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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 301 - 3 de Março de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Destino

André Luiz

(Parte 20)

Damos continuidade ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Em face da agressão recebida de Moreira, qual foi a reação de Marina?

Marina experimentou irreprimível mal-estar. Empalideceu. Sentiu-se sufocar, registrando todos os sintomas de quem recebera forte pancada no crâ­nio. Os Torres, pai e filho, perceberam-lhe a vertigem e acorreram, pressurosos. Nemésio atribuiu o desmaio à falta de descanso, após uma noite de vigília ao redor de Beatriz. Gilberto trouxe-lhe água fresca e telefonou para o médico. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo IV, pp. 205 e 206.)

B. Qual o motivo do desespero de Moreira ante a iminência da morte de Marita?

A notícia de que Marita estava prestes a desencarnar feriu Moreira nas últimas fibras. Ele não se resignava à ideia de perdê-la no plano físico, porque Marita, inconscientemente, despendia recursos fluídicos que se casavam com os dele, fornecendo-lhe sensações de euforia, robustez. E ele retirava dela os estimulantes mentais que lhe vigorizavam a masculinidade, tanto quanto se valia habitualmente de Cláudio, para viver na Terra como qualquer ser humano. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IV, pp. 209 e 210.)

C. Que fato fez com que Moreira parasse de importunar a jovem Marina?

Isso se deu graças ao irmão Félix, que, inteirado de tudo o que acontecera, chegou de repente ao local onde Marina estava e, à feição de um pai que reencontra o filho, abriu os braços para Moreira. Feito isso e sem qualquer gesto que lhe censurasse a deserção, Félix apelou para o ex-vampiriza­dor com absoluta confiança: "Ah! meu amigo, meu amigo!... Nossa Marita!...", informando-o de que a jovem piorara muito desde o momento em que ele, Moreira, se afastara. Marita necessitava dele, esperava por ele, a fim de aliviar-se. Ante tais frases, que o atingiram no fundo, Moreira acudiu, incontinenti, regressando ao hospital em com­panhia de Félix e André. Em consequência, Marina ficou aliviada do assédio do infeliz Espírito. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IV, pp. 213 e 214.) 

Texto para leitura 

96. André é hostilizado por Moreira - Em face da agressão recebida de Moreira, Marina experimentou irreprimível mal-estar. Empalideceu. Sentiu-se sufocar, registrando todos os sintomas de quem recebera forte pancada no crâ­nio. Os Torres, pai e filho, perceberam-lhe a vertigem e acorreram, pressurosos. Nemésio atribuiu o desmaio à falta de descanso, após uma noite de vigília ao redor de Beatriz. Gilberto trouxe-lhe água fresca e telefonou para o médico. O impacto no ambiente espiritual não foi menos constrangedor. Neves fitou André, irrequieto, como a rogar socorro para não explodir. Uma das senhoras desencarnadas, que aguar­dava o momento de acolher Beatriz, liberta, abordou André, pedindo providências. Moreira e os comparsas despejavam ditérios e obscenida­des, injuriando a dignidade do recinto, depois de haverem burlado a vigilância mantida em torno da casa. Em determinadas terapêuticas, lembrou André, não se pode restabelecer a normalidade orgânica senão removendo o centro da infecção, e ali o pivô da desarmonia era Marina. Afastada a moça, retirar-se-iam com ela os agentes da desordem. Foi o que André fez. Abeirando-se da menina, suplicou-lhe que saísse. Fosse re­pousar. Não teimasse ante a solicitação, em seu próprio proveito. Ma­rina obedeceu a contragosto. Pediu licença aos amigos, a fim de espe­rar o médico na dependência dos fundos, e retirou-se, acompanhada por André. Moreira, contudo, o hostilizou, interpelando-o. Por que nutria simpatia pela jovem que ele, Moreira, detestava? Por que se interes­sava por alguém que ele chamava de bisca, bonita por fora e devassa por dentro? (2a parte, cap. IV, pp. 205 e 206)

97. Marina expõe seu íntimo a Moreira - Após ser crivado de con­siderações repassadas de fel e desafiado a esclarecer os motivos de sua conduta, André Luiz disse a Moreira que Marina, apesar de tudo, era também filha de Cláudio Nogueira e irmã de Marita, aos quais ambos tributavam calorosa afeição. Qualquer fracasso em prejuízo dela seria desastre para eles. Evidentemente, não lhe cabia reprovar corrigendas; no entanto, por amizade aos Nogueiras, não concordaria em que ela fosse massacrada. Moreira sorriu e observou que as apreciações não eram de todo desprovidas de senso; todavia – embora prometesse amai­nar o desforço – não desistiria da correção. Pediu, então, a seus comparsas que lhe aguardassem as instruções no pátio lateral e seguiu a jovem, segurando-a, descortês. Marina penetrou na câmara, encostou a porta e ajeitou-se no leito. Aspirava a dormir, descansar, mas não conseguiu. Moreira resolveu submetê-la, ali mesmo, a um interrogatório em torno de Marita, para provar a André que ele estava certo em seus propósitos de vingança. O indesejável obsessor, erguido por si mesmo à condição de juiz, pespegou um pejorativo contundente aos ouvidos da moça e reclamou-lhe a opinião sobre Marita. Embora debilitada e presu­mindo monologar, Marina deixou que os pensamentos lhe pululassem do cérebro, sem o travão da autocrítica. Compadecia-se da irmã – admitia –, mas confessava-se agradecida ao destino por se ver livre dela. Lo­gicamente, não teria tido coragem de impeli-la à morte; contudo, se ela própria deliberara desaparecer, sentia-se aliviada. Reportou-se,  então, ao telefonema que Marita, sem declinar o nome, fizera a Gil­berto na noite do acidente. Gilberto fora claro. Ele a julgava dese­quilibrada, neurótica e asseverou certa vez que Marita não servia para casar. Ora, se o jovem Torres não a amava e, por isso, ela resolvera sumir, por que preocupar-se? (2a parte, cap. IV, pp. 207 e 208)

98. O obsessor decide puni-la - Em suas recordações, Marina lem­brou ter ouvido da própria mãe que o médico lhe dissera que o óbito de Marita era questão de dias, mas que nada dissesse a Cláudio, visto o pai encontrar-se esmagado de angústia. Essa notícia feriu Moreira nas últimas fibras. Ele não se resignava à ideia de perder Marita no plano físico. Ela, inconscientemente, despendia recursos fluídicos que se casavam com os dele, fornecendo-lhe sensações de euforia, robustez. Retirava dela os estimulantes mentais que lhe vigorizavam a masculini­dade, tanto quanto se valia habitualmente de Cláudio, para viver na Terra como qualquer ser humano. Frustrado e inconformado, designou Ma­rina com um nome chulo e justificou-se diante de André quanto à deter­minação de puni-la. Na sua meditação, Marina dizia amar a Gilberto, sim; apenas a ele. Descobriria recursos para desvencilhar-se de Tor­res, pai. Anelava desposar o rapaz, ser a sua mulher em casa e mãe de seus filhos. Quando, porém, o esboço do lar futuro se lhe configurou na imaginação, Moreira arremeteu-se contra ela e bramiu: "Nunca!... Você nunca será feliz!... Você matou sua irmã... Assassina! assas­sina!..." Marina experimentou estranho mal-estar. Aquelas palavras percutiam-lhe fundo, como se alguém lhe varasse o pensamento. Ofegou em desassossego e começou a refletir, acerca de Marita, sob novos as­pectos. Debalde tentava impugnar o remorso que se lhe infiltrava na consciência. Gemia em desconforto, e, à medida que Moreira martelava as censuras, às quais aderia por saber-se culpada, passou a perder po­sição. O raciocínio enevoava-se-lhe. O contendor desafiara-lhe a forta­leza, proclamando-lhe as brechas. A fortaleza resistiria, incólume, se fosse inteiriça, mas as brechas existiam e por elas o inimigo lançava petardos de maldição e sarcasmo, gerando a demência e invocando a morte. (2a parte, cap. IV, pp. 209 e 210)

99. O remorso leva Marina às lágrimas - André, em vão, diligen­ciou no silêncio, articulando agentes mentais de auxílio para que Ma­rina se libertasse, mas a jovem jazia desarmada de conhecimento eno­brecedor que lhe pudesse indicar direção diferente. E, assim, à mercê da força que lhe espatifava os recursos psíquicos, sentia-se der­rotada. Da impassibilidade ante o desastre ocorrido com a irmã, transferiu-se à opressão, ao temor. Imaginou, então, que Marita não buscaria o suicídio, se nela houvesse achado uma companheira honesta e piedosa. Rememorou a noite em que divisara Gilberto pela primeira vez. Ele saía de um cinema, em companhia da irmã, amparando-a contra a chuva. Julgou encontrar ali Nemésio Torres mais moço, e apaixonara-se pelo rapaz. Ao sabê-lo aprisionado à irmã, requintara-se nos processos de sedução. Instalando nele a necessidade dela, tornara-o dependente, escravo, manobrando-o inteiramente, o que a irmã, inexperiente e sin­cera, não se animara a fazer. Perante o libelo do juiz inesperado, perguntava-se, agora, pela tranquilidade própria, visto que o exame sereno de suas atitudes indicava ter lesado a si mesma. O remorso figurou-se-lhe, então, broca invisível a verrumar-lhe o crânio. Lágri­mas abundantes lhe subiram do peito aos olhos. O médico, ao chegar, apanhou-a em crise de pranto. Sugerindo-lhe repouso, pres­creveu tran­quilizantes, mas, quando o facultativo saiu, ela retomou o choro con­vulsivo, diante de Nemésio que, intimidado, trancou a porta e tentou confortá-la. Moreira zombeteava, lançando frases ultra­jantes. Nemésio a beijava, referindo-se aos derradeiros arranjos do casamento, que era questão de dias. Diante daquela cena, André convi­dou Moreira a reti­rar-se, mas o obsessor desapiedado, recusando ser julgado, asseverou que detinha tanta culpa na indisposição de Marina quanto a de um bis­turi na ablação de um tumor. (2a parte, cap. IV, pp. 210 a 212)

100. Agrava-se o estado de Marita - André pediu a Moreira lhe auxiliasse, em consideração a Cláudio, a proteger-lhe a filha. Talvez um dia ambos precisassem rogar-lhe ajuda. Por que, então, não ficarem do lado de fora do quarto, resguardando-a? Moreira concordou e eles saíram. Como André lhe pedisse paciência junto dela e de todas as pessoas em distúrbios do sexo, ele riu-se abertamente e comentou, galho­feiro, que não lhe adiantava falar grego, ante as obscenidades que para ele tinham nome próprio, advertindo-o de que, logo que o pai se retirasse, viria o filho. Foi o que aconteceu. Bastou Nemésio Torres sair, e Gilberto entrou no quarto. Chegou, porém, nesse momento, o ir­mão Félix, que, inteirado de tudo o que acontecera, abriu os braços para Moreira, à feição de um pai que reencontra o filho. Sem qualquer gesto que lhe censurasse a deserção, Félix apelou para o ex-vampiriza­dor com absoluta confiança: "Ah! meu amigo, meu amigo!... Nossa Marita!...", informando-o de que a jovem piorara muito desde o momento em que ele, Moreira, se afastara. Marita necessitava dele, esperava por ele, a fim de aliviar-se... Ante tais frases, que o atingiram no fundo, Moreira acudiu, incontinenti, regressando ao hospital em com­panhia de Félix e André. Realmente, a infeliz criatura se estirava em situação lamentável. Escorada por Telmo, que lhe insuflava energias, Marita não lhe assimilava a influência com tanta segurança. Faltava entre eles aquela harmonia necessária às crenas das rodas de engrena­gem determinada, num plano de sustentação. Telmo, rico de forças, apoiando-a, lembrava um sapato novo e precioso em pé doente. Com Mo­reira de volta à tarefa, verificou-se, de imediato, alguma desopres­são, mas a peritonite instalava-se, dominante, aumentando o mal-estar da filha de Aracélia, que gemia sob a atenção atribulada de Cláudio e, graças aos padecimentos físicos, pensava apenas nas próprias dores, contundida, suarenta, amarfanhada. (2a parte, cap. IV, pp. 213 e 214) (Continua no próximo número.)



 


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