas por
ladrões
oportunistas,
mas também podem
ser invadidas
por Espíritos
inferiores que
desejam
desestabilizar a
vida daqueles
que lá moram, ou
podem ser
“pichadas” por
vibrações de má
qualidade, que
afetarão, num
determinado
grau, a saúde
física e
espiritual dos
seus
integrantes.
Dessa forma, uma
das
recomendações da
espiritualidade
superior é a
realização do
evangelho no
lar, quando
elegemos um dia
e horário da
semana para orar
em família e
fazer breve
comentário do
evangelho ou de
uma lição de
cunho
evangélico. Se
não for possível
a presença de
outros
familiares,
faremos sozinho
o evangelho no
lar, que deve
durar em torno
de dez a quinze
minutos.
Tal hábito ajuda
a manter as
defesas
espirituais do
lar em razão da
renovação
fluídica que
promove,
tornando mais
difíceis as
investidas dos
Espíritos
inferiores, ao
passo que
atrairá a
presença dos
benfeitores
espirituais.
Frise-se que
será
imprescindível a
renovação moral
e mental dos
integrantes da
família, ou
daquele que
esteja
interessado em
melhorar-se
espiritualmente,
porque a fonte
emissora das más
vibrações provém
da própria mente
daqueles compõem
a família.
O Espírito André
Luiz, através da
mediunidade de
Chico Xavier,
nos ensina
acerca dos
denominados
vibriões mentais
que, em virtude
do nível de
pensamento dos
encarnados,
podem infestar o
ambiente
familiar em que
vivemos, assim
como as boas
ideias, as
atitudes
fraternais podem
harmonizar
espiritualmente
a nossa casa.
Quando há
diversas pessoas
vivendo no lar,
é importante que
pelo menos uma
delas se esforce
por cultivar o
evangelho no
coração e nas
atitudes, a fim
de contribuir
para a harmonia
do ambiente com
a sua boa
vibração, que
atrairá o
concurso dos
Espíritos
nobres.
Entretanto,
muitos
indivíduos
mantêm o hábito
do evangelho no
lar e se
esforçam por
cultivar uma boa
vibração
pessoal, mas
alguns descuidam
da proteção
espiritual do
lar quando o
assunto diz
respeito às
festividades.
São diversas as
festividades que
marcam as nossas
vidas. Temos os
aniversários, as
festividades
sazonais (natal,
ano novo, páscoa
etc.), os
casamentos, os
jogos de futebol
e as festas
ocasionais.
Será que temos
nos preocupado
com a “sujeira
espiritual” que
ficará em nossa
casa após o
término da
festividade?
Trago à baila a
exortação do
Espírito Camilo,
que consta da
obra “Minha
Família, o Mundo
e Eu”, no
capítulo “Em
tuas festas
familiares”,
psicografada
pelo médium Raul
Teixeira.
O benfeitor nos
alerta para o
fato de que cada
indivíduo, pelo
seu modo de
pensar, agir e
de ser, leva
consigo o campo
psíquico que é
capaz de gerar,
de tal sorte que
levará sua
produção
espiritual que
influenciará o
local onde
esteja.
Esse alerta nos
faz pensar se
temos tido o
cuidado
necessário ao
escolher as
pessoas que
levamos para
dentro de nosso
lar.
Camilo assevera
que: “Se
anelar comemorar
qualquer uma das
datas de boa
evocação
familiar, guarda
cuidado com os
tipos de pessoas
que albergarás
sob o teu teto,
dando-te conta
de que cada uma
delas deixará
impregnada no
psiquismo do teu
lar a sua
contribuição
vibratória, seja
de boa ou má
qualidade”.
O espírita, pelo
conhecimento
haurido, deve
ter mais
responsabilidade
nas festas que
realiza,
evitando
exibir-se para
os pares
sociais,
abarrotando a
mesa de comidas
e guloseimas,
que depois irão
parar nos lixos.
Da mesma forma,
não devemos
ofertar bebida
alcoólica nas
festas que
realizamos e não
devemos permitir
que os
convidados a
tragam à nossa
casa, pois
estamos cientes
dos malefícios
físicos e
espirituais que
esse hábito
gera, não nos
preocupando se
determinadas
pessoas não
estarão
presentes na
festividade por
conta dessa
exigência. As
pessoas devem
vir à nossa casa
não em função
dos apelos do
álcool, mas em
razão da causa
da festividade
ou pela conversa
agradável.
Ademais, convém
registrar que
até o nível das
conversas terão
importância na
boa ou má
vibração que
ficarão em nossa
moradia
familiar.
Camilo ainda nos
orienta: “Com
a mente
encharcada de
alcoólicos e o
estômago
cumulado de
graxas e de
temperos, mais
fácil será o
estabelecimento
dos contatos
mentais com
desencarnados em
situação
precária, em
sentido moral. O
teu lar passará,
então, a acolher
entidades
vinculadas aos
teus convivas
que, por sua
vez, derramarão
miasmas em teu
ambiente
familiar, no
seio do teu lar,
causando
alterações
significativas
àquele clima
espiritual que
desejaste
envolvesse os
teus dependentes
afetivos, em
casa. É comum
que, passadas
tais festas,
irrompam
depressões,
irritações e
aborrecimentos
por nonadas, que
podem redundar
em lamentáveis
incidentes ou em
dolorosos
acidentes”.
A observação de
Camilo deixa
claro que os
convidados
viciosos irão
embora, mas
deixarão sua
marca psíquica
no lar, isto é,
suas vibrações
de má qualidade,
que poderão
atrair a
presença de
Espíritos
equivalentes.
É lógico que
numa festa,
mesmo sem bebida
alcoólica ou
comida
exagerada,
poderá vir um
convidado que
cultive péssimos
pensamentos, mas
o importante é
que nós, os
cristãos, que
estamos
promovendo a
festividade, não
contribuamos,
direta ou
indiretamente
para essa
ocorrência
infeliz ao
permitirmos o
álcool, o
exagero
alimentar ou a
conversa
leviana.
Quando temos um
lar equilibrado
e não
contribuímos
para as citadas
ocorrências
indesejadas,
certamente as
vibrações de má
qualidade
eventualmente
deixadas em
nosso lar não
encontrarão
ambiente de
sustentação e
serão
dispersadas ou
anuladas.
Consigne-se que
semelhante
advertência
consta do livro
“Vereda
Familiar”, do
Espírito Thereza
de Brito, também
pela psicografia
de Raul
Teixeira.
A querida
benfeitora aduz
que
devemos nos
preocupar com a
aura vibratória
da família,
acautelando-nos
quanto às formas
de comemorações
que venhamos a
adotar, sob pena
de abrirmos as
portas
vibratórias de
nossa habitação
às mentes
viciosas,
encarnadas ou
desencarnadas.
Thereza de Brito
também salienta
que devemos
evitar o
estridor dos
sons
perturbadores,
que, aliás,
significa
respeito aos
nossos vizinhos.
Todas essas
cautelas, diz
ela, evitarão a
vergonha do dia
seguinte e
deixarão uma boa
orientação aos
nossos filhos.
Aliás, muitos
filhos aprendem
a consumir
bebida alcoólica
nas festividades
do lar, sendo
que os pais
assumirão, por
conta disto,
compromissos
perante as leis
divinas.
Muitos poderão
pensar que
diante dessas
orientações as
nossas festas
ficarão sérias e
sem graça, mas é
possível
alegrar-se de
forma saudável,
mantendo o riso,
a música e a boa
conversa.
Vejamos a
observação do
Espírito Camilo
na citada obra:
“Deves, sim,
abrir as portas
do teu reduto
familiar e
receber os
amigos e amores
da tua alma, com
o propósito de
sorrir, cantar e
de fortificar os
laços do
bem-querer e da
fraternidade,
sempre louvando
o Criador pelo
que te motivou a
festividade, sem
que te condenes
com a tua
realização. Que
os teus
convidados,
assim, comam e
bebam, que
cantem e bailem
– pois tudo isso
compõe o mosaico
da tua
existência
terrestre
–, porém,
resguarda o teu
lar dos
escândalos e das
impregnações
aviltantes,
quando se
misturam os
fluidos
desarmonizados
dos encarnados e
dos
desencarnados,
que se poderão
tornar venenosas
poções a
danificar os
projetos de vida
feliz que
trouxeste para a
Terra, por causa
das tuas
impensadas
festas”.
Reflitamos e que
possamos ter
mais vigilância
na proteção
espiritual do
nosso reduto
familiar, em
nome da paz e da
felicidade que
desejamos para
nós e para o
mundo, em clima
de fidelidade
aos ensinos
morais trazidos
por Jesus, o
modelo e guia de
nossas vidas.