A distinção
entre o
bem e o
mal
“– Como se pode
distinguir o bem
do mal?
– O bem é tudo o
que está de
acordo com a lei
de Deus e o mal
é tudo o que
dela se afasta.
Assim, fazer o
bem é se
conformar à lei
de Deus; fazer o
mal é infringir
essa lei.”
(Questão 630, de
“O Livro dos
Espíritos” –
Allan Kardec.)
O mal na Terra
ainda é uma
realidade de
fácil
constatação e
que gera, nos
corações
humanos,
montanhas de
dores e
terríveis
sofrimentos.
O homem sabe,
tendo plena
consciência de
que o mal é a
fonte abundante
do seu
desconforto,
aflição e
tortura, no
entanto, ainda
se sente pouco
motivado ou
disposto a
combatê-lo,
preferindo
seguir a trilha
da sua vida
pelas vielas
sombrias e
indiferentes do
descaso.
Sabe que sofre,
que suas
atitudes
impensadas e
infelizes lhe
causarão ainda
mais problemas,
mas não encontra
forças para
romper esse
círculo vicioso
de errar e
sofrer as
nefastas
consequências.
Ninguém em sã
consciência e
plena lucidez de
raciocínio
poderá afirmar
que desconhece o
caminho de uma
vida pautada no
bem. As lições
imorredouras do
Evangelho de
Jesus, com
abundância, há
mais de dois mil
anos campeiam à
solta por todos
os quadrantes do
mundo,
informando que
somente o bem
tem o poder de
felicitar o
homem. Uma
simples
observação
poderá
identificá-las
com clareza.
Obviamente,
falta à criatura
humana o desejo
e o interesse em
segui-las. Isso,
definitivamente,
exige esforço,
coragem e muita
renúncia, o que
tem desmotivado
muita gente a
repensar os
caminhos que
segue e as
atitudes que vem
tomando,
preferindo tocar
a vida como vem
fazendo, mesmo
diante da
colheita
inoportuna de
tantos revezes.
Identifica-se,
então, ante o
quadro social
que deparamos
atualmente, uma
sensível
imaturidade
espiritual das
criaturas, que
sabem que não
estão bem, que a
forma de vida do
momento não tem
proporcionado a
paz e a
felicidade que
todos querem,
mas sem a
vontade férrea
para as
necessárias e
imprescindíveis
mudanças.
Ainda temos
imensas
dificuldades em
perceber que o
oásis de
serenidade que
tanto sonhamos
somente será
possível quando
todos estiverem
pacificados e
tranquilos. Não
basta que
algumas pessoas
estejam felizes,
será preciso que
a humanidade
inteira esteja
feliz, pois que
a insegurança e
o desconforto de
alguns, por
certo, ameaçarão
a estabilidade
de todos.
Assim, em nossas
atitudes,
comportamentos e
decisões,
precisamos
pensar também
nos outros, no
nosso próximo,
pois que ele é
membro
integrante da
cadeia social a
que pertencemos.
O nosso
bem-estar
nascerá,
obviamente, no
bem-estar de
todos. Portanto,
somente o bem,
vivido em toda a
sua intensidade,
terá a força
necessária
visando
contribuir para
a formação de um
mundo melhor,
mais fraterno,
solidário e
humano.
Passemos a ver o
nosso próximo
como alguém que,
como nós, também
deseja e aspira
pela paz, e
façamos todo o
possível para
que ele alcance
seus objetivos,
e, por
consequência, os
nossos objetivos
serão alcançados
também.
Cultivando o mal
esparramaremos
sofrimentos,
conflitos e
angústias ao
nosso derredor,
e, pela mesma
lei, a de causa
e efeito, tais
sentimentos se
voltarão contra
nós mesmos.
Assim, até por
uma questão de
inteligência e
maturidade,
vivamos no bem,
pois que dessa
forma estaremos
construindo o
mundo que
sonhamos.
Distinguir o bem
do mal é tarefa
simples e fácil.
Façamos ao nosso
próximo tudo
aquilo que
gostaríamos que
nos fosse feito.
Se algo não é
bom para nós,
por certo também
não será para o
nosso irmão.
A criatura
sensata e lúcida
não cogitará
fazer o mal.
Reflitamos...