Juventude e
aproveitamento
"O dever é
obrigação moral,
diante de si
mesmo primeiro,
e dos outros em
seguida.” ( ESE,
Cap. XVII, item
7)
Nos primeiros
tempos de
juventude, tudo
são descobertas,
novidades e
desafios...
Nesta nova etapa
são tantas as
informações que
chegam e muitas
decisões a
tomar.
De que grupo
social se fará
parte?
Com quem e como
se apresentar no
palco da vida?
Às vezes, o
certo nos parece
errado e
vice-versa...
Nesta fase da
vida, em busca
da afirmação de
si mesmo, se
contraria aos
pais, tios,
avós,
professores,
afinal, o que se
quer é ser
livre, ser
construtor do
próprio destino.
De um momento
para o outro,
também, o jovem
se crê
”desencaixado”
dos grupos
sociais dos
quais faz parte,
na descoberta
que passa a ter
de si mesmo,
pouco a pouco.
Transita entre a
revelação de sua
própria
identidade e as
exigências do
meio em que
vive.
O indivíduo na
etapa juvenil
aspira a um
mundo só seu com
regras próprias,
onde define seu
jeito de viver,
vestir, gostos
etc. Nesse
simbólico alguns
de seus pares
tem acesso e,
talvez, mais
ninguém.
Tudo isso é algo
muito natural,
nesta fase de
desenvolvimento
psicológico do
sujeito jovem.
Em primeiro
lugar, porque
ele quer
conquistar o seu
espaço no mundo,
nesse processo
de individuação
e, em segundo
lugar, porque
nessa fase se
costuma crer que
ninguém o
compreende como
ele quer ser
compreendido.
Contudo, lidar
com as
dificuldades de
compreensão e
diálogo com as
outras gerações
não é algo
fácil; algumas
vezes o jovem
tende a
enveredar para o
isolamento,
fechando-se em
restrito círculo
de convivência e
até de solidão
excessiva,
portanto,
perniciosa.
Ocorre também
que se quer
aproveitar ao
máximo a
"juventude",
porque tudo
passa rápido e é
frágil na lógica
social
instaurada em
nossos dias, sob
os cânticos de
sereia do
materialismo.
Nesse contexto,
fruir, gozar,
curtir parece
ser o caminho
único a ser
trilhado pelos
indivíduos
inexperientes.
Em razão disso,
não é incomum
que se cometam
grandes enganos
e se depare com
dores, que
poderiam ter
sido evitadas,
se a rebeldia
desnecessária
não tivesse
impedindo-o de
ouvir um pouco
mais quem se
apresenta com
mais experiência
nas vivências
terrenas de
agora.
*
Jovem, as
conquistas em
teu roteiro
existencial
devem ser
realizadas com
responsabilidade,
respeito à vida,
à família e
principalmente a
ti mesmo, à tua
condição de
filho de Deus.
Ao jovem
espírita o
compromisso se
delineia como
mais profundo,
pois que sabe da
importância que
tem a atual
existência para
o Espírito
imortal.
Compreende que a
cada
reencarnação é
presente dado
por Deus com
novas
oportunidades de
aquisições
intelectuais e
morais.
Aprende a estar
com Jesus,
meditando e
aplicando o Seu
Evangelho
elucidado pelos
Numes Tutelares
como encontramos
nos textos de
Allan Kardec.
Lembra, porém,
que para estar
com Jesus não há
necessidade de
fugir do mundo,
apenas não
escravizes a tua
vida moral à
realidade
material,
perdendo-te de
ti mesmo.
Seria muito bom
que viestes a
considerar a
orientação de um
Espírito
Protetor. "Sede
felizes segundo
as necessidades
da humanidade,
mas que em vossa
felicidade não
entre jamais um
pensamento, nem
um ato que possa
ofendê-lo, ou
fazer velar a
face daqueles
que vos amam e
vos dirigem.
(...)"
(1)
Aproveita, com
bom senso, as
descobertas
incontáveis que
a juventude te
permite, mas de
maneira
consciente e sob
as diretrizes de
Amigo Celeste
Jesus.
Procura
compreender a
preocupação
daqueles que te
dirigem os
passos, por
hora, uma vez
que são
corresponsáveis
diante de Deus
pelo teu êxito
na atual
reencarnação,
guardando o
compromisso
sagrado de
orientar-te no
rumo do dever e
do bem.
Escuta com plena
atenção os teus
pais, aproveita
os ensinos
deles, ainda que
possam ser
simplórios à tua
inteligência
supostamente
arguta; afinal
de contas, a
vida no corpo é
transitória e
nem sempre os
terás perto de
ti.
Observa que
juventude é
momento de
semeadura, tempo
de colocar na
terra de teu
coração as
lições do bem e
da virtude para
que, na vida
adulta e no Mais
Além, gozes dos
resultados da
colheita do bem
que tens o dever
de cultivar
agora em teu
mundo íntimo,
com a
colaboração
inestimável
daqueles que te
orientam a
caminhada.
Por fim, parece
ser preciso
compreender a
transitoriedade
da juventude do
corpo e
considerar o
sentido da atual
reencarnação
para ti mesmo,
como filho de
Deus que és.
Jovem amigo,
recorda que em
todas as
circunstâncias
da vida, nada
obstante os
conflitos e
desafios que se
acerquem de tua
alma, o futuro
espera de ti o
aproveitamento
espiritual das
vivências
encetadas em tua
família e no
mundo.
(1)
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
Cap. XVII, item
10.