O destino do
corpo físico
Foi entre os
anos de 1914 e
1945 que a
Humanidade
terrena sofreu
dois dos piores
momentos vividos
na era cristã: a
1ª e a 2ª Guerra
Mundial. Nos
tempos de
conflito, os
exércitos
mantinham em
forte
funcionamento os
campos de
concentração,
para manter em
confinamento
qualquer pessoa
que se opusesse
contrária às
ordens já
determinadas e
muitas delas
eram utilizadas
como moeda de
troca com o país
inimigo.
Em 1942, a
partir da
declaração de
guerra do Brasil
aos países do
Eixo, o governo
brasileiro criou
vários campos de
concentração
para cidadãos
alemães,
italianos e
japoneses,
considerados
suspeitos de
atividades
antibrasileiras.
Os campos
“oficiais” eram
doze: Daltro
Filho (RS),
Trindade (SC),
Presídio de
Curitiba (PR),
Guaratinguetá
(SP),
Pindamonhangaba
(SP), Bauru
(SP),
Pirassununga
(SP), Ribeirão
Preto (SP),
Pouso Alegre
(MG), Niterói
(RJ), Chã de
Estevam (PE) e
Tomé-Açu (PA).
O uso de campos
de concentração
foi amplamente
disseminado na
Alemanha,
durante a 2ª
Guerra Mundial e
na União
Soviética,
durante a era
stalinista. A
prática da
matança
sistemática de
prisioneiros em
alguns desses
campos fez com
que, em
linguagem
corrente, os
campos de
concentração
fossem
assimilados a
campos de
extermínio, onde
milhares de
pessoas foram
mortas em todo o
mundo, deixando
com capacidade
quase máxima os
locais de desova
dos cadáveres,
também chamados
cemitérios.
Assim como todos
os Espíritos, ao
desligar-se do
corpo físico,
voltam para a
verdadeira vida,
ou seja, a
pátria
espiritual, sua
roupagem física
é deixada no
planeta Terra e,
costumeiramente,
sepultada nos
cemitérios,
locais
específicos para
o sepultamento
dos cadáveres.
A palavra
"cemitério" (do
latim
coemeterium, a
partir do verbo
"pôr a jazer" ou
"fazer deitar")
foi dada pelos
primeiros
cristãos aos
terrenos
destinados à
sepultura de
seus mortos. Os
cemitérios
ficavam
geralmente longe
das igrejas,
fora dos muros
da cidade. A
partir do século
XVIII criou-se
um sério
problema com a
falta de espaço
para os
enterramentos
nos arredores
das igrejas ou
mesmo nos
limites da
cidade, causando
poluição e
doenças
variadas, o que
tornava
altamente
insalubres as
proximidades dos
templos.
Atualmente no
mundo existem
cemitérios onde
os ritos
funerários são
cumpridos de
acordo com a
respectiva
religião,
existindo também
cemitérios
destinados
exclusivamente
aos chefes
militares e às
figuras
notáveis da vida
pública.
Alguns
cemitérios
modernos rompem
com a imagem
tradicional das
necrópoles com
jazigos e
monumentos de
mármore,
substituídas por
parques
arborizados em
que simples
chapas de metal
assinalam o
local da
sepultura, ou
ainda, devido à
falta de
espaços, pelos
cemitérios
verticais, nos
quais os túmulos
são dispostos
uns sobre os
outros e em
andares para as
visitações.
Além da
principal função
exercida pelo
cemitério,
alguns deles
tornaram-se em
atração
turística,
recebendo por
isso milhares de
visitantes do
mundo todo, como
ocorre, por
exemplo, com o
cemitério
Père-Lachaise,
situado em
Paris, onde o
renomado e
ilustre
Hippolyte Léon
Denizard Rivail
(Allan Kardec)
deixou suas
vestes terrenas
e retornou ao
Grande Arquiteto
do Universo,
ocorrendo o
mesmo com os
corpos de
Augusto Comte,
Marcel Proust,
Oscar Wilde e
tantos outros.
No Brasil, o
Cemitério da
Consolação,
construído em
1858, a mais
antiga necrópole
em funcionamento
na cidade de São
Paulo, é uma das
principais
referências
brasileiras no
campo da arte
tumular. Nesse
cemitério
encontram-se os
jazigos de
personalidades
brasileiras
conhecidas, como
Campos Sales,
Washington Luís,
Marquesa de
Santos, Carlos
Augusto Bresser,
Monteiro Lobato,
Tarsila do
Amaral, Oswaldo
de Andrade,
Mário de Andrade
e o escritor
modernista
Alcântara
Machado, entre
outros.
No Dia de
Finados, que se
comemora no dia
2 de novembro de
cada ano,
milhares de
Espíritos se
dirigem aos seus
respectivos
jazigos
espalhados nos
cemitérios de
todo o mundo a
fim de se
encontrar com
seus familiares
e amigos, que
ali comparecem
para saudar
aqueles que um
dia estiveram
encarnados e
fizeram parte de
sua história. As
vibrações
elevadas aos
céus a favor
desses
Espíritos, que
muitas vezes
encontram-se em
aflição, chegam
como luzes, como
faróis na
escuridão
iluminando-lhes
o caminho a
seguir.