Qual frase está correta?
A locução adverbial de
todo significa:
completamente, totalmente e
é invariável.
Em face disso, devemos
escrever da seguinte forma:
-
A avaliação feita pelos
economistas não é de
todo errada.
-
O que João fez está
de todo errado.
-
As decisões do governo
estão de todo
equivocadas.
-
Maria naquele momento
estava de todo
confusa.
Lembremos, porém, que a
locução de todo,
invariável, como foi
dito, nada tem que ver com a
palavra todo. Esta
palavra, usada como adjetivo
ou com valor de advérbio,
deve concordar com o nome a
que se refere.
Exemplos:
A casa ficou toda bagunçada.
As meninas estavam todas
agitadas.
Quanto aos garotos, entraram
todos nervosos.
A jovem noiva entrou no
recinto toda faceira.
Móveis
todos novos indicavam que
tudo ia bem.
*
Reportando-se ao texto aqui
publicado na edição 298, um
leitor perguntou-nos por que
a frase “Precavenham-se
contra esse intruso” foi
substituída pela
frase “Acautelem-se contra
esse intruso”.
A razão é simples. O verbo precaver é
defectivo; não possui as
formas verbais do subjuntivo
e apresenta, no imperativo,
uma única forma verbal:
precavei. O motivo de não
possuir as formas verbais
pertinentes ao subjuntivo é
porque no presente do
indicativo – de que derivam
o subjuntivo e o imperativo
– só apresenta as formas
verbais: precavemos (nós)
e precaveis (vós). Portanto,
não existe a palavra
precavenha, que, caso
existisse, pertenceria ao
subjuntivo e, por extensão,
ao imperativo.
Diferente é a situação do
verbo acautelar,
que apresenta conjugação
regular e tem todas as
formas verbais que
escasseiam no outro. O verbo
acautelar significa: usar de
cautela, precaver-se,
resguardar-se.