Em entrevista concedida à
apresentadora Hebe Camargo,
em rede nacional, pela TV
Bandeirantes, na noite de 20
de dezembro de 1985 (com a
participação de Nair Belo),
Chico respondeu a inúmeras
questões propostas que muito
nos esclareceram.
Nesta semana, apresentamos
aqui a narração de
interessante caso sobre um
julgamento onde sua
psicografia foi fundamental
para inocentar um homem.
Vejamos a pergunta de Hebe e
a resposta de Chico:
Hebe:
Chico, eu gostaria, também,
antes de você dar a sua
mensagem de Natal para todo
este Brasil que nós amamos
tanto, que você dissesse
como é que a gente pode, por
exemplo, ajudar, eu sei que
houve ajuda no caso do
julgamento de uma pessoa que
parece ter assassinado a
mulher e, através de uma
carta psicografada, esta
pessoa foi absolvida. A
esposa inocentou o criminoso
e a gente sabe, assim, às
vezes, de tantos casos de
desencontros entre os
casais, de repente, uma
desarmonia e a gente tenta
ajudar e não sabe como. Eu
queria que você com a sua
palavra, com esse dom que
você tem de se contactar com
Jesus, se você poderia dar
uma palavra para essas
pessoas que estão
atravessando momento difícil
de convívio conjugal e a
essa família que não pode
desagregar.
Chico:
Nós temos um problema a
resolver nestes casos de
imunização espiritual. A
imunização espiritual é
sempre feita com a palavra
centralizada no bem e com
esquecimento de todo mal. Se
nós não falarmos coisa
alguma a respeito de algum
pequenino erro de alguém,
aquilo não segue para
diante, porque nós devemos
ser estações terminais de
toda fofoca, porque a fofoca
é hoje um instrumento
interessante e até
engraçado, mas a fofoca
também mata.
Agora o caso de Campo
Grande... As nossas sessões
não são sessões de provocar
manifestações; nós estudamos
o Evangelho, comentamos o
ensinamento de Cristo e nos
colocamos à vontade de algum
amigo espiritual que queira
se comunicar. A reunião era
feita talvez ali com umas
400 a 500 pessoas, algumas
do lado de fora, quando essa
senhora muito jovem se
comunicou para o marido
chamado João de Deus... (O
nome completo eu não me
lembro.) Então, falou com
ele que se lembrava do dia
em que eles estavam chegando
de uma festa e que ele, ao
retirar o cinto de que se
tinha munido, porque haviam
feito uns 6 ou 8 quilômetros
de viagem para ir a uma
festa de aniversário, eu não
sei, parece que era uma
festa de aniversário, e ele
então, temendo a atualidade,
os assaltos da atualidade,
se muniu de um revólver e o
pôs no cinto.
Então, ela se lembrava
perfeitamente da noite em
que eles chegaram e que ela
se sentou na cama e que ele,
ao retirar o cinto, o
gatilho esbarrou em algum
corpo, que nem ela e nem ele
poderiam determinar, e o
tiro saiu e veio sobre ela,
e que ele era inocente de
tudo aquilo. Que ela partiu
deste mundo, lamentando
aquele incidente, e como
sabia que ele estava às
vésperas de julgamento,
pediu muito a Deus para que
os juízes e para que os
jurados considerassem a
inocência dele. Ele que já
tinha feito um segundo
casamento e que era pai de
um filho, porque o casamento
dele com a comunicante era
recente. Ele não teve filho,
mas o lar deles estava
formado, ela era agora pai,
ela pedia à Misericórdia de
Deus que atuasse no cérebro
dos juízes e dos jurados
para que fosse libertado,
para que essa senhora, que
era a segunda esposa dele e
o filhinho, a criança, não
sofressem privações com a
sua ausência; que ele
marchasse com a sua
inocência para o julgamento,
mas que Deus havia de
abençoá-lo, que Jesus havia
de se lembrar dele. Depois
eu não soube de mais nada,
senão pelo jornal, que os
sete jurados deram a favor
dele e ele foi liberto.
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