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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 306 - 7 de Abril de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 6)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares 

A. É correto dizer que no Espírito é que se encontram as chaves para solucionar-se os enigmas da vida?

Sim. Quando os estudiosos dos fenômenos paranor­mais penetrarem melhor nos intrincados mecanismos das causas morais que regem a vida, mais facilmente elucidarão os graves problemas na  área da saúde, quer física, quer mental, compreen­dendo que no Espírito se encontram as chaves para solucionar-se os apa­rentes enigmas do comportamento e da vida humana. Por sua ação e pelos hábitos mentais e morais, o homem reúne os valores para a paz ou elabora os grilhões a que se prende por tempo indefinido. (Painéis da Obsessão, cap. 7, pp. 57 e 58.)

B. Há Espíritos que consideram o retorno à existência corpórea uma punição?

Segundo Irmã Angélica, isso ocorre realmente. Eis o que, sobre o assunto, ela disse: "Agradeçamos ao Pai a concessão bendita do retorno à carne, amanhã ou depois, oferenda que nem todos sabemos valori­zar conforme seria de esperar-se. Muitos dos que são aquinhoados com o renascimento no corpo carnal acreditam-se punidos, arrojados a um exílio que dizem não merecer, ou se sentem esquecidos em processos expurgato­riais a que não fazem jus”. Na sequência de sua fala, a instrutora espiritual lembrou que outros Espíritos, ao se recolherem num corpo material, anestesiam os centros das lembranças e, propositalmente, dei­xando-se enlouquecer pelos prazeres mais grosseiros, desligam-se dos com­promissos firmados, comprometendo-se mais dolorosamente e fazendo a viagem de retorno em lamentável estado de decomposição emocional quanto de perturbação interior. (Obra citada, cap. 8, pp. 61 a 63.)

C. Quais são os objetivos específicos do retorno do Espírito à existência corpórea?

O recomeço na experiência corpórea tem como objetivos específicos amoldar a personalidade às engrenagens do progresso moral e, com a mente voltada para o aspecto imortalista, conquistar conhecimentos e sentimentos lavrados nas reali­zações enobrecedoras, que são de fácil identificação. O trabalho edifi­cante bem direcionado; o culto do dever, conscientemente realizado; a in­tegração numa ética otimista qual a evangélica, constituem metodologias de aprimoramento, em cuja aplicação pessoal ninguém fracassa. (Obra citada, cap. 8, pp. 63 e 64.)

Texto para leitura

24. No ventre de Ruth estava Francis, o verdugo - Dr. Arnaldo ex­plicou que Ruth Maria, ao sair do Lar amigo para trabalhar como costu­reira numa casa especializada, não deixou afetos que a pudessem acom­panhar no futuro. Passando a enfrentar o mundo em toda a sua abertura e agressividade, as suas antigas inclinações, estimuladas por Francis, que a perseguia, foram tomando-a e fazendo-a derrapar em abusos que se encar­regaram de trazê-la ao Sanatório. A princípio era o desejo de um cigarro inocente ou de um aperitivo sem consequência, para depois ins­talar-se nela uma volúpia obsessiva pelo tabagismo e pelo alcoolismo em altas do­ses, que lhe sacrificaram o organismo, já  bastante enfra­quecido. Simulta­neamente, caiu nas armadilhas brutais do sexo sem amor, completando-se o quadro do seu autocídio a largo prazo, com o que se compraziam os verdu­gos da sua paz, os quais, conhecedores de algumas técnicas de subjugação e de suas preferências, passaram a obsidiá-la fisicamente, despertando-lhe insofreável prazer pelo fumo e pelo  álcool, ao mesmo tempo em que, comprimindo-lhe a genitália, em especial os ovários, desequilibraram-lhe a função sexual. Perturbado pelo ódio e enceguecido pela vingança, Fran­cis foi assimilando as des­cargas das sensações que a vítima experimentava na usança do sexo em desconcerto e, em face de sua ligação continuada, foi-se-lhe alojando na madre, sofrendo, inconsciente, um processo de transformação peris­piritual como sói acontecer nos mecanismos da reencar­nação. É que o ser obsidente termina, pela insânia que cultiva, sendo vítima das ci­ladas e sofrendo-lhe os efeitos. Resultado: Ruth Maria engravidou e, como é óbvio, ali estava o perseguidor-mor atado a sua ví­tima. Re­colhida ao Sanatório com dois meses de gestação, em deplorável estado e na condição de indigente, Ruth recebia ali toda a assistência que o caso requeria, embora fosse previsível o abortamento natural, o que aca­bou não ocorrendo, por mais que ela o desejasse. (Nesse momento, duas En­tidades amigas se acercaram da paciente. Uma delas fora mãe de Ruth por diversas vezes.) A gestante deveria desencarnar de imediato, ex­plicou Dr. Arnaldo, devido à dupla perda de sangue, pelo parto e pela via oral, o que tornaria a parada cardíaca iminente. O filho, porém, sobreviveria, rompendo-se a cadeia da obsessão pertinaz, visto que o arrependimento e a esperança se instalavam na mente e no sentimento de Ruth, que, diante dos últimos padecimentos mais vigorosos experi­mentados no Sanató­rio, passou a recor­dar-se das lições ouvidas no Abrigo onde fora criada, permitindo germi­nassem as sementes da fé ali depositadas com carinho. (Cap. 7, pp. 54 a 56)

25. Ruth Maria dá  à luz o bebê, e morre - Ruth Maria ficaria, assim, liberada por um largo período dos demais inimigos, até que refizesse suas forças para posterior ajuste através do amor e da benevolência, que dispõem de ines­gotáveis recursos para o equilíbrio dos desajustes e dis­sabores que pro­piciam desdita. Francis voltava, então, a respirar na atmosfera terrestre num corpo concedido por aquela a quem muito amou e tanto odiou. Logo que o bebê foi expelido do útero materno, ocorreu a pa­rada cardíaca e Ruth começou a desligar-se do corpo, mergulhada em sono inquieto, incons­ciente da ocorrência. "As sementes da insensatez – disse Dr. Arnaldo – reproduzem-se sempre em modalidades diferentes, até que a ordem, a temperança e a ação profícua lhes erradiquem a cultura perni­ciosa nas criaturas. Eis por que, a todos aqueles a quem atendia, Jesus jamais deixou de admoestar quanto aos atos futuros, impondo-lhes como condição de paz, de permanência da saúde, que não voltassem a pecar, co­metendo atentados contra o equilíbrio próprio, ou do próximo, ou da Vida." O médico desencarnado reportou-se em seguida a dois casos mencio­nados pelo Evangelista Marcos relativamente à ação de Jesus na cura de um mudo endemoninhado que, expulso o Espírito que o atormentava, passou a falar, e de um outro que, sob a ação obsessiva, estava cego e mudo. Após curado por Jesus, ele passou a falar e a ver. Epilepsia, paralisia das pernas, hidropisia, deformação orgânica, surdez sob ação espiritual en­fermiça receberam do Mestre a cura, mediante o afastamento do fator cau­sal – o Espírito obsessor. "Quando os estudiosos dos fenômenos paranor­mais melhor penetrarem nos intrincados mecanismos das causas morais que regem a vida – acrescentou Dr. Arnaldo –, mais facilmente elucidarão os graves problemas na  área da saúde, quer física, quer mental, compreen­dendo que, no Espírito, se encontram as chaves para solucionar-se os apa­rentes enigmas do comportamento e da vida humana." "Pelos hábitos mentais e morais, pela ação, o homem reúne os valores para a paz ou elabora os grilhões a que se prende por tempo indefinido." Philomeno emocionou-se com tais ensinamentos, porque esclareciam dúvidas por ele trazidas da Ter­ra acerca do valor da fluidoterapia no tratamento das enfermos porta­dores das chamadas doenças fantasmas. (Cap. 7, pp. 57 e 58)

26. Argos é levado a uma reunião na esfera espiritual - Cada pa­ciente do Sanatório – diz Philomeno – era um quadro clínico de particu­lares características do ponto de vista espiritual, no qual ressaltava, genericamente, o des­concerto que promovera contra as Leis, resultante da própria incúria ante as dádivas superiores da vida, que a todos são con­cedidas em caráter de igualdade. A bondade e firmeza do Dr. Arnaldo Lus­toza revelavam um companheiro conhecedor da alma humana, em face da acui­dade ante os problemas dos internados e da sabedoria com que comentava os aspectos negativos de cada caso, deixando sempre perceber os fatores positivos ao alcance de todos, nem sempre necessariamente aproveitados. Dias após a cirurgia de Argos, o amigo comunicou a Philomeno que fora programada uma reunião es­pecial para a equipe sob a direção de Irmã Angé­lica, ocasião em que esta­riam presentes diversos amigos encarnados vincu­lados, direta ou indireta­mente, ao processo evolutivo do paciente. À hora estabelecida, Bernardo e mais dois auxiliares de enfermagem da esfera es­piritual foram buscar Ar­gos, desdobrando-o parcialmente durante o sono, a fim de o conduzirem ao local do encontro, situado na mesma região onde se realizara a incursão terapêutica de prolongamento da existência física do jovem recém-operado. Philomeno pôde, então, verificar melhor o lugar, onde se podia aspirar uma atmosfera renovadora e balsâmica, saturada de energia rarefeita, que propiciava excelente disposição íntima, muito di­ferente da saturação que experimentamos na esfera terrestre. O recinto, de características arqui­tetônicas delicadas, recordava os antigos anfite­atros greco-romanos, com sua forma semicircular e a parte centro-frontal elevada em pequeno plano quadrangular, onde ficavam os encarregados dos esclarecimentos e das pre­leções. (Cap. 8, pp. 59 a 61)

27. A palestra de Irmã Angélica - Os encarnados presentes destaca­vam-se, de algum modo, em razão da aparente anestesia que lhes amortecia a movimentação espontânea bem como a lucidez espiritual. Acompanhados por seus Instrutores, misturavam-se a desencarnados mais lúcidos e a outros Espíritos que deveriam reencarnar em breve. Áurea também ali estava e formava com Argos, Philomeno e Dr. Arnaldo um grupo no qual se reuniam diversos companheiros encarnados vinculados ao casal. Aproximadamente, duzentas Entidades dos dois planos da vida ali se encontravam, e Irmã An­gélica, vestindo uma toga à romana, banhada de safirina claridade, presi­dia à mesa diretora, assessorada por duas belas jovens e dois venerandos anciãos, um deles o Irmão Héber, responsável pela Colônia que adminis­trava aquele núcleo de refazimento fazia mais de oitenta anos. Depois da prece e das saudações a todos, a abnegada Instrutora dissertou com suave e inconfundível tom de voz: "Agradeçamos ao Pai a concessão bendita do retorno à carne, amanhã ou depois, oferenda que nem todos sabemos valori­zar conforme seria de esperar-se. Muitos dos que são aquinhoados com o renascimento no corpo carnal acreditam-se punidos, arrojados a um exílio que dizem não merecer, ou se sentem esquecidos em processos expurgato­riais a que não fazem jus. Incontáveis outros, ao se recolherem num corpo material, anestesiam os centros das lembranças e, propositalmente, dei­xando-se enlouquecer pelos prazeres mais grosseiros, desligam-se dos com­promissos aqui firmados, comprometendo-se mais dolorosamente e fazendo a viagem de retorno em lamentável estado de decomposição emocional quanto de perturbação interior. Outros tantos, recordando-se dos locais purifi­cadores onde estagiaram, na Erraticidade, entregam-se ao pessimismo e à depressão, sem abrirem clareira à esperança ou espaço mental à libertação de si mesmos. Não faltam aqueles que se reencontram com amigos e desafe­tos antigos, a fim de santificarem a afeição, todavia, derrapam em deli­tos do amor que se corrompe ou, ao invés de reconquistarem pela ternura, luarizados pelo perdão, aqueles que se afastaram, agasalhando animosidade e rancor, aferram-se ao egoísmo e ressuscitam, inconscientemente, as mágoas, piorando a situação que deveriam superar pela conquista de títulos de enobrecimento, mediante os quais ampliariam os círculos da amizade fraternal..." (Cap. 8, pp. 61 a 63)

28. A reencarnação ao longo da História - Continuando a palestra, Irmã Angélica lembrou que poucos Espíritos valorizam devidamente a opor­tunidade da reencarnação, renunciando aos convites fascinantes da degene­ração moral, que produz prazer por um momento, mas depois traz arrependi­mento e amargura. A vitória contra as vicissitudes está, no entanto, ao alcance de todos aqueles que se empenham honestamente por conquistá-la. Não se espera, evidentemente, que os candidatos à paz venham compor comu­nidades estéreis de oração vazia ou individualidades alienadas do con­texto social. "Todos esperamos e envidamos esforços – disse a Instrutora – para que não se esqueçam, isto sim, da finalidade do recomeço, que tem objetivos específicos, quais os de amoldar a personalidade às engrenagens do progresso moral e manter-se a individualidade voltada para o aspecto imortalista, conquistando conhecimentos e sentimentos lavrados nas reali­zações enobrecedoras, que são de fácil identificação. O trabalho edifi­cante bem direcionado; o culto do dever, conscientemente realizado; a in­tegração numa ética otimista qual a evangélica, constituem metodologias de aprimoramento, em cuja aplicação pessoal ninguém fracassa..." Feita breve pausa, Irmã Angélica informou: "A reencarnação representa uma das revelações mais antigas de que a Humanidade terrestre tem conhecimento. Krishna, na antiquíssima Índia; Hermes, no remoto Egito; Lau-Tseu, na velhíssima China, herdaram das culturas ancestrais desaparecidas o conhe­cimento da palingenesia e transmitiram às Escolas Esotéricas e aos Tem­plários das civilizações orientais a informação salutar dos renascimentos, armando os homens com os recursos hábeis para o êxito durante a vilegiatura humana, preparatória para a libertação do Espírito, após os compromissos realizados. Sócrates, na Grécia; Jesus, em Israel, confir­mando os ensinos essênios; Buda, também na Índia; Pitágoras, em Crotona; os druidas, nas Gálias, e outros missionários quais Plotino, Porfírio, Orígenes, Tertuliano, no Cristianismo primitivo, confirmaram este formoso mecanismo de crescimento para Deus, conclamando os homens à luta e à li­berdade do mal que neles se demora, a fim de lograrem o bem que os aguarda". A Instrutora referiu-se, em seguida, aos estudos de Allan Kar­dec a respeito da reencarnação e aos que, arraigados ao conceito nadaísta da vida e à descrença, elaboram sistemas e sofismas com que perturbam as mentes mais fracas e inquietam um bom número de pessoas não estruturadas pelo estudo e pela meditação dessa verdade. (Cap. 8, pp. 63 e 64) (Continua no próximo número.) 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita