Controle
universal de
espiritualidade
Embora
kardecista, e
sendo de família
kardecista, nos
meus trinta anos
de estudos e
divulgação da
Doutrina e
assuntos a ela
relacionados,
sempre me causou
espécie, e
voluntária
rejeição, o
apego aos
rótulos. Porque
basta-nos uma
investigação
superficial dos
resultados
negativos deste
apego no
histórico das
grandes
religiões
institucionalizadas
do passado, para
se avaliar com
acerto que, a
qualquer tempo,
a liberdade de
pensamento e o
uso do dom do
raciocínio são
pilares
fundamentais ao
bom desempenho
do ser humano,
em quaisquer
jornadas de
autoconhecimento.
São de grande
auxílio os
exemplos
oferecidos pela
vida no decurso
do cotidiano.
Assim, observo
simples
simpatizantes do
Espiritismo, em
inumeráveis
vezes, dando
melhor exemplo
de
espiritualização
do que outros,
habituados a se
arvorar
orgulhosamente
de espíritas, ou
de conhecedores
ou defensores
dos princípios
kardecistas,
ostentando para
prova,
infelizmente, no
seu dia-a-dia,
nada muito além
do que mero
verniz de
espiritualidade,
tanto em
palavras quanto
em atitudes.
Já mencionei
anteriormente em
meus artigos uma
amiga e irmã
espiritual que
participa de
meus dias no
âmbito
profissional há
vários anos. É
ela, para
menção, um
exemplo digno do
que quero
significar. Não
é espírita,
embora médium
natural. E,
isto, afirma
categoricamente.
Diz-se
simpatizante do
tema, em razão
de discordar,
particularmente,
de alguns dos
pressupostos da
Doutrina.
Todavia, a sua
simpatia, e
mesmo crença
bastante
convicta das
realidades da
vida espiritual,
conforme costuma
explicar à roda
mais próxima de
suas amizades,
se baseia em
vivências, e em
fatos
presenciados –
referencial de
convicção cuja
autoridade se
estabelece por
si. Pois é, a
percepção direta
de uma
realidade, o
maior fator
conclusivo de
que dispomos
para com as
revelações
sucessivas do
aprendizado da
vida, que, no
entanto, não
devem nem podem
ser
compulsoriamente
transmitidos a
outrem, cujo
percurso
exclusivo de
pensamentos e de
experiências
precisamos
respeitar.
É, pois, esta
amável criatura,
um bom exemplo
do que seria uma
espírita ideal,
se oficialmente
se declarasse
confreira dentro
dos círculos do
nosso Movimento.
Pois, aliada às
características
expostas acima,
há a base moral
de sua natureza
sensível e
cristã, sempre
predisposta ao
auxílio aos
outros. Vez
houve em que eu
mesma me
beneficiei deste
seu traço de
altruísmo. Presa
com a família
numa estrada em
hora tardia de
um começo de
madrugada, em
virtude de um
problema
extemporâneo no
carro de meu
marido, para o
qual o seguro
não prestou
concurso
eficiente, foi
bem ela, esta
alma querida,
quem, em comum
acordo com o
esposo, se
abalou sem
hesitar da
enorme distância
da Ilha do
Governador, no
Rio de Janeiro,
para prestar-nos
o auxílio
valioso de que
necessitávamos,
para o
transporte de
volta à nossa
residência, meu
e das crianças,
enquanto
prosseguiam as
complicações
junto ao
deficitário
serviço de
seguro com o
qual
negociávamos.
Exponho a
introdução
explicativa
anterior para
abordar o
conceito de que,
em matéria de
Espiritismo e o
de se ser ou não
espírita, ou o
que concerne ou
não a isto com
maior ou menor
autenticidade,
longe se acha o
raciocínio
deficitário de
alguns que
aludem a uma
espécie de
fórmula pronta –
e, em se
tratando do
trabalho
literário
espírita,
particularmente,
apelando-se
sempre para a
referência da
moda: o
respeitável
Controle
Universal do
Ensino dos
Espíritos!
Já citei
anteriormente, e
o faço novamente
na oportunidade,
a percepção de
que a
transmissão das
realidades
espirituais
obedece a
processo, e não
a qualquer
espécie de
definição
confinada em
obra ou texto
literário de
qualquer
procedência – e
isto o afirmo
tendo todas as
obras de Kardec
como livros de
cabeceira e,
como referência
maior e segura,
pesquisadas,
estudadas e
reestudadas
durante o
decurso de meu
próprio trabalho
literário
mediúnico com as
equipes do
invisível que me
assessoram a
colaboração
modesta. De modo
que, se à época
da Codificação,
na questão 234
de O Livro dos
Espíritos,
apenas
superficialmente
os Espíritos nos
sugerem
estâncias
transitórias de
repouso na vida
invisível, para
estadia dos
desencarnados
até a chegada da
sua próxima
etapa evolutiva,
não quer isto
dizer que não
havia muito mais
a ser revelado,
e a prazo curto.
Inconcebível
que, com o
impulso
irrefreável que
a Doutrina
emprestou à
compreensão
humana sobre os
mundos infinitos
e
esfervilhantes
de vida, e
apenas que,
velado aos
sentidos
ordinários da
matéria, não
sobreviesse a
necessária
continuidade das
novidades
reveladoras das
expansões
infindáveis da
vida do mais
além, pela
sucessão e
gradativa
ampliação do
trabalho
mediúnico
inaugurado
outrora com a
pedra
fundamental das
obras de Kardec!
O parâmetro
essencial a uma
avaliação
correta da
autenticidade de
procedência de
uma obra dita
mediúnica, deste
modo, e segundo
preconiza o
próprio CUEE, é
a concordância
de variadas
fontes
desconectadas
para a
informação ou
revelação de
alegada origem
espiritual. Se,
portanto,
médiuns de
localidades
absolutamente
disparatadas uns
dos outros, e
sem a mais
remota chance de
contato ou de
diálogo, ou
conhecimento
posterior,
transmitem
mensagens cujo
conteúdo é
portador de
inegável
estatura moral,
ainda
coincidindo em
termos de
contexto - como
no aludido caso
das colônias
espirituais,
mencionadas
tanto por André
Luiz, pela
mediunidade de
Chico Xavier,
quanto por
muitos outros
Espíritos
através da
mediunidade de
diversos
trabalhadores da
seara literária
espírita – eis,
aí, o
comprobatório
razoável da
veracidade do
que se é
veiculado para
conhecimento de
quem estagia na
materialidade.
Do mesmo modo,
no entanto,
entenda-se que a
referência
segura de
qualidade íntima
para que este ou
aquele se afirme
espírita, ou
espiritualista,
ou
espiritualizado,
ou autoridade de
tribuna ou
dirigente digno
de almas
buscadoras da
fonte iluminada
das revelações
incessantes da
Espiritualidade
trabalhadora em
prol da vida
manifesta nos
círculos da
matéria, é
exemplo e
exemplo!
Largueza de
entendimento, de
sensibilidade, e
de percepção que
eleve o
indivíduo ao
nível inerente
aos Espíritos
comunicantes,
pois, de onde
operam, em
absoluto, não
priorizam
deter-se
encarniçadamente
nalguma caça às
bruxas da era
atual, em busca
de indivíduos ou
obras que podem
ou não ser ditas
espíritas, ou
fiéis a Kardec,
ou mesmo aos
requisitos do
CUEE!
Um outro
controle – um
Controle
Universal de
Espiritualidade
– que nos
indicia o
espírita mais
fidedigno, meus
amigos e
confrades, é, e
será a qualquer
tempo, o
exemplo, do ser
encarnado ou
desencarnado,
afim à atitude
espiritualizada,
nos detalhes
mais ínfimos do
cotidiano. É a
obra literária,
ou trabalho
espírita, que
espelhe, nada
mais, nada
menos, do que
ressonância para
com o que as
promessas do
Cristo nos
sugeriram, dois
mil anos atrás!
E estas
promessas nos
falaram de Vida
eterna e
abundante, pela
magnificente
bondade do
Criador e nos
iniciaram na
realização da
Verdade Maior e
definitiva de
que não somos
detentores de
nada; nem de
veredictos
pessoais
definitivos
contra as
atitudes e
intenções do
nosso próximo,
e, menos, da
palavra final
sobre a
grandiosidade
das realidades
do Universo,
cuja soleira mal
logramos
alcançar, tanto
com o nosso
entendimento
extremamente
restrito das
coisas da
matéria, quanto
mais daquilo que
se refere ao
Infinito!