Creio que um sonho que
muitos espíritas tiveram,
enquanto nosso bondoso e
amado Chico esteve conosco,
foi o de conhecê-lo
pessoalmente e, se possível,
privar alguns momentos de
sua companhia.
No ano de 1997, quando
transformei a coluna “Um
minuto com Chico Xavier”,
que há anos eu publicava no
jornal “O Imortal”, de
Cambé, dirigido pelo nosso
querido Hugo Gonçalves, hoje
com 99 anos lúcidos, em
livro que recebeu o mesmo
nome, tivemos a oportunidade
de visitar esse admirável
médium e servidor do Cristo.
Com o auxílio de Da. Iracy
Karpàtti, amiga de Chico há
mais de cinquenta anos, na
época, adentramos sua
residência, em Uberaba,
depois dos trabalhos
convencionais.
Fomos levados a um pequeno
quarto, bem humilde, onde
ele estava sentado atrás de
uma mesa, bem na ponta, de
maneira que ficava mais
fácil para os que se
aproximassem cumprimentá-lo.
Havia uma pequena fila, com
umas oito pessoas e mais
umas vinte já acomodadas por
ali e Da. Iracy sempre ao
nosso lado.
Quando chegamos diante de
Chico, percebemos que, além
da deficiência visual em um
dos olhos, ele também estava
com bastante dificuldade
para ouvir. Tinha alguém ao
seu lado repetindo algumas
palavras daqueles que se
aproximavam falando baixo.
Iracy tomou a frente e me
apresentou: “Chico, este é
José Antônio. É de Cambé, no
Paraná”, ao que ele
respondeu, imediatamente,
com uma pergunta quase
afirmativa: “Do Hugo?... Do
Imortal?... Grande
trabalhador do Cristo é o
Hugo...”
Quedamo-nos emocionados.
Chico não só conhecia nosso
paizinho, mas o admirava
como trabalhador espírita. E
mais: conhecia o jornal que
ele dirigia e do qual
fazíamos parte como
colunista.
Pedimos, então, permissão a
ele para nos assentarmos ali
ao lado, e podermos
acompanhar um pouco seu
atendimento às pessoas.
Por quase uma hora, vimos o
carinho, a humildade e a
prestatividade com que
atendia a todos.
Enfim, tivemos o nosso “um
minuto com Chico”.
|