Nosso amigo Reinaldo
Cantanhêde Lima, de
Rosário-MA, enviou-nos uma
série de perguntas, abaixo
reproduzidas, formuladas por
uma colega sua residente na
mesma cidade. Como lhe foi
prometido, eis o que podemos
dizer com relação às
questões propostas:
1.
Como fluidificar água?
O verbo fluidificar,
que alguns preferem chamar
magnetizar,
significa, na linguagem
espírita, a introdução na
água de elementos
medicamentosos, graças à
ação do pensamento.
Benfeitores espirituais,
atendendo a um pedido ou a
uma necessidade da pessoa,
fluidificam ou magnetizam a
água.
Sobre o assunto é sempre bom
lembrar duas questões
extraídas da obra O
Consolador, de Emmanuel,
psicografada pelo médium
Chico Xavier.
Na questão 103, o conhecido
orientador diz que a água
pode ser fluidificada, de
modo geral, em benefício de
todos, como ocorre
normalmente nas reuniões
espíritas em que, depois da
ministração dos passes
magnéticos, as pessoas
recebem um pequeno copo com
água. Contudo, ela pode ser
fluidificada em caráter
particular para determinada
pessoa, e nesse caso é
conveniente que seu uso seja
pessoal e exclusivo.
Quanto às condições
necessárias a que os
Espíritos amigos possam
fluidificar a água pura,
Emmanuel diz (O Consolador,
questão 104) que a
caridade não pode atender a
situações especializadas. A
presença de médiuns
curadores ou a necessidade
de reuniões especiais de
modo algum podem constituir
o preço do benefício aos
doentes, visto que os
recursos dos guias
espirituais, nessa esfera de
ação, podem independer do
concurso medianímico,
considerando o problema dos
méritos individuais, o que
implica dizer que podemos
fluidificar ou magnetizar a
água em nosso próprio lar,
graças ao concurso dos
benfeitores espirituais que,
em caso de necessidade, não
se furtarão a prestar-nos
esse auxílio.
2. O que é codificar na
linguagem espírita?
De acordo com o dicionário
Aurélio, codificar
significa, entre outras
coisas, reunir, coligir,
compilar. Esse é o sentido
que damos, em Espiritismo, a
esse verbo, do qual adveio o
vocábulo “codificador”, com
que designamos a pessoa
responsável pela elaboração
das principais obras
espíritas: Allan Kardec.
Nessa tarefa, ele reuniu
informações procedentes de
várias fontes, o que é fácil
perceber com a leitura da
coleção da Revue Spirite,
em que está registrado, de
forma legível, como a
doutrina espírita foi
elaborada.
É bom que todos saibam que
nem todas as informações que
compõem os ensinos espíritas
foram colhidas em Paris, na
Sociedade fundada por
Kardec. A doutrinação dos
Espíritos, por exemplo, teve
sua origem na cidade de
Marmande e, a partir daí,
foi absorvida na obra
kardequiana. Esse é um dos
inúmeros motivos pelos quais
não usamos, em relação a
Kardec, a palavra
“fundador”, mas sim a
palavra “codificador”,
realmente bem mais adequada
do que a outra.
3. Como é realizada a
conversa fraterna?
O chamado atendimento
fraterno, uma novidade que
surgiu no movimento espírita
há aproximadamente 40 anos,
nada mais é do que uma
conversa amigável, na qual a
pessoa discorre livremente
sobre os problemas que a
afligem, cabendo ao
atendente tão-somente
acolhê-la e dar-lhe o apoio
de que ela necessita, sem
nenhum propósito diretivo,
porque o Espiritismo nos
aponta caminhos, mas cabe
apenas a nós optar ou não
por segui-los.
A conversa fraterna é,
obviamente, feita em caráter
particular e revestida do
necessário sigilo, mas nada
tem que ver com o que se
passa nos confessionários da
Igreja Católica.
4. O que é reforma
íntima?
Reforma íntima é o mesmo que
transformação moral e é,
como sabemos, um dos
objetivos de nossa passagem
pela experiência
reencarnatória, como está
dito com clareza na questão
132 d´O Livro dos
Espíritos. Em O
Evangelho segundo o
Espiritismo, cap.
XVII, item 4, Kardec
escreveu: “Aquele que pode
ser, com razão, qualificado
de espírita verdadeiro e
sincero, se acha em grau
superior de adiantamento
moral. O Espírito, que nele
domina de modo mais completo
a matéria, dá-lhe uma
percepção mais clara do
futuro; os princípios da
Doutrina lhe fazem vibrar
fibras que nos outros se
conservam inertes. Em suma:
é tocado no coração, pelo
que inabalável se lhe torna
a fé. Um é qual músico que
alguns acordes bastam para
comover, ao passo que outro
apenas ouve sons.
Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua
transformação moral e pelos
esforços que emprega para
domar suas inclinações más”.
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